Energia
Folhapress
14/12/2012 08h13 | Atualizada em 14/12/2012 12h37
Os aerogeradores financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) por empresas vencedoras do próximo leilão de energia eólica, a ser realizado na próxima sexta-feira, 14, deverão atender regras mais rígidas sobre conteúdo nacional de seus componentes. Na sexta, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) realiza o leilão para compra de energia para 2017 (A-5), com predominância de usinas de energia eólica. Dos 525 projetos inscritos, 484 são de energia eólica, que poderão gerar 11.879 megawatts.
A partir de primeiro de janeiro de 2013, os fabricantes de aerogeradores deverão atender ao menos três das quatro regras: fabricar torre com pelo menos
...Os aerogeradores financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) por empresas vencedoras do próximo leilão de energia eólica, a ser realizado na próxima sexta-feira, 14, deverão atender regras mais rígidas sobre conteúdo nacional de seus componentes. Na sexta, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) realiza o leilão para compra de energia para 2017 (A-5), com predominância de usinas de energia eólica. Dos 525 projetos inscritos, 484 são de energia eólica, que poderão gerar 11.879 megawatts.
A partir de primeiro de janeiro de 2013, os fabricantes de aerogeradores deverão atender ao menos três das quatro regras: fabricar torre com pelo menos 70% das chapas de aço fabricadas no país ou concreto armado de procedência nacional, fabricação nacional das pás em unidade própria ou de terceiros, montagem da nacelle (parte principal do equipamento) em unidade própria no Brasil e montagem do cubo (peça que envolve a nacelle) no país, com fundido de procedência nacional. Até então, o banco cobrava 60% de nacionalização sobre projetos eólicos. Agora, será sobre máquinas e equipamentos eólicos que compõem o aerogerador.
Por falta de cumprimento da medida anterior, cinco empresas fornecedoras dos equipamentos foram descredenciadas neste ano pelo BNDES -Vestas, Suzlon, Acciona, Clipper e Siemens. Com a nova regra, elas poderão voltar ao banco como fornecedoras e receber os pagamentos.
Segundo comunicado divulgado na noite de hoje pelo banco, ao aderir às regras, os fabricantes de comprometem a ampliar de maneiro progressiva os componentes locais de seu processo produtivo, com cumprimento de todas as etapas até janeiro de 2016. O objetivo, segundo a direção do BNDES, é garantir mais atividade industrial no Brasil, incentivando a geração de emprego, receita e renda.
Preço maior
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, considerou positivas as mudanças anunciadas pelo BNDES, mas observou que com mais restrições, os preços dos equipamentos tendem a aumentar.
"Isso já era esperado, os fabricantes já estavam negociando há algum tempo com o BNDES, ninguém foi pego de surpresa, é um dado positivo para o setor, mas vai impactar o preço", disse Tolmasquim.
Ele disse que os investidores acompanharam as negociações sobre conteúdo nacional entre o BNDES e os fabricantes desde que o banco descredenciou mais da metade dos fornecedores em atividade no Brasil.
"Na verdade, eles eram mais montadores do que fabricantes, importavam muita coisa, agora sim a indústria eólica vai crescer", disse. "A tendência é depois o preço cair novamente, com o surgimento de mais fornecedores."
Comum acordo
A presidente-executiva da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), Élbia Melo, afirmou que as novas regras foram desenhadas em comum acordo com os fabricantes já credenciados pelo BNDES -GE, Wobben, WEG, Alstom e Impsa- e que o setor está preparado para atender às exigências. "As empresas descredenciadas, inclusive, iniciaram medidas para atender ao conteúdo nacional exigido e poderão voltar a negociar pelo BNDES", disse.
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