As dificuldades não alteraram as metas previstas para 2012 e, por isso, o final de ano foi de comemorações.

“Vivemos em um regime de plena democracia e as manifestações são livres. Mantemos o diálogo com todas as comunidades situadas na área de influência de Belo Monte, além disso, estamos trabalhando em obediência às regras ambientais, sociais e econômico-financeiras, características do nosso regime.” Afirmou o diretor-presidente da Norte Energia, Duilio Figueiredo.

Duílio explica que todos os empreendimentos de hidrelétricas são acompanhados de uma tríadre: levantamento de impactos, mitigação e compensação. “Sempre existem resistências, sejam elas ideológicas ou de outras frentes. Respeitamos o contraditório que é um dos pilares da democracia”, afirmou.

As obras civis de infraestrutura de Belo Monte já atingiram um percentual de 20% de conclusão. Do total de 250 km para acessos e estradas de serviço ao longo do empreendimento, cerca de 170 Km, estão implantados, incluindo o chamado Travessão 27 (uma vicinal da BR 230, Transamazônica), com 42 km, ora em fase de pavimentação e o Travessão 55, com 40 km.

Em 2012 temos aproximadamente 18 mil trabalhadores dedicados às atividades nos quatro canteiros de obras de Belo Monte. Desse total, 14 mil trabalhadores fazem parte do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) e 4 mil de suas empreiteiras subcontratadas.

No último 19 de dezembro houve o fechamento das ensecadeiras do sítio Pimental com material de vedação. Isso representou a antecipação de prazos, pois a estimativa é que essa obra fosse concluída apenas no início de 2013. O bombeamento segue na razão de 16.300l/h e o nível da área ensecada está baixando 18 cm/dia. Neste ritmo, em janeiro de 2013 terão início as escavações, condicionado ao prévio resgate dos peixes.

Em termos de recursos, mais de R$ 5 bilhões de reais já foram investidos em Belo Monte. Apenas em ações de compensação socioambientais para os municípios atingidos pela hidrelétrica, são mais de R$ 700 milhões aplicados na construção de escolas, quadras esportivas, postos de saúde, hospitais, incentivo à produção sustentável, saneamento básico e melhorias na infraestrutura urbana, rural e de segurança pública, além de equipamentos e veículos para centenas de ações desenvolvidas pela Norte Energia.

Em novembro o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 22,5 bilhões para a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no estado do Pará. Este é o maior valor de empréstimo para um projeto na história do Banco. O investimento total em Belo Monte está estimado em R$ 28,9 bilhões.

No financiamento estão incluídas as obras e as máquinas para Belo Monte, todas elas 100% fabricadas no Brasil. Além dos recursos do BNDES, os acionistas da Norte Energia irão desembolsar ao longo do projeto um valor de cerca de 6 bilhões em recursos próprios. Para completar o investimento total necessário à implantação da Usina Hidrelétrica Belo Monte, serão emitidas debêntures de infraestrutura pelo valor de R$ 500 milhões.

Em ações socioambientais e fundiárias a Norte Energia vai investir mais de R$ 3,8 bilhões. Para o PDRS Xingu, programa de desenvolvimento para a região em parceria com o governo, são previstos R$ 500 milhões a serem executados até 2031.