Mineração
G1
22/01/2013 10h34
É o aprofundamento de um trecho do Rio Tocantins, perto de Itupiranga, onde a passagem de grandes navios de carga é impossível atualmente.
A obra chegou a ser licitada e um consórcio de empreiteiras foi escolhido para tocar o projeto. Mas a licitação foi anulada em dezembro de 2011 pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sob a justificativa de que o preço previsto estava elevado, segundo informou ao G1 a assessoria de imprensa do órgão.
No edital de licitação, estimava-se que o empreendimento poderia custar R$ 520 milhões; o consórcio vencedor, que apresentou o menor preço, orçou a obra em R$ 364 milhões. Mesmo assim, o Dnit avaliou que poderia ser ainda menos. No despacho que anulou a contrata
...É o aprofundamento de um trecho do Rio Tocantins, perto de Itupiranga, onde a passagem de grandes navios de carga é impossível atualmente.
A obra chegou a ser licitada e um consórcio de empreiteiras foi escolhido para tocar o projeto. Mas a licitação foi anulada em dezembro de 2011 pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sob a justificativa de que o preço previsto estava elevado, segundo informou ao G1 a assessoria de imprensa do órgão.
No edital de licitação, estimava-se que o empreendimento poderia custar R$ 520 milhões; o consórcio vencedor, que apresentou o menor preço, orçou a obra em R$ 364 milhões. Mesmo assim, o Dnit avaliou que poderia ser ainda menos. No despacho que anulou a contratação, o diretor-executivo do órgão alegou que houve "erros no orçamento", oriundos do projeto executivo do derrocamento.
O Dnit informou que, logo após a anulação, assinou um termo de cooperação com a Vale, convidando a mineradora a refazer ou adequar o projeto executivo, que poderia ser aproveitado pelo governo para uma nova licitação. Mas, segundo empresários da região e o próprio Dnit, ainda não há previsão de uma nova concorrência.
Em nota, a Vale afirma que, a pedido do Dnit, está apoiando a realização de estudos para esclarecimento de dúvidas técnicas que surgiram durante o processo de licitação das obras da hidrovia.
Siderúrgica
Na avaliação de empresários paraenses ouvidos pelo G1, a paralisação dessa obra ameaça a construção da Alpa (Aços Laminados do Pará), um projeto do grupo Vale que seria instalado em Marabá, no sudeste do Pará, com perspectiva de produção de 2,5 milhões de toneladas por ano.
Empresários dizem que a construção da Alpa é fundamental para a chamada verticalização da produção mineral no Pará - ou seja, que todas as etapas do processo produtivo, da extração minério de ferro ao seu beneficiamento, sejam feitas no estado.
Marabá já possui um polo siderúrgico, mas focado na produção de ferro-gusa, uma produto intermediário de ferro e carbono utilizado na criação de outras ligas de ferro e aço. A Alpa seria a primeira siderúrgica de grande porte do estado, produzindo chapas de metal que poderiam servir na cadeia produtiva de bens com maior valor agregado, como eletrodomésticos.
Porém, para a siderúrgica sair do papel, a Vale aponta que o empreendimento precisa de uma infraestrutura básica de transporte, que permita a chegada de matéria prima e o escoamento da produção. De acordo com o projeto da Vale, o plano seria usar o potencial do rio Tocantins, que corta o estado, como um corredor de acesso "ecológico" para o fluxo das mercadorias - hidrovias poluem menos que rodovias, por exemplo.
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