Energia
O Estado de S.Paulo
06/11/2012 08h16
A retomada dos leilões de blocos de exploração de petróleo, prometida para 2013 pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ainda depende de arranjos políticos que encerrem a discussão do novo marco regulatório enviado ao Congresso em 2009.
A decisão pendente é a votação da redistribuição de royalties, que o governo considera fundamental para dar início aos leilões e espera ver resolvida ainda neste ano. Mesmo que ocorra uma decisão na Câmara ainda esta semana, o texto volta ao Senado, onde tem de ser aprovado para o cronograma prometido entrar em vigor.
As bancadas do Rio e do Espírito Santo, com apoio do governo federal, tentam aprovar um texto que exclua da nova regra de distribuição dos royalties áreas já licitada
...A retomada dos leilões de blocos de exploração de petróleo, prometida para 2013 pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ainda depende de arranjos políticos que encerrem a discussão do novo marco regulatório enviado ao Congresso em 2009.
A decisão pendente é a votação da redistribuição de royalties, que o governo considera fundamental para dar início aos leilões e espera ver resolvida ainda neste ano. Mesmo que ocorra uma decisão na Câmara ainda esta semana, o texto volta ao Senado, onde tem de ser aprovado para o cronograma prometido entrar em vigor.
As bancadas do Rio e do Espírito Santo, com apoio do governo federal, tentam aprovar um texto que exclua da nova regra de distribuição dos royalties áreas já licitadas. Já o relatório do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) inclui essas áreas e prevê uma distribuição que oferece fatia maior dos royalties para os estados e municípios não produtores, por isso encontra resistência entre os políticos dos dois estados. À espera do encerramento desses debates, o governo tem barrado há quatro anos a realização de novos leilões, levando a um encolhimento das áreas em perfuração.
"O grande problema agora é a questão política no Congresso, que vem atrasando tudo", disse Haroldo Lima, que presidiu a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) até o ano passado.
Votados os royalties em 2012, o leilão da 11ª rodada de blocos deve acontecer em maio, segundo Lobão, pois já foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Esse leilão envolverá áreas que não incluem o pré-sal, em terra e no mar. Mas essa rodada ainda depende de liberação do Palácio do Planalto, que antecede os trâmites burocráticos da ANP para a realização do leilão. A atual diretora-geral na ANP, Magda Chambriard, previu na semana passada que a autorização para novos leilões têm de chegar à agência até janeiro, para que o prazo seja cumprido.
Depois da 11ª rodada, o ministro Lobão estimou para novembro de 2013 a realização do primeiro leilão com áreas do pré-sal. No início de outubro, o Ibama emitiu a licença de instalação da primeira etapa do pré-sal na baixada de Santos, com potencial de elevar a produção de petróleo e gás em 6% no país. Esses blocos da Etapa 1 poderão ser incluídos na primeira rodada de concessões, já com base no novo marco regulatório, o que inclui o regime de partilha e a atuação da Pré-sal Petróleo como estatal representante da União, além da nova distribuição do royalties.
"Só no segundo leilão de 2013 é que a Petrobras vai ser operadora única", lembrou Lobão, no dia do anúncio das novas rodadas.
Segundo Lima, a escassez de leilões está reduzindo a área perfurada em busca de novos campos. Ele, que esteve à frente da ANP por oito anos, lembra que o Brasil já chegou a ter mais de 400 mil quilômetros quadrados de exploração, enquanto hoje tem menos de 200 mil. "Se não alimentarmos o sistema com novas áreas, chegaremos no fim de 2013 com 100 mil quilômetros quadrados sob exploração, o que é irrisório diante das dimensões e do potencial do Brasil", disse o ex-diretor-geral da ANP.
23 de julho 2020
25 de junho 2020
28 de maio 2020
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade