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Arcelor retomará operação de alto-forno 2 em abril

Reuters

23/03/2010 15h01 | Atualizada em 23/03/2010 20h03


A Arcelor MIttal Tubarão vai retomar as atividades do seu auto-forno 2, na Serra, até o final do mês de abril. A informação foi divulgada pelo jornal “Valor Econômico”, que divulgou também estar a siderúrgica operando com 100% da capacidade dos seus dois auto-fornos restantes. Atualmente, a siderúrgica opera com 87% da sua capacidade de produzir 7,5 milhões de toneladas de aço por ano, conforme previsto pela ampliação de suas atividades.

Apesar disso, a empresa continua resistente a instalar medidas que minimizem a poluição emitida por ela no ar da Grande Vitória. No último dia 9, por exemplo, a siderúrgica aceitou se reunir com o Ministério Público Est

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A Arcelor MIttal Tubarão vai retomar as atividades do seu auto-forno 2, na Serra, até o final do mês de abril. A informação foi divulgada pelo jornal “Valor Econômico”, que divulgou também estar a siderúrgica operando com 100% da capacidade dos seus dois auto-fornos restantes. Atualmente, a siderúrgica opera com 87% da sua capacidade de produzir 7,5 milhões de toneladas de aço por ano, conforme previsto pela ampliação de suas atividades.

Apesar disso, a empresa continua resistente a instalar medidas que minimizem a poluição emitida por ela no ar da Grande Vitória. No último dia 9, por exemplo, a siderúrgica aceitou se reunir com o Ministério Público Estadual (MPES) e sociedade civil organizada, após forte pressão e um inquérito aberto pelo órgão para investigar seus impactos ambientais. Entretanto, nada foi divulgado pelo MPES.

O que se sabe até o momento foi afirmado pelo representante da sociedade civil organizada e presidente da Associação de Moradores dos Bairros de Vitória, Paulo Esteves, horas antes da reunião. Segundo ele, a minuta apresentada pela Arcelor Mittal não atendia aos anseios da população.
A sociedade, diz ele, exige que a siderúrgica adote as mesmas tecnologias utilizadas na França, Bélgica e Canadá. Trata-se de lavadores de gases, que, instalados nas usinas, diminuem a emissão de gases tóxicos e particulados.

Entretanto, ao contrário das reclamações da população,  a empresa afirma que já faz a sua parte para minimizar suas emissões e faz jogo duro nas negociações. A Arcelor só aceitou conversar sobre um Termo de Compromisso Ambiental (TCA), após forte pressão da sociedade e da divulgação dos resultados do inquérito aberto pela MPES confirmando o uso de tecnologias avançadas fora do País, para minimizar seus impactos.

Ainda assim, nada foi decidido. O desafio da sociedade é fazer com que a siderúrgica, conhecida no Estado por não atender a condicionantes e ignorar os alertas feitos pela sociedade sobre suas emissões, finalmente adote medidas para conter sua poluição, atendendo assim, uma produção com o mesmo nível de sustentabilidade apresentado no exterior.

Além da tecnologia utilizada no exterior, a população quer que a Arcelor instale as mesmas redes de proteção, conhecida como Wind Fence, que vem sendo instaladas pela Vale. Afirmam que a Arcelor Mittal também possui pátios que emitem um grande volume de particulados no ar da Grande Vitória.

A Wind Fence só começou a ser instaladas pela Vale após 22 anos de cobrança e a ameaça de não conseguir sua licença ambiental para ampliar. A expectativa, portanto, dizem os ambientalistas, é que com a Arcelor o processo seja mais rápido, já que toda a discussão sobre os danos à saúde gerados por estas empresas aos capixabas já foi realizada exaustivamente.
Entretanto, a batalha promete ser dura. Em suas ultimas reuniões com o MPES, a Arcelor Mittal ainda mantinha a afirmação de que está em conformidade com a legislação ambiental e que já utiliza, portanto, mecanismos para minimizar suas emissões, entre eles, o cinturão verde que envolve parte da siderúrgica.

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