O aumento do preço do minério de ferro tem impacto crescente  em toda a cadeia produtiva do aço. Gerdau, CSN e Usiminas já começaram a avisar o mercado sobre os novos reajustes. Ontem, a Gerdau, que há um ano a meio não majorava sua tabela de preços, anunciou uma revisão de valores, menos de um mês depois de o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) admitir que a empresa aplicaria alta de até 7,5% até o mês de junho.

As siderúrgicas reforçam que vão manter os investimentos calculados em cerca de R$ 70 bilhões até 2016 voltados à capacidade instalada no País. Elas apostam em demanda crescente nos próximos anos, por conta da recuperação do setor, depois da queda causada pela crise. Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau, afirmou em entrevista exclusiva ao DCI que o reajuste do aço  deverá ser  repassado: “A tendência é de repasse, mas não imediatamente; ainda temos de calcular os gastos e dialogar com os clientes”.

Na ponta da cadeia produtiva, as montadoras de veículos consideram inevitável elevar os preços dos automóveis este ano, como resultado do aumento de custos decorrente do reajuste dos preços do aço. A previsão é de Cledorvino Belini, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.

A Vale, por sua vez, informou que está aberta a negociar valores com seus clientes.