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AL: Riqueza mineral já movimenta economia no Semiárido

Agencia Alagoas

19/01/2010 16h50 | Atualizada em 19/01/2010 19h55


Pouca gente sabe que em solo alagoano há uma riqueza mineral ainda pouco explorada e que poderá transformar a realidade local de modo sem precedentes na história. A Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) veicula hoje a primeira parte de reportagem que mostra como o potencial mineral alagoano já começa a mudar a realidade da população de municípios do Agreste alagoano.

Quando estiver em plena operação, a mineração Vale Verde estima produção de 15 milhões de toneladas por ano. Há muito por se fazer, notadamente na capacitação de trabalhadores e em obras de infraestrutura, mas a produção mineral em Alagoas já é uma realidade que te

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Pouca gente sabe que em solo alagoano há uma riqueza mineral ainda pouco explorada e que poderá transformar a realidade local de modo sem precedentes na história. A Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) veicula hoje a primeira parte de reportagem que mostra como o potencial mineral alagoano já começa a mudar a realidade da população de municípios do Agreste alagoano.

Quando estiver em plena operação, a mineração Vale Verde estima produção de 15 milhões de toneladas por ano. Há muito por se fazer, notadamente na capacitação de trabalhadores e em obras de infraestrutura, mas a produção mineral em Alagoas já é uma realidade que tem gerado riqueza e empregos, a maioria para moradores de municípios do Semiárido que atuam na mineração da brita, em Arapiraca, e do calcário, em Belo Monte.

O salgema produzido pela Braskem, continua como o principal mineral produzido em Alagoas e ganha mais força com a implantação pelo governo do Estado da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP).

Mas o que dizer da produção de ferro, cobre e ouro, entre outros metais? De acordo com o engenheiro chefe do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM- AL), José Antônio Alves Filho, Alagoas apresenta condições geológicas para a pesquisa desses minerais metálicos.

Em relatório anual do DPNM, o técnico lista os possíveis minérios existentes em solo alagoano: ouro, cobre, prata, níquel, vanádio, cobalto, vermiculita, grafita e minerais associados à pegmatitas.

A Mineração Vale Verde, empresa ligada à canadense Aura Minerals, mantém escritório na região de Serrote da Laje, município de Craíbas, com licença para exploração mineral. A mineradora continua com os estudos na área e, antes mesmo de entrar em fase de construção e operação, gerou 77 empregos diretos. A previsão para os próximos anos é de geração de 2 mil empregos durante a instalação. Os investimentos previstos chegam a R$ 1 bilhão.

Quando entrar em produção, em 2012, aproximadamente 700 pessoas continuarão com seus empregos diretos. Isso sem citar os trabalhadores e prestadores de serviços envolvidos indiretamente com a mineração e os benefícios com os altos investimentos, tributos retornando ao Estado e aos municípios e geração de negócios como hotelaria, transporte e alimentação, entre outros serviços.

Quem for ao comércio de Craíbas vai ouvir de pequenos empresários e moradores as transformações observadas na cidade, em direção ao desenvolvimento econômico e social. Outra vantagem da chegada da Mineração Vale Verde na região é a confirmação, pelo governo federal, de nova subestação de energia elétrica e de nova adutora para abastecimento d’água, esta a ser construída pelo governo do Estado, através de Parceria-Público-Privada (PPP). Os dois insumos são fundamentais para a exploração mineral.

“Embora não possua uma grande geodiversidade, Alagoas conta com importante reserva de gás natural e está em implantação a primeira mineração de metálicos no Estado, de onde serão extraídos principalmente o cobre e o ferro. Vale salientar também a existência de boas reservas de calcário dolomítico, em produção na região de Belo Monte, e na região de Mata Grande, que está em vias de implantação”, informa o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otávio Gomes.

O secretário cita ainda o potencial de materiais destinados à construção e de água mineral. “Também consideramos importante a extração de agregados para a construção civil e de rochas ornamentais, além da expansão do mercado de mineração de água mineral, devido ao bom potencial e à excelente qualidade de água de nossos aquíferos”, destaca.

Estimativa é de 15 milhões de toneladas por ano
O gerente de produção da Mineração Vale Verde, Jorge Tachibana, informa que a empresa está concluindo o estudo de viabilidade do empreendimento em Craíbas. A estimativa de produção é de 15 milhões de toneladas de minério por ano, durante um período de 10 a 15 anos. “O minério passará por uma transformação numa planta, que produzirá dois produtos: concentrado de magnetita e concentrado de sulfetos de cobre”, antecipa

Para ele, a produção mineral significa desenvolvimento e riqueza e pode ser medida através do consumo de bens minerais, do alto capital investido, tributos para o Estado e os municípios, empregos diretos e os empregos indiretos, geração de negócios como hotelaria, transporte, alimentos, serviços, além de incentivar a educação básica nas comunidades e melhorar a qualidade de vida dos moradores.

Por outro lado, a produção mineral significa exploração do solo. Para que uma mineradora possa entrar em operação, ela precisa de licença prévia dos órgãos ambientais e deve apresentar projeto comprometido com a sustentabilidade e a recuperação e preservação do meio ambiente.

“A Mineração Vale Verde elaborou o Plano de Controle Ambiental, que é a diretriz do projeto antes da sua implantação. Também já firmou um convênio com o Instituto de Meio Ambiente (IMA), mantendo um quadro técnico altamente capacitado e voltado para a realidade local. O projeto contempla a manutenção e ampliação da reserva de mata nativa em sua propriedade, com sustentabilidade, envolvendo e conscientizando comunidades”, assegura Jorge Tachibana.

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