Mineração
O Povo Online
20/07/2012 13h21 | Atualizada em 20/07/2012 16h23
O vice-presidente do Grupo Aço Cearense, Ian Corrêa, confirmou o interesse da empresa em investir em uma laminadora no Pecém, motivada pela implantação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que produzirá placas de aço, matéria-prima da empresa. Em fase de estudos, o projeto já está orçado em US$ 1,2 bilhão.
Ele explica que o investimento é parte da política de substituições das importações, o que representa segurança diante da instabilidade da econômica mundial, mas não significa preços mais competitivos com relação à matéria prima comprada no mercado externo. “Temos custos altos no Brasil. Não teremos produção barata. No início, teremos até um custo alto pelo pioneirismo”. Ele explica que a siderúrgica do Grupo, que produz aç
...O vice-presidente do Grupo Aço Cearense, Ian Corrêa, confirmou o interesse da empresa em investir em uma laminadora no Pecém, motivada pela implantação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que produzirá placas de aço, matéria-prima da empresa. Em fase de estudos, o projeto já está orçado em US$ 1,2 bilhão.
Ele explica que o investimento é parte da política de substituições das importações, o que representa segurança diante da instabilidade da econômica mundial, mas não significa preços mais competitivos com relação à matéria prima comprada no mercado externo. “Temos custos altos no Brasil. Não teremos produção barata. No início, teremos até um custo alto pelo pioneirismo”. Ele explica que a siderúrgica do Grupo, que produz aço longo no Pará, começa a dar retorno agora, estando em operação desde 2008.
Com o início das operações da CSP em cerca de quatro anos, e o investimento em infraestrutura na área, o impacto sobre os custos de logística serão positivos. “O Pecém tem estrutura que muitos Estados queriam ter. Isso deve fazer os custos diminuírem”. Corrêa explica que paga-se US$ 50 por tonelada de aço para trazer o produto da China, e US$ 80, do Rio de Janeiro.
Com uma laminadora em implantação no Pará, investimento de R$ 900 milhões em parceria com a Vale, Corrêa disse que o Grupo está com o conhecimento necessário para a implantação do empreendimento no Ceará. “É um momento de sinergia. Podemos aproveitar algo do projeto do Pará para colocar aqui também”.
Com a redução do crescimento mundial, a demanda por aço caiu, puxando os preços para baixo, mas que não são acompanhados pelo barateamento da produção. “O que nos estimula a colocar a laminadora é o fato de já termos mercado. Seria mais difícil começar do zero, procurando clientes em um mercado com preços baixos pela crise”, diz Ian Corrêa.
Segundo o Instituto Aço Brasil (IaBr), a produção brasileira de aço bruto foi de 2,7 milhões de toneladas em junho, queda de 8,5% em relação ao mesmo período de 2011. As importações do produto subiram 11,6% nesse período. “O aço brasileiro é muito bom. A importação aumenta por causa do custo Brasil. Muitas vezes, pega-se o minério bruto, manda para a China e recebe o produto pronto”, explica.
Para Corrêa, a implantação da siderúrgica do Pecém representa a concretização de um sonho e o progresso para o Estado. “Para saber o nível de desenvolvimento de uma região, se mede o consumo de aço. Uma região produtora de aço se desenvolve”.
A CSP já atraiu o grupo espanhol Añon, que investirá cerca de US$ 1 bilhão para instalar a Siderúrgica Latino-Americana (Silat) no Pecém.
O interesse de uma empresa cearense em também investir em laminação na área foi anunciado esta semana pelo governador Cid Gomes, no evento de cravação da primeira estaca da CSP.
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