Redação
21/07/2021 11h00 | Atualizada em 13/08/2021 18h33
Por Marcelo Januário, editor
Realizada nos dias 6 e 7 de junho, a primeira edição da Smart.Con trouxe ao mercado brasileiro da construção uma abordagem inédita dos principais temas que impactam o setor no que tange à inovação, tecnologia e projetos na atualidade.
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...Por Marcelo Januário, editor
Realizada nos dias 6 e 7 de junho, a primeira edição da Smart.Con trouxe ao mercado brasileiro da construção uma abordagem inédita dos principais temas que impactam o setor no que tange à inovação, tecnologia e projetos na atualidade.
Organizado pela Messe München com apoio institucional da Sobratema, o evento virtual foi estruturado em quatro eixos – Smart.Engineering, Smart.Infrastructure, Smart.RealEstate e Smart.Rental –, reunindo alguns dos principais especialistas do mercado para compartilhar suas experiências, incluindo profissionais, empresas, acadêmicos, entidades setoriais e órgãos públicos, em quase 40 horas de conteúdo especializado relevante e indispensável aos novos tempos.
Pickert: transformação digital tem ganhado relevância
“De acordo com estudo da consultoria Mackenzie, nos últimos 20 anos a produtividade dentro da indústria da construção aumentou em média 1% ao ano, enquanto as demais indústrias registraram incremento de 2,8%”, comentou Rolf Pickert, diretor da Messe München Brasil. “Com esses números em mente, o tema de transformação digital tem ganhado relevância crescente dentro das estratégias das empresas.”
Neste especial da Revista Grandes Construções, o leitor pode acompanhar os temas debatidos no evento e descobrir como o setor da construção está se tornando cada mais inteligente e tecnológico também no Brasil, descortinando uma nova realidade em produtividade, segurança e qualidade nos canteiros.
E anote na agenda: em formato híbrido, a próxima edição da Smart.Con acontece nos dias 25 e 26 de abril de 2022.
PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Ao comentar os desafios do setor de logística, o secretário nacional de transportes terrestres do Ministério da Infraestrutura (MInfra), Marcello da Costa Vieira, destacou que o país investe pouco em infraestrutura e, inclusive, vem regredindo, com investimentos em torno de apenas 0,5% do PIB na atualidade.
“Comparados a países como China, Rússia e EUA, estamos muito aquém, o que dificulta o crescimento do país, pois há uma relação muito forte entre a eficiência logística e o desenvolvimento econômico”, disse ele.
Vieira: construção tem forte correlação com o crescimento econômico
A construção civil e o subsetor da construção pesada, observou Vieira, têm uma forte correlação com o crescimento, sendo que o investimento de R$ 1 nesses setores gera R$ 2,5 em atividade econômica, em um reflexo direto e linear na produção de riqueza – leia-se emprego e renda – do país. “O investimento neste setor precisa ser uma decisão de Estado, não de governo”, cravou.
Porém, o baixo investimento na malha rodoferroviária – atualmente com 63 mil km de rodovias federais pavimentadas e 30.600 km de linhas férreas – tem consequências “nefastas”, afirmou Vieira, com densidade insuficiente para o escoamento da produção. “Precisamos investir para equilibrar a matriz de transporte, tornando o país mais competitivo”, prosseguiu.
Também no modal portuário, que soma 21 mil km de vias navegáveis, a densidade é baixa, apesar de o país ter evoluído nessa frente com os terminais de uso privado, que atualmente respondem pela maior parte do escoamento de cargas. “Já os aeroportos talvez tenham sido a grande evolução no processo de privatização e de concessões”, observou o secretário.
No setor ferroviário, a velocidade média de 21 km é considerada baixa para carga. Além de não haver crescimento há décadas, cerca de um terço da malha de 30 mil km mantém-se ocioso. “Além disso, temos uma variação regional expressiva, com concentração na faixa Centro-Sul litorânea do país”, ressaltou. “Mas o país mudou, as cargas se movimentaram para a região Centro-Oeste e Norte e a malha não acompanhou esse deslocamento.”
Para ele, o país segue competitivo somente da “porteira para dentro”. “Esse é o grande desafio, dar capilaridade e densidade à essa malha”, afirmou. “Se crescer nessas áreas, também traremos a reboque o rodoviário, que indiscutivelmente sempre será o modal mais importante em um país continental como o Brasil.”
Todavia, essa espinhosa missão esbarra nas restrições orçamentárias. Entre 2013 e 2015, o país contava com cerca de R$ 20 bilhões para investir unicamente nos modais terrestres. Hoje, o orçamento retraiu para R$ 6 bilhões, insuficientes para dar conta de todos os modais. “Temos uma restrição fiscal que bate de frente com a necessidade crescente de investimento”, admitiu.
Nesse quadro, há de se buscar soluções. “Temos um estoque de obras paralisadas, principalmente rodoviárias, que demoram décadas para concluir”, lembrou o secretário. “Mas faltava vontade política para, independentemente de quem foi o ‘pai da obra’, concluir esses investimentos, que têm excelente relação de custo x benefício.”
Segundo ele, é possível terminar essas obras com pouco dinheiro, retornando o investimento para a sociedade. “Temos priorizado entregas que têm um reflexo positivo imediato para a logística do país”, garantiu. “Em 2020, foram mais de 1.200 km de rodovias somente no 1º semestre e, agora, mais 980 km entre duplicações, restaurações e pavimentações de rodovias.”
O secretário cita como exemplo a BR-163, que teve 56 km pavimentados e, apenas com isso, permitiu reduzir o custo logístico no Arco Norte em 16%. “Tem um efeito muito rápido nesses pontos de grande volume de tráfego e que são importantes para a logística do país”, salientou.
Como a tendência para a próxima década é de uma restrição orçamentária ainda maior, a saída está em atrair a iniciativa privada por meio de um extenso projeto de concessões, locando na infraestrutura os recursos que o país não dispõe. “Somente em 2019/2020, repassamos 40 ativos, o que representa mais de R$ 44 bilhões em investimentos e R$ 13 bilhões em outorgas”, destacou.
Vieira ressalta que a carteira de projetos interioriza a infraestrutura, levando desenvolvimento para o Nordeste e o Centro-Sul. “Estamos falando em algo em torno de R$ 250 bilhões em investimentos”, disse o secretário. “Se comparar com que temos para investir, percebe-se o quanto se está antecipando de investimento.”
Desse modo, o eixo de contratação tende a mudar nas próximas décadas, passando do governo para as concessionárias, que se tornarão as grandes contratantes de projetos, consultorias, supervisões, obras e gestão ambiental.
“Isso abre um leque de possibilidades para o setor, privilegiando a eficiência e soluções tecnológicas inovadoras, que fazem a diferença para quem ganha um edital”, pontuou Vieira.
CANAIS DE INVESTIMENTOS
Nesse sentido, o assessor da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia, Gustavo Pereira Gomes destacou na Smart.Con que a pasta trabalha para trazer maior previsibilidade ao investimento, atraindo o setor privado para projetos de longo prazo considerados prioritários pelo governo.
Gomes: PPI busca trazer maior previsibilidade ao investimento em infraestrutura
“O PPI funciona como um hub de investimentos, com transparência e coordenação entre os investidores, agentes financeiros, assessores setoriais, poder legislativo e concessionárias”, explicou.
Desde 2016, já foram qualificados 429 projetos, dos quais 238 já chegaram ao final do processo de leilão e início de implementação, totalizando investimentos de R$ 791 bilhões, mais outorgas de R$ 170 bilhões. “Para 2021, há uma ampla carteira com 178 projetos e 16 políticas qualificadas, incluindo infraestrutura pesada e social”, acrescentou Gomes.
De acordo com o assessor, os contratos de concessão embutem maior abertura para a inovação, pois o foco está na qualidade e não no preço. Além de estimularem maior flexibilidade na execução, com a solução partindo do próprio investidor.
“Os contratos de longo prazo mudam a ótica dos projetos, com predisposição para investir em soluções mais eficientes que trazem retorno aos investidores”, sublinhou.
“A noção de carteira de investimentos também viabiliza projetos com um horizonte mais previsível de escala e volume, inclusive com meios acessórios de se obter receita”, disse ele.
IMPULSO PARA A INOVAÇÃO
A eficiência também é fundamental para mudar o quadro. Segundo o coordenador de inovação industrial do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Guilherme de Paula Corrêa, as políticas públicas podem ser utilizadas por diversos setores da economia, por meio de mecanismos com caráter transversal como a Estratégia Brasileira de Transformação Digital, atualmente em revisão.
Corrêa: instrumentos impulsionam a inovação em várias áreas
“Um dos eixos da estratégia é o Plano Nacional de Internet das Coisas, que é prioritário para o ministério”, disse ele. “Com apoio do BNDES, fizemos um estudo para medir o impacto da tecnologia em diversas áreas, como logística, agronegócio, saúde, urbanismo, indústria e construção.”
A indústria 4.0 também permeia a área de construção, acrescentou Corrêa, assim como as cidades inteligentes, áreas priorizadas pelo Plano Nacional. “Outra política importante é a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial, que está em tudo atualmente”, lembrou.
O coordenador citou ainda alguns instrumentos mais antigos, que podem ser aproveitados pelo setor da construção, como a Lei de Informática e da Lei do Bem, que perpassam todos os setores produtivos.
“A primeira exige que as empresas invistam um percentual de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento, incluindo ferramentas que melhorem os processos e a produtividade da construção civil”, destacou. “Já a Lei do Bem estimula o desenvolvimento de novos produtos e processos em qualquer setor ou área.”
Além disso, a inovação vem sendo trabalhada por meio das Câmaras 4.0 (que englobam indústria, agro, saúde, cidades e turismo). “Por que não ter uma Câmara da Infraestrutura 4.0 ou da Construção 4.0, para reunir todas as associações da área e colocar as ideias na mesa?”, provocou o coordenador, destacando que a instância poderia ser usada para discutir ideias, programas e formas de alavancar o setor por meio das ferramentas de transformação digital. “Fica a dica”, disse ele.
SUPERAR BARREIRAS
No mercado, predomina a expectativa. Para a presidente executiva da ABCIC (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), Íria Lícia Oliva Doniak, o país ainda tem muitos aspectos por resolver, como o déficit de produtividade.
“A sociedade global passa por uma profunda transformação e, por consequência, também o setor da construção”, disse ela. “É um momento de transição em que estamos projetando o futuro, mas ao mesmo tempo temos de lidar com o presente.”
Do mesmo modo, há atualmente uma catalisação da digitalização, que vem se acentuando com a pandemia. Mas antes de digitalizar os processos, apontou Doniak, a construção precisa se industrializar, tarefa em que o país ainda enfrenta barreiras.
“É fundamental não deixarmos passar esse momento para estimular a inovação”, disse a executiva. “Precisamos superar as barreiras que impedem o avanço da industrialização, como questão a tributária, assim como a qualificação, pois temos capital humano envolvido nesse processo.”
Sob a ótica da tecnologia, o vice-presidente da I2AI Brasil, Alexandro Angelo Romeira, lembrou que o objetivo da inteligência artificial (IA) é conhecer o cliente, trazendo métodos construtivos que façam sentido pela eficiência e economia.
Para ele, é preciso desmistificar a área e mostrar que é algo factível. “A IA é um conjunto de ferramentas que tratam os comportamentos e sistemas a partir de estatísticas matemáticas e computacionais, permitindo entender o contexto e tomar decisões”, explicou. “Ou seja, trazer para o consumidor o que ele realmente deseja.”
Mas o setor não pode titubear, ainda mais em um mercado com projeção de movimentar cerca de US$ 15 trilhões até 2030. “A questão agora é querer adotar a IA nos negócios, pois o concorrente já pode estar usando”, destacou Romeira.
Na mesma linha, o presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção), Rodrigo Navarro, reforçou que a pesquisa precisa ser mais estimulada no setor, inserindo tecnologias como o BIM nas leis de estímulo à inovação, por exemplo. “A construção industrializada ainda não decolou, pois requer correções em alguns pontos, como a tributação”, reforçou. “E antes de falar em cidades inteligentes, é necessário falar em cidades, começando pelo básico, como os indicadores de saneamento, por exemplo.”
Analisando a sustentabilidade na indústria de materiais, Navarro ressaltou que é possível reduzir as emissões em 25% na construção de um prédio. “Assim, o setor pode ajudar muito nas estratégias de ESG, exercendo um papel importante na economia de baixo carbono”, apontou.
Por falar em BIM, o consultor do BIM Fórum Brasil (BFB), Wilton Catelani, frisou que o futuro da construção certamente será mais digital do que é hoje. “Mas, para chegarmos a esse futuro, a jornada de digitalização precisa começar de alguma maneira”, ponderou. “A verdade é que temos de partir de onde estamos, que é empilhando blocos e amarrando vergalhões.”
No momento, afirmou, o início da transformação é representado pelo BIM, mas não se sabe como essa jornada terminará. “É um olhar para o ciclo de vida completo de um ativo, desde projetar e construir até manter”, comentou. “No Brasil, ainda abandonamos as nossas obras, mas depois nos surpreendemos quando surgem problemas e prejuízos.”
Para avançar, disse ele, é necessário classificar e codificar os dados, pois na base dos sistemas ciberfísicos está a informação padronizada. Mas o Brasil ainda está muito distante disso. “Com a digitalização, as coisas evoluem de uma maneira diferente, a abordagem é outra”, ressaltou.
“É preciso ter foco nas informações, que precisam ser compreendidas e reutilizadas, capacitar a mão de obra e colaborar na geração de protocolos e padrões, que precisam ser comuns e alinhados”, disse Catelani.
MUDANÇA DE CULTURA
Esse descompasso também foi apontado por Rogério Vitalli, diretor de tecnologia do IAR (Instituto Avançado de Robótica). Segundo ele, há uma disparidade da engenharia civil em relação a outras áreas.
“As tecnologias 4.0 impactam as demais, mas alguns problemas culturais não viabilizam o emprego da tecnologia, que no Brasil ainda é vista como alto custo e baixo lucro”, cutucou.
Para ele, a iniciativa privada tem outra abordagem, mas apenas em projetos corporativos e de alto padrão. “Só se usa tecnologia quando precisa, pois não temos a cultura de usar a inovação”, continuou. “E também temos gargalos na mão de obra, que é de baixa qualidade.”
Ao contrário de países como Japão e Alemanha, a robótica ainda é muito pontual na engenharia civil brasileira, frisou o diretor. Nesse contexto, as empresas preferem terceirizar ou até quarteirizar as atividades.
“Isso levanta a questão se vale a pena investir em tecnologia no Brasil, sem mão de obra qualificada e em um cenário que não viabiliza o custo da obra”, questionou Vitalli. “Não são os brasileiros que estão fazendo a inovação, por falta de uma cultura que traga maior valor agregado, melhores projetos e qualificação.”
No âmbito acadêmico, até existem projetos de empreendimentos conectados à inovação, como ressaltou o diretor do centro de pesquisas MackGraphe (Mackenzie), José Augusto Pereira Brito.
Segundo o especialista, vivemos um momento disruptivo de crescimento global, que vem trazendo resultados financeiros “estonteantes”.
“O Brasil tem grande potencial, mas há necessidade de incentivos governamentais, pois P&D requer fomento do poder público para chegar ao mercado”, afirmou.
Para o professor, a indústria também precisa estar inserida nas universidades, como ocorre em países como Alemanha, Coreia do Sul e China, que estimulam a inovação aberta e redes de parcerias. “Hoje, os projetos de startups são transnacionais e transdisciplinares, não há mais contorno”, afirmou. “Mas, no Brasil, a ênfase ainda está no setor primário, que exporta muito, mas gera pouca riqueza local.”
A saída é criar uma visão de longo prazo, acrescentou o professor, investindo mais nas pessoas em todas as verticais de negócios. “É necessário transformar a pesquisa em algo útil e que gere riqueza local, não basta exportar commodities agrícolas e minerais”, alertou Brito. “Vamos exportar tecnologia também.”
CASE
Projeto une sustentabilidade e tecnologia em SP
A consultora em arquitetura e urbanismo sustentáveis do Atelier O'Reilly Architecture & Partners, Patrícia O’Reilly, apresentou na Smart.Con o projeto da nova sede do Instituto Favela da Paz, um espaço de integração cultural desenvolvido já há 30 anos no Jardim Ângela, na região sul da cidade de São Paulo (SP), considerada uma das regiões mais violentas do mundo.
Projeção da nova sede do Instituto Favela da Paz: inovação pela qualidade urbana
Com nove núcleos, o projeto – que está sendo apresentado na 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza – tem foco na formação de mão de obra e desenvolvimento de tecnologias aplicadas ao mobiliário urbano e construção civil, trabalhando com sistemas construtivos híbridos, arte, audiovisual, música e sustentabilidade.
Um dos destaques é “Árvore Solar”, que conecta o mundo físico ao virtual para estimular a educação em sustentabilidade. Autoalimentado por energia fotovoltaica, o aparato inclui rede de wi-fi, portas USB, sistema de captação de energia solar, câmeras com reconhecimento facial, GPS, carregador de carros elétricos, sensores de monitoramento da qualidade do ar e aplicativos educativos, além de um sistema de TV que dá acesso aos conteúdos produzidos pelos núcleos.
“Buscamos uma qualidade urbana superior ao que se encontra hoje no local, que é bastante degradado”, disse O’Reilly. “Mas, acima de tudo, o projeto pretende decodificar a ‘caoticidade’ do antigo espaço e integrar a comunidade.”
Evento aborda as transformações do setor na atualidade
A Smart.Con surgiu da constatação de que apenas os avanços tecnológicos podem garantir que as empresas do setor aumentem a produtividade, reduzam custos operacionais e, cada vez mais, ganhem escala em seus negócios.
“O setor da construção passa por profundas transformações dos sistemas construtivos, equipamentos, materiais e softwares, que afetam diretamente os costumes, a legislação, a produção e o relacionamento com clientes e profissionais”, disse Afonso Mamede, presidente da Sobratema.
Mamede: setor da construção passa por profundas transformações
“Essa revolução que estamos vivendo no setor também acelera a efetiva integração entre a indústria e a obra e reforça a aliança estratégica entre projetistas, consultores, fornecedores e prestadores de serviço, além de trazer benefícios ao meio ambiente.”
A íntegra do evento pode ser conferida neste link.
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