Assessoria de Imprensa
16/09/2021 11h00
O segmento de transporte de cargas tem sido ocupado nas últimas décadas, majoritariamente, por personalidades masculinas.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) contabilizou quase 2,3 milhões de trabalhadores no setor em âmbito nacional. No entanto, apenas 17% são mulheres. Em contrapartida, a presença feminina tem sido ampliada nos cargos de liderança de forma geral.
A pesquisa mais recente realizada pelo International Business Report da Grant Thornton apontou que 34% dos cargos de diretoria executiva são ocupados por pessoas do sexo feminino no Brasil, 5% acima da média global.
É importante destacar as inovações e m
...O segmento de transporte de cargas tem sido ocupado nas últimas décadas, majoritariamente, por personalidades masculinas.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) contabilizou quase 2,3 milhões de trabalhadores no setor em âmbito nacional. No entanto, apenas 17% são mulheres. Em contrapartida, a presença feminina tem sido ampliada nos cargos de liderança de forma geral.
A pesquisa mais recente realizada pelo International Business Report da Grant Thornton apontou que 34% dos cargos de diretoria executiva são ocupados por pessoas do sexo feminino no Brasil, 5% acima da média global.
É importante destacar as inovações e melhorias que líderes femininas têm proporcionado às organizações.
De acordo com o McKinsey Study, organizações que possuem mais mulheres na liderança obtêm um resultado operacional 48% maior em relação à média da indústria e um crescimento no faturamento de 70%.
No início do mês de setembro, executivas do segmento de transporte de cargas compartilharam algumas de suas grandes realizações em suas trajetórias profissionais durante a segunda edição doIT Talks Conference 2021.
Ana Jarrouge, presidente executiva do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região (SETCESP), atua no setor há mais de 20 anos e percebe a predominância masculina, principalmente nas entidades de classe.
Visando uma maior inserção feminina no transporte de cargas, Ana criou o movimentoVez & Voz – Mulheres no TRCem parceria com o SETCESP. “O intuito do movimento é apoiar e incentivar todas as mulheres, não só aquelas que já estão dentro do setor. Queremos mostrar que o segmento está aberto para a diversidade e para inclusão e, com isso, atrair mais mulheres”, explica.
Crescendo dentro do transporte rodoviário de cargas (TRC), Gislaine Zorzin, diretora administrativa e de novos negócios da Zorzin Logística, conta que atualmente 90% das posições estratégicas da transportadora são ocupadas por mulheres.
“A criação que meu irmão e eu recebemos do meu pai sempre foi igualitária e sem distinção de gêneros, de modo que levamos esse comportamento para a empresa. Colocamos as pessoas nas posições de acordo com suas competências, e por acaso hoje o nosso quadro tem uma maioria feminina”, aponta Gislaine.
Quando a atual diretora da Ouro Negro Transportes, Priscila Zanette, assumiu a liderança, havia apenas 5 mulheres na companhia. Hoje, a empresária relata que 30% do quadro de funcionários é composto por mulheres. Além de trazer mais personalidades femininas para a transportadora, a gestão de Priscila tem priorizado uma profissionalização maior dos processos.
“Depois que eu assumi a empresa e minhas irmãs vieram trabalhar conosco, tivemos uma gestão mais profissionalizada por meio de números e reuniões de resultado. Além do mais, acredito que, por nós mulheres sermos mais detalhistas, no momento da tomada de decisão conseguimos observar diversos pontos e ter uma assertividade maior”, afirma.
A paixão pelo transporte de cargas foi descoberta por Thaís Bandeira há 14 anos, quando iniciou sua carreira no segmento e decidiu que seria uma grande executiva da área. Hoje, enquanto sócia proprietária da Kodex Express, busca se manter atualizada e tornar a transportadora cada vez mais tecnológica.
“O nosso objetivo é trazer tecnologias que deem a conveniência do multicanal. A inteligência artificial vem para dar uma celeridade e também proporcionar mais conforto aos clientes”, conta.
Trazendo uma bagagem anterior do segmento industrial, Rafaela Cozar,headde gestão e inovação na Roda Brasil Logística, destaca a importância em saber ouvir e aprender antes de iniciar qualquer projeto de inovação.
“Não adianta olharmos apenas por um lado: precisamos da pluralidade. Quando eu desconstruí todos os meus conceitos, como se não soubesse de nada, e fui para o pátio entender de fato o que era um caminhão, eu pude agregar a minha experiência anterior ao setor”, explica Rafaela.
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