Assessoria de Imprensa
13/05/2022 09h04 | Atualizada em 19/05/2022 10h34
Por Rogério Santos*
Guerras são tristes, principalmente, pela morte de pessoas inocentes, mesmo a gente sabendo que construção, manutenção e destruição são forças que fazem parte da caminhada individual, dos povos e das nações.
Mas, trazendo para o dia a dia imediato, um conflito mundial como a invasão da Rússia à Ucrânia também tem impactos na economia e no abastecimento de algumas commodities em todo o mundo, incluindo, é claro, o Brasil.
A Ucrânia é uma grande exportadora de trigo e de matérias-primas minerais. O país produz petróleo e g&aa
...Por Rogério Santos*
Guerras são tristes, principalmente, pela morte de pessoas inocentes, mesmo a gente sabendo que construção, manutenção e destruição são forças que fazem parte da caminhada individual, dos povos e das nações.
Mas, trazendo para o dia a dia imediato, um conflito mundial como a invasão da Rússia à Ucrânia também tem impactos na economia e no abastecimento de algumas commodities em todo o mundo, incluindo, é claro, o Brasil.
A Ucrânia é uma grande exportadora de trigo e de matérias-primas minerais. O país produz petróleo e gás natural e tem relevância também na produção de lítio e cobalto, importantes para a produção de componentes e baterias.
Desde o início da invasão ao território ucraniano, a Rússia tem sofrido sanções econômicas de países ocidentais. Isso afeta as cadeias de distribuição e resulta em encarecimento das commodities.
O setor imobiliário é um dos que mais sofre as consequências dessa pressão de preços. Havia expectativa que os preços dos materiais de construção se estabilizariam neste semestre, após um ano e meio de fortes altas.
Mas o que temos visto é que, com a guerra no leste europeu e com as novas medidas de "lockdown" na China, os custos continuam pressionados, forçando as incorporadoras e construtoras a aumentar os valores das unidades para repassar parte das elevações.
Só que, com o poder de compra do brasileiro menor, a velocidade de venda de imóveis é afetada diante de preços mais altos e das incertezas econômicas e políticas.
A combinação de valores maiores e juros em alta abre espaço para o mercado de locação, em que o cliente não precisa assumir uma dívida de longo prazo num momento em que está mais difícil enquadrar sua renda ao financiamento imobiliário.
Alugar um imóvel agora e financiar a compra da casa própria quando o cenário estiver melhor, pode ser um caminho mais indicado para muita gente.
Nesse contexto, a UBlink avalia que, em 2022, a tendência é que a procura pelo aluguel seja maior do que a demanda por aquisição de propriedades.
*Rogério Santos é um dos fundadores da startup UBlink.
27 de novembro 2024
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