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Revista GC - Ed.41 - Setembro 2013
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Sobratema 25 anos

Testemunhando o despertar do gigante

A transformação do mercado criou novas demandas tanto para as empresas envolvidas com as decisões de investimentos, assim como para os profissionais responsáveis pelos setores operacionais do universo de máquinas de construção. A carência foi percebida pela Sobratema, que desenvolveu em 2005, o programa Custo Horário de Equipamentos, um sistema interativo que permite aos usuários conhecer os custos horários dos principais equipamentos de construção utilizados em diversas obras.

Estimulada pela procura cada vez maior de informações técnicas e estatísticas por parte dos usuários, a entidade avançou na elaboração de pesquisas e estudos de mercado que pudessem auxiliar esses profissionais em seu dia a dia. Surgiu assim o Estudo Sobratema do Mercado de Equipamentos para Construção, lançado em 2007 e já na 7ª edição, com informações captadas junto a fabricantes, importadores, empresas usuárias, associações e entidades do setor. Os dados são compilados pelas consultorias econômicas da Minimax Editora Especializada, do jornalista Brian Nicholson, e da Insight Consultoria Econômica, do profess


A transformação do mercado criou novas demandas tanto para as empresas envolvidas com as decisões de investimentos, assim como para os profissionais responsáveis pelos setores operacionais do universo de máquinas de construção. A carência foi percebida pela Sobratema, que desenvolveu em 2005, o programa Custo Horário de Equipamentos, um sistema interativo que permite aos usuários conhecer os custos horários dos principais equipamentos de construção utilizados em diversas obras.

Estimulada pela procura cada vez maior de informações técnicas e estatísticas por parte dos usuários, a entidade avançou na elaboração de pesquisas e estudos de mercado que pudessem auxiliar esses profissionais em seu dia a dia. Surgiu assim o Estudo Sobratema do Mercado de Equipamentos para Construção, lançado em 2007 e já na 7ª edição, com informações captadas junto a fabricantes, importadores, empresas usuárias, associações e entidades do setor. Os dados são compilados pelas consultorias econômicas da Minimax Editora Especializada, do jornalista Brian Nicholson, e da Insight Consultoria Econômica, do professor Rubens Sawaya, da PUC-SP.

O passo seguinte foi o lançamento, em 2010, da Pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2017 e a Pesquisa Frota Brasil em Atividade, ambas desenvolvidas pela CriActive e e8 Inteligência. Essas pesquisas traçariam um perfil atual do Brasil e mostrariam o gigante por trás dos canteiros.

Um exemplo disso foi a edição do Estudo Sobratema do Mercado da edição 2010/2015 que comprovou o excelente desempenho das vendas naquele ano, com um crescimento de 70,5% em relação ao ano anterior representando recorde absoluto na história do setor no País.

O número de equipamentos vendidos pulou de 41.360, em 2009, para 70.530 unidades vendidas em 2010.

Tal volume bateu em 38% o recorde até então alcançado em 2008, quando foram vendidas 53 mil unidades de máquinas e equipamentos. O destaque ficou por conta do crescimento acima da média de escavadeiras hidráulicas (90%), pás carregadeiras (80%) e tratores de esteiras (109%), equipamentos com vocação para obras de grande porte. O maior destaque, no entanto, foi para os caminhões fora de estrada, com a espetacular performance de 200% de aumento nas vendas, em comparação a 2009.

As vendas de plataformas aéreas e telehandlers, por outro lado, evidenciou a maior preocupação com os quesitos segurança e prevenção aos riscos, crescendo, respectivamente, 233% e 167% no período citado. No total, foram comercializadas 3 mil unidades de plataformas aéreas e 400 unidades de telehandlers.

“Esses números refletem a modernização do setor”, disse Brian Nicholson. O setor de máquinas e equipamentos movimentou na época algo em torno de R$ 8 bilhões, o equivalente a 5% do PIB (Produto Interno Bruto) da construção, responsável aproximadamente por 7% do PIB total do Brasil.

Nos anos seguintes, 2011 e 2012, o desempenho do setor recuaria seguindo a dinâmica dos próprios investimentos em infraestrutura e dos ajustes da economia.

Entretanto, após 2010, o mercado brasileiro das máquinas e equipamentos nunca mais seria o mesmo. A partir daí cresceram os anúncios de investimentos em novas fábricas ou modernização de plantas, e ocorreu a expansão das linhas de equipamentos montados ou fabricados no País. Fez-se notar também a presença mais marcante de empresas de origem asiática que também se instalaram no Brasil para disputar nichos do mercado.

Já com a primeira edição da Pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2016, a entidade atendeu a uma grave lacuna de informação sobre os investimentos públicos e privados e expandiu seu campo de atuação.

O levantamento revelou a perspectiva, em 2010, de R$ 1,3 trilhão de investimentos até 2016, a partir de 9 mil obras analisadas em todo o País. O trabalho, que já está na terceira edição, tornou-se referência para o planejamento estratégico das empresas nacionais e estrangeiras interessadas nos oportunidades lançadas pelo setor do infraestrutura.

A atualização da pesquisa, no ano seguinte, ampliaria o universo para 12.265 obras com investimentos da ordem de R$ 1,48 trilhão. Já a versão 2012 do estudo detectou uma sensível perda de fôlego governamental e tendência de queda na relação entre o investimento em infraestrutura e o Produto Interno Bruto (PIB) a partir de 2009. “A expectativa para o ano, de 2% – alertou o estudo – leva o País a ter indicadores de qualidade de infraestrutura inferiores a nações como Chile e a Colômbia”. Foram listadas 11.533 obras, com volume de investimento estimado de R$ 1,68 trilhão.

Mesmo assim, alguns setores se mantiveram em alta, como o de petróleo e gás, dominando 43% dos investimentos, seguido pela área de transporte, com 30% dos recursos, totalizando R$ 397,59 bilhões. Um dos principais projetos nesse setor é o Trem de Alta Velocidade (TAV).

Na área energética estimaram-se investimentos de R$ 216,61 bilhões, alavancados principalmente pela construção da usina de Belo Monte. O Programa Minha Casa Minha Vida apresentou a maior taxa de execução das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), enquanto a área de saneamento apontou para uma perspectiva de investimentos da ordem de R$ 92,3 bilhões para começar a reduzir o déficit de atendimento.

As pesquisas da Sobratema revelam, assim, a fotografia de um novo Brasil, em processo constante de mudança, após a eleição do presidente- operário Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse novo País, o que se viu foi uma população de 30 milhões emergir da pobreza para a classe média, o que demandou um volume gigantesco de serviços sociais, sobretudo aos ligados a um novo padrão de vida. Cresceram as expectativas por mais serviços de transportes e logística, evidenciadas pelos apagões nos aeroportos e pelas gigantescas filas de caminhões nos acessos aos portos.

Todo esse cenário de mudanças foi acompanhado de perto pela revista Grandes Construções, publicação mensal lançada em 2009 pela Sobratema, com o propósito de se aproximar ainda mais dos diversos atores deste processo, agora não focada apenas nas áreas de máquinas e equipamentos, mas em todos os aspectos da cadeia da construção. A revista contempla temas como soluções de projetos, métodos construtivos, capacitação e qualificação de mão de obra e novas tecnologias, com especial atenção aos setores de Infraestrutura, Construção Industrial, Construção Imobiliária e Sustentabilidade, entre outros.

No ano seguinte, em 2010, foi promovido, pela primeira vez, o Sobratema Fórum - Brasil Infraestrutura, que já teve entre os palestrantes o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-ministro Mailson da Nóbrega. Em 2011, foi lançado o CHN - Construção Hoje Notícias, veículo de informação na web.

Paralelamente a esse processo de consolidação da Sobratema como principal porta-voz do setor no Brasil, as mudanças no cenário da construção prosseguem em ritmo acelerado. O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), principal instrumento público de investimento, não se mostraria suficiente para fechar essa conta e o governo se rendeu a uma nova abertura para a participação do setor privado em empreendimentos de infraestrutura.

Ao assumir o governo em 2011, Dilma Rousseff, tinha como principal desafio concluir as principais obras do PAC e consolidar o processo de participação privada para melhorar a infraestrutura do País.

Um volume jamais visto de obras compõe a agenda brasileira e chama a atenção do mundo inteiro, principalmente das empresas fornecedoras de máquinas, equipamentos, insumos e tecnologias para a construção. O País assiste à construção ou reforma de 12 estádios para a Copa Fifa 2014, e à revolução urbana no Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Obras consideradas prioritárias, como a usina hidrelétrica de Belo Monte, começam a sair do papel, tendo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como principal financiador. Transcorrem as obras da usina hidrelétrica de Santo Antonio, Jirau e Teles Pires. A polêmica transposição do rio São Francisco conta com a participação do Exército Brasileiro.

O País se transforma num canteiro de obras exigindo um formidável volume de mão de obra. No entanto, os recordes da safra agrícola emperram nas rodovias, a caminho dos portos, devido à incapacidade do sistema de logística. E nas grandes cidades, a população se abalroa dentro de ônibus, trens e metrôs, cujo crescimento não acompanhou o crescimento populacional.

Como uma das respostas para dar cabo desse desafio, o governo empreende um novo programa de privatizações e concessões que vence etapas importantes nos setores dos aeroportos. Os terminais aeroportuários de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e o de Brasília são os primeiros a ser privatizados e a iniciar as obras de ampliação. A área portuária conclui processo de novo marco regulatório, mas os setores ferroviário e rodoviário ainda aguardam uma solução para destravar os investimentos.

As grandes metrópoles deslancham investimentos em metrôs, monotrilhos e sistemas rápidos de ônibus (Bus Rapid Transit - BRTs). São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Belo Horizonte tocam obras metroviárias. Em contrapartida, são surpreendidas pela impaciência de manifestantes, que vão para as ruas exigir melhorias nos transportes. Um dos projetos prioritários para o governo é o Trem de Alta Velocidade (TAV) para conectar as cidades de São Paulo ao Rio de Janeiro.

Neste novo cenário econômico, de total acesso às tecnologias e de recursos, revelam-se obstáculos que precisam ser superados para a inclusão do País no grupo dos países desenvolvidos: melhoria nas áreas da saúde, transporte urbano e educação. A falta de mão de obra qualificada, sem dúvida, é um desses gargalos. Visionária também nesse sentido, a Sobratema, através do Instituto Opus, desenvolve  cursos e programas de treinamento, em sua área de atuação, fiel à missão dos seus fundadores e pioneiros, e aos que hoje seguem na linha de frente da entidade.

 

 

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