Prometida há muitos anos, a ampliação da Rodovia dos Tamoios, importante via que liga a região de São José dos Campos, no Planalto Paulista, à Caraguatatuba, no litoral Norte e, principalmente, ao Porto de São Sebastião, aos poucos vai tomando corpo. Pertencente ao Viário Logístico Norte, a obra nasce com o signo da polêmica, pois um de seus trechos passa obrigatoriamente pela Serra do Mar, paraíso ecológico preservado. Por outro lado, é fundamental para atender ao crescimento logístico rumo ao Porto de São Sebastião e ao projeto expansionista do Pré-Sal.
O projeto está a cargo do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), que contratou a Desenvolvimento Rodoviário como gerenciadora das obras. Para ganhar agilidade, a Nova Tamoios foi dividida em três etapas. Na primeira delas, no Trecho Planalto, as obras foram iniciadas prevendo pistas do tipo Classe 1, mais adequada para o tráfego de veículos pesados com segurança. Segundo Pedro Silva, diretor de engenharia da Dersa, as pistas passarão a ter inclinação das rampas de no máximo de 6%, e as curvas de baixa velocidade (de 30 km/h a 40 k
Prometida há muitos anos, a ampliação da Rodovia dos Tamoios, importante via que liga a região de São José dos Campos, no Planalto Paulista, à Caraguatatuba, no litoral Norte e, principalmente, ao Porto de São Sebastião, aos poucos vai tomando corpo. Pertencente ao Viário Logístico Norte, a obra nasce com o signo da polêmica, pois um de seus trechos passa obrigatoriamente pela Serra do Mar, paraíso ecológico preservado. Por outro lado, é fundamental para atender ao crescimento logístico rumo ao Porto de São Sebastião e ao projeto expansionista do Pré-Sal.
O projeto está a cargo do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), que contratou a Desenvolvimento Rodoviário como gerenciadora das obras. Para ganhar agilidade, a Nova Tamoios foi dividida em três etapas. Na primeira delas, no Trecho Planalto, as obras foram iniciadas prevendo pistas do tipo Classe 1, mais adequada para o tráfego de veículos pesados com segurança. Segundo Pedro Silva, diretor de engenharia da Dersa, as pistas passarão a ter inclinação das rampas de no máximo de 6%, e as curvas de baixa velocidade (de 30 km/h a 40 km/h), serão corrigidas para alcançar a velocidade de 80 km/h, ou em alguns trechos, de até 100 km/h. Silva destaca o benefício para dar maior fluidez ao trânsito e ao tráfego de caminhões e, principalmente, reduzir o elevado índice de acidentes no local.
O Trecho Planalto constitui-se de 48,8 km e foi dividido em dois lotes, a cargo da Construtora Encalço e S.A. Paulista, vencedoras da licitação. O Lote 1 vai do quilômetro 11,5 ao quilômetro 35,8. O lote 2 vai do quilômetro 35,8 ao quilômetro 60,5. As obras foram iniciadas em 15 de maio e tem prazo de 20 meses para sua execução. Mas, segundo Silva, o objetivo é antecipar a conclusão para 1º de outubro de 2013, para fugir do período de férias. Um dos pontos críticos da obra está no desmonte de rochas, que levam a interdições quase diárias das 12 às 14 horas. Mas os demais trabalhos de terraplenagem, ocorrem com o funcionamento concomitante da rodovia, obrigando as máquinas a operarem em trecho exíguo de acostamento. Atualmente, são 1100 operários, mas no pico, o número deve chegar entre 1500 a 2000 operários.
O trecho Serra do Mar
O trecho Serra está na fase de licenciamento, com o EIA/Rima em análise pela Cetesb. As primeiras audiências ocorrem em outubro e a previsão é de até o 1º semestre do ano que vem, o trecho contar com a licença de implantação, para ter início o processo de licitação. Ainda não está definido se a obra será realizada pela Dersa, contratada do DER, ou se haverá uma Parceria Público Privada (PPP), informa Pedro Silva. O trecho vai do quilômetro 60,5 até o quilômetro 82. Os primeiros 5 km estão no trecho Planalto. E os 17 km restantes do trecho passam pela Serra. Desse volume, 12 km atravessarão a Serra por meio de túneis, escavados em rocha.
A nova pista será ascendente também do tipo Classe 1 (com rampas de 6% de declínio e curvas com velocidade de 80%) e a que existe hoje será destinada ao tráfego descendente. Segundo Pedro Silva, para acessar pontos intangíveis da Serra, e devido à proibição de fazer acessos rodoviários, a obra deverá utilizar o transporte por via aérea, por meio de helicópteros de alta capacidade.
Contornos de Caraguatatuba e São Sebastião
Em outubro foi publicado o edital de Pré-Qualificação para concorrência das obras dos Contornos Norte e Sul de Caraguatatuba e São Sebastião. A abertura dos envelopes com as propostas acontece em novembro, com previsão de contratação já em março do ano que vem.
O projeto rodoviário apresentado no EIA/Rima prevê a interligação da Rodovia dos Tamoios (SP-99) em seu trecho denominado de Avenida Presidente Campos Salles, no Bairro Ponte Seca, até o entroncamento com a Rodovia Dr. Manoel Hyppolito Rego (SP-55) em seu quilômetro 99, nas proximidades dos bairros Casa Branca e Olaria, em Caraguatatuba.
O Contorno irá retirar o tráfego pesado da área urbana de Caraguatatuba, fundamental para melhorar o trânsito local e a segurança dos pedestres.
O contorno deverá ser implantado em duas pistas com uma faixa de rolamento por sentido, pistas simples predominantes, acessos controlados e velocidade máxima de 80 km/h. Os usuários somente poderão acessar a interligação rodoviária do Contorno Norte na interseção com a Rodovia dos Tamoios e no ponto de junção com a rodovia Manoel Hyppolito Rego (SP-55).
No total são 6,2 km no Contorno Norte, e 30,7 km no Contorno Sul. O Contorno Norte é constituído por obras de arte e viaduto e o Sul inclui também túneis. O valor total estimado da obra é de R$ 1,8 bilhão, dividida em quatro lotes. O primeiro corresponde ao Contorno Norte de Caraguatatuba e os restantes, ao Contorno Sul de Caraguatatuba e São Sebastião. Segundo Pedro Silva, o cronograma prevê a construção dos lotes 1 e 2 em 20 meses e dos lotes 3 e 4, mais complexos, em 36 meses.
Obras na Tamoios não compromete o tráfego
Nos próximos meses, os usuários da Rodovia dos Tamoios (SP-099), Trecho Planalto, notarão grandes mudanças no percurso São José dos Campos a Caraguatatuba. O Consórcio Encalso/ S.A.Paulista está fazendo ao longo de 49 km de estradas que ligam as duas cidades, os serviços de terraplenagem, drenagem, pavimentação, pavimentação,recuperação asfáltica e obra de arte especial. As obras caminham em ritmo acelerado e a previsão de execução dos trabalhos é de 20 meses.
Uma das preocupações do consórcio foi o aproveitamento da mão de obra local, principalmente de Paraibuna e Jambeiro, local do empreendimento. Atualmente, a empresa conta com um efetivo de 1.091 empregados, vindos também de São José dos Campos, São Sebastião, Caraguatatuba, Salesópolis etc, sem contar os funcionários das empresas terceirizadas. O consórcio conta com cerca de 600 equipamentos pesados, entre caminhões, escavadeiras, rolo vibratório etc, além de inúmeras máquinas leves e compactas.
Por ser um trecho muito rochoso, são realizadas, todas as semanas, detonações e desmontes de rocha. Para isso, o consórcio faz um intenso trabalho de divulgação porta a porta, nas residências próximas, com a retirada de moradores, quando necessário. Uma equipe de Segurança do Trabalho sinaliza todo o trecho em obra, dia e noite, e também faz os bloqueios das vias municipais nas horas de detonação e limpeza da pista, garantindo a segurança de transeuntes e usuários.
Com o objetivo de preservar as características naturais da região, uma equipe de Meio Ambiente trabalha a fim de garantir a preservação de espécies animais, recolhendo e cuidando daqueles que estão doentes ou machucados. Cuidado igual é dedicado à flora nativa. Além disso, é feito um trabalho de controle e contenção de erosão ao longo das frentes de trabalho.
Todo o trabalho está sendo realizado sem paralisações prolongadas, mesmo com trânsito intenso. Enquanto as máquinas estão operando, os usuários trafegam normalmente.
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