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Revista GC - Ed.35 - Março 2013
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Tecnologia

Soluções para as cidades do futuro

Empresas líderes em desenvolvimento de tecnologia apresentam soluções voltadas para a gestão urbana e construção sustentável, de olho nos investimentos em infraestrutura no Brasil e no mundo

Em início das novas gestões municipais no Brasil, cabe perguntar: como as grandes cidades brasileiras estão se preparando para o futuro? Os problemas são os mesmos de sempre – saneamento, educação, saúde, transportes, segurança, habitação. No entanto, o impacto é multiplicado pelo vertiginoso crescimento demográfico urbano verificado nas últimas décadas. A consultoria Global Insight estima que até 2025 a expansão média das cidades será da ordem de 4,4% ao ano. De acordo com a consultoria, metade da expansão econômica global já é gerada hoje pelas 600 maiores cidades do planeta. O mundo vai crescer menos que isso, na média de 3,5%.

O crescimento em escala dos grandes polos mundiais cria novas demandas em termos de transporte, eficiência energética, sustentabilidade, meio ambiente e tecnologia. São milhares de pessoas ligando o chuveiro ao mesmo tempo, usando o sistema de metrô, ônibus, acendendo o gás, parando em frente ao semáforo. Para dar conta dessa demanda crescente por serviços, estimativas apontam para a realização de investimentos de € 2 trilhões, nos próximos anos, em sistemas de energia, água e transportes nos grandes núcleos urbanos. Assim, as megalópoles tornaram-se principais polos concentradores de recursos e investimentos globais visando a permanente melhoria dos serviços públicos.

No Brasil, pode-se tomar como exemplo as megalópoles São Paulo e Rio de Janeiro que, juntas, formam o principal complexo metropolitano do País. Elas concentram 22% da população brasileira, embora cubram apenas 0,5% de todo o território nacional. A região corresponde, ainda, a 60% de toda produção industrial brasileira. Não é à toa que um dos principais projetos brasileiros de infraestrutura é o trem-bala, que pretende transpor mais de 700 km de distância e conectar as duas cidades. Esse é apenas um dos ângulos da problemática relação urbana brasileira, que não passou desapercebido pela Siemens, uma desenvolvedora mundial de tecnologia. Em seus estudos e análises para definir a estratégia global da companhia, ela percebeu o potencial do mercado para o setor de tecnologia, mirando somente as demandas de infraestrutura e serviços desses grandes núcleos urbanos: algo na casa dos € 300 bilhões.


Em início das novas gestões municipais no Brasil, cabe perguntar: como as grandes cidades brasileiras estão se preparando para o futuro? Os problemas são os mesmos de sempre – saneamento, educação, saúde, transportes, segurança, habitação. No entanto, o impacto é multiplicado pelo vertiginoso crescimento demográfico urbano verificado nas últimas décadas. A consultoria Global Insight estima que até 2025 a expansão média das cidades será da ordem de 4,4% ao ano. De acordo com a consultoria, metade da expansão econômica global já é gerada hoje pelas 600 maiores cidades do planeta. O mundo vai crescer menos que isso, na média de 3,5%.

O crescimento em escala dos grandes polos mundiais cria novas demandas em termos de transporte, eficiência energética, sustentabilidade, meio ambiente e tecnologia. São milhares de pessoas ligando o chuveiro ao mesmo tempo, usando o sistema de metrô, ônibus, acendendo o gás, parando em frente ao semáforo. Para dar conta dessa demanda crescente por serviços, estimativas apontam para a realização de investimentos de € 2 trilhões, nos próximos anos, em sistemas de energia, água e transportes nos grandes núcleos urbanos. Assim, as megalópoles tornaram-se principais polos concentradores de recursos e investimentos globais visando a permanente melhoria dos serviços públicos.

No Brasil, pode-se tomar como exemplo as megalópoles São Paulo e Rio de Janeiro que, juntas, formam o principal complexo metropolitano do País. Elas concentram 22% da população brasileira, embora cubram apenas 0,5% de todo o território nacional. A região corresponde, ainda, a 60% de toda produção industrial brasileira. Não é à toa que um dos principais projetos brasileiros de infraestrutura é o trem-bala, que pretende transpor mais de 700 km de distância e conectar as duas cidades. Esse é apenas um dos ângulos da problemática relação urbana brasileira, que não passou desapercebido pela Siemens, uma desenvolvedora mundial de tecnologia. Em seus estudos e análises para definir a estratégia global da companhia, ela percebeu o potencial do mercado para o setor de tecnologia, mirando somente as demandas de infraestrutura e serviços desses grandes núcleos urbanos: algo na casa dos € 300 bilhões.

Mas também percebeu que o desafio não é somente dispor de tecnologias que sejam adequadas para as megacidades. Antes voltadas para usos industriais e empresariais, as tecnologias existentes precisam ser adaptadas para atender as demandas dos núcleos urbanos, o que envolve não somente questões técnicas, mas financeiras e percepção do seu custo social. Se o objetivo de uma empresa ao instalar uma tecnologia é melhorar sua performance industrial, o objetivo de uma governança pública é melhorar a qualidade de vida, a segurança e o bem-estar da população.

Daí a estratégia da Siemens de criar uma divisão especial de Infraestrutura e Cidades, que tem como objetivo integrar toda a cadeia de soluções tecnológicas produzidas dentro de suas diversas divisões, e que possam atender as demandas específicas sejam de governos ou das concessionárias de serviços públicos. O Brasil é um dos principais focos dessa estratégia global da empresa tendo em vista os grandes volumes de recursos destinados à infraestrutura, segundo a Siemens, estimadas em R$ 100 bilhões para os próximos anos. O setor de Infraestrutura e Cidades é composto por cinco divisões: Rail Systems (sistemas ferroviários), Mobility and Logistics (gestão de tráfego, transporte e gerenciamento logístico), Low and Medium Voltage (baixa e média tensão), Smart Grid (redes inteligentes de energia) e Building Technologies (tecnologias prediais).

Foco na área de infraestrutura

De acordo com o executivo Guilherme Mendonça, diretor da área de Infraestrutura e Cidades, a empresa já participa do setor de infraestrutura brasileira, no fornecimento para toda a cadeia de geração, transmissão, distribuição de energia elétrica, além de atuar nos setores de mobilidade urbana, óleo e gás, Smart Grid e saúde, mas quer ampliar essa participação e para isso prevê  investir US$ 1 bilhão no Brasil nos próximos cinco anos para dar conta desse crescimento. Em 2012, já se viu um forte incremento das atividades com a aquisição da empresa Senergy, além da criação dos centros de Pesquisa & Desenvolvimento em Curitiba e no Rio de Janeiro, e de uma Fábrica Healthcare, na área de saúde. Nos últimos 10 anos, foram aplicados US$ 700 milhões no Brasil, na abertura de nove novas unidades.

Atualmente, são 14 fábricas no país e 10 mil colaboradores.  Já são sete centros de Pesquisa & Desenvolvimento e, em breve, será aberto outro centro de pesquisa para a Petróleo & Gás, informa. “Queremos dobrar nossas receitas no Brasil até 2017. E os propulsores de crescimento são infraestrutura para cidades e grandes eventos, petróleo e gás e energias renováveis. A Siemens Brasil é uma parceira-chave para a estratégia do grupo, se colocando com um dos seis mais importantes mercados do Mundo para a Siemens, representando 3% do faturamento global. Nos últimos 10 anos, a Siemens Brasil cresceu a uma taxa média de quatro vezes o PIB global e 3,5 vezes o PIB brasileiro, ao mesmo tempo em que dobrou o volume de negócios nos últimos cinco anos”, enfatiza.

Inteligência urbana

O Brasil já tem exemplos bem práticos do que a tecnologia de ponta pode fazer pelo serviço público. No Rio de Janeiro, após os eventos de explosões em galerias subterrâneas, a empresa foi contratada pela Light para o fornecimento e para a instalação de um sistema de automação para a supervisão,e pelo controle remoto de 500 câmaras subterrâneas, onde estão situados os processadores da rede de energia no centro e na zona sul do Rio de Janeiro. O sistema visa monitorar e evitar as explosões, incêndios, inundações e intrusão, além de fazer o controle e comando dos elementos ativos dentro da câmara, como transformadores e interruptores. A empresa também está modernizando o sistema de distribuição de energia de todo o Rio de Janeiro, com a automação de mais de 25 subestações.  Ainda na área de energia, em conjunto com a Cepel, ela está fornecendo tecnologia de rede inteligente para a Operadora Nacional da Rede Elétrica.  Para a Eletropaulo, a empresa implantou o sistema de monitoramento de transformadores na cidade de São Paulo.

No setor metroviário, a empresa responde pelo fornecimento dos sistemas de energia às linhas 7 – Rubi e 10 – Turquesa (consórcio das linhas norte-sul) e às linhas 11 – Coral e 12 – Safira (consórcio das linhas leste) da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM). Ela também responde pelo sistema, de energia para o projeto de expansão por monotrilho da linha 15 – Prata, do metrô de São Paulo.

Ainda na área de transporte, a empresa desenvolve um ônibus híbrido em parceria com a Agrale, para uso no transporte público, que reduzirá as emissões de CO2 em até 30%. Um modelo já está em experimento no município de Campinas.

Para a sede do Bradesco, em Osasco, a empresa modernizou a rede elétrica de sua sede aumentando a capacidade de potência de 12.500 para 25.500 kVA, suficiente para atender ao consumo de 113 mil pessoas. E para a usina hidrelétrica de Santo Antônio, foi implementado o maior sistema digital de controle, proteção e supervisão do país, na usina de Santo Antônio, no Pará.

Na área de Redes Elétricas Inteligentes, a empresa foi responsável pelo Centro de Operação de Água da Sabesp, em São Paulo, um complexo sistema de controle e monitoramento remoto instalados em toda a rede para assegurar a qualidade do serviço de distribuição de água para a cidade.

No setor de resíduos, ela trouxe para o Brasil uma solução que transforma o gás eliminado na decomposição do lixo em créditos de carbono. Trata-se de um analisador denominado Ultramat 23. No País, a solução já é adotada por aterros sanitários e funciona da seguinte forma: o sistema de análise de gases da Siemens mede o gás gerado na decomposição do lixo e contabiliza-o para originar o crédito, que depois é vendido no mercado de ações. Em outros casos, o gás gerado também é aproveitado para produzir energia elétrica.

Segundo Guilherme Mendonça, diretor da área de Infraestrutura e Cidades no Brasil, o monitoramento das redes subterrâneas solicitados pela Light é um exemplo de como várias tecnologias já existentes podem ser adequadas para o uso público. “Quando surgiu essa demanda, por conta dos problemas que estavam ocorrendo, fomos pesquisar e não havia nada parecido. Não havia nada já pronto para esse fim. Então, buscamos integrar diversas tecnologias já existentes para oferecer essa solução”, conta ele. Uma demanda que deve crescer, segundo ele é a medição inteligente dos sistemas de energia, permitindo às companhias elétricas detectar problemas de roubo, desvios de energia, ou falhas, e com isso reduzir perdas.

“O setor de infraestrutura oferece um grande potencial de mercado para as nossas tecnologias de inteligência, controle, automação em todas as áreas: portos, aeroportos, ferrovias, transporte rodoviário, transporte de carga, segurança, todos que demandam eficiência operacional e energética. Estamos atentos a todos os movimentos nessa área. Um dos projetos em que estamos trabalhando, por exemplo é o dos ônibus elétricos para operação nos aeroportos, reduzindo a emissão de poluentes.  Com nosso portfólio diferenciado, somos parceiros perfeitos para o desenvolvimento urbano sustentável. Queremos nos tornar uma parceria de longo prazo para as cidades brasileiras em seu desenvolvimento de infraestruturas urbanas sustentáveis”.

Brasil é foco: O Brasil é mercado chave

Nos últimos dez anos, a Siemens Brasil cresceu à taxa média de quatro vezes o PIB Global e 3,5 vezes o PIB do Brasil, ao mesmo tempo em que dobrou seu volume de negócios nos últimos cinco anos.  Siemens Brasil planeja aumentar suas receitas até 2017, principalmente atendendo as necessidades do país nas áreas de Grandes Eventos (Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016), Infraestrutura Urbana, Petróleo e Gás, Energia e Renováveis.  A Siemens Brasil é um Cluster Regional e um centro estratégico de produção dentro da organização global da Siemens.

As principais oportunidades estão na expansão em Energia Renovável, Petróleo e Gás, Metais e Mineração, e Mobilidade; demanda crescente por eficiência energética e soluções sustentáveis e últimos leilões de energia favorecendo energia eólica. Mercado de saúde também sofrerá forte impulso pelas classes sociais emergentes, assim é esperado que cresça mais rápido do que o PIB.

Cases internacionais

Em Londres, a Siemens forneceu autocarros híbridos com motores elétricos que consomem cerca de menos de um terço de gasóleo que os veículos convencionais, parques eólicos offshore (48 turbinas para Gunfleet Sands, 175 turbinas para London Array), e redes elétricas inteligentes para o transporte e a distribuição da energia.

A cidade de Berlim celebrou uma parceria com a Siemens, que permitiu à cidade alemã poupar mais de cinco milhões de euros em custos de energia e reduzir as suas emissões de CO2 em cerca de 30 mil toneladas por ano (25%).

Em Portugal, uma das iniciativas da Siemens na área das Cidades Sustentáveis foi a análise da sustentabilidade da cidade do Porto, no âmbito do European Green City Index. A investigação da performance de cada cidade é feita através da análise de oito categorias – emissões de CO2, energia, edifícios, transportes, água, resíduos e uso de solo, qualidade do ar e política ambiental e de trinta outros requisitos.

The Crystal é vitrine de sustentabilidade

Situado no distrito de Newham, nas históricas Docas Royal Victoria, em Londres, o The Crystal é a o primeiro dos centros de competência para cidades que a Siemens deve construir nos próximos anos em Xangai, na China, e Washington, nos Estados Unidos. Cerca de € 35 milhões foram investidos no projeto. Concebido pelo escritório de arquitetura Wilkinson Eyre, o prédio conta com um auditório de 270 lugares e reúne a maior exposição do mundo sobre sustentabilidade urbana. Modelo de eficiência energética, as instalações do The Crystal consomem 50% menos energia e emitem 65% menos dióxido de carbono do que outras edificações. Nas avaliações internacionais BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) e LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), de edifícios energeticamente eficientes, o The Crystal receberá as pontuações mais altas (Excepcional e Platina, respectivamente), o que fará dele um dos edifícios mais ecológicos do mundo.

O Brasil está presente na exposição permanente do edifício,  com a amostra sobre Orçamento Participativo (OP). Criado em 1989, em Porto Alegre (RS); o programa de pacificação de comunidades do Governo do Rio de Janeiro, e o projeto do Aterro Bandeirantes, que transforma gás metano em energia.

 

 

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