Uma queda de 15% nas vendas neste ano, que deve ser compensada apenas pela metade (com crescimento de cerca de 7,9%) no ano que vem. Esta é a radiografia apresentada pelo Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para a Construção, da Sobratema, divulgado durante a 12ª Edição do evento Tendências, promovido pela Revista M&T, em 9 de novembro, no Espaço Hakka, em São Paulo.
O estudo projeta uma retomada com alta de 8% para a linha amarela e 7,3% para as demais categorias de equipamentos, e um aumento de 8% para caminhões rodoviários usados na construção. As vendas devem totalizar 12,1 mil unidades neste ano contra 14,4 mil unidades comercializadas em 2016. E apesar desse resultado ser praticamente pífio, ainda assim traz um pouco de alívio por confirmar a saída do atoleiro.
Como o setor de máquinas está intrinsecamente vinculado às grandes obras de infraestrutura, o Estudo aponta um cenário catastrófico de paralisação de obras em andamento e o congelamento dos investimentos previstos em diversos planos governamentais. O declínio deve-se, sem dúvida
Uma queda de 15% nas vendas neste ano, que deve ser compensada apenas pela metade (com crescimento de cerca de 7,9%) no ano que vem. Esta é a radiografia apresentada pelo Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para a Construção, da Sobratema, divulgado durante a 12ª Edição do evento Tendências, promovido pela Revista M&T, em 9 de novembro, no Espaço Hakka, em São Paulo.
O estudo projeta uma retomada com alta de 8% para a linha amarela e 7,3% para as demais categorias de equipamentos, e um aumento de 8% para caminhões rodoviários usados na construção. As vendas devem totalizar 12,1 mil unidades neste ano contra 14,4 mil unidades comercializadas em 2016. E apesar desse resultado ser praticamente pífio, ainda assim traz um pouco de alívio por confirmar a saída do atoleiro.
Como o setor de máquinas está intrinsecamente vinculado às grandes obras de infraestrutura, o Estudo aponta um cenário catastrófico de paralisação de obras em andamento e o congelamento dos investimentos previstos em diversos planos governamentais. O declínio deve-se, sem dúvida, à estagnação do setor de construção e infraestrutura, devido à crise política e econômica.
A linha amarela, por exemplo, que representa os equipamentos de movimentação de terra, teve uma diminuição nas vendas de 9% em 2017 em relação a 2016. Já as carregadeiras chegaram a uma queda de 5%, enquanto a venda das minicarregadeiras caiu 9%. A venda das miniescavadeiras reduziu 32%.
A lenta recuperação que se inicia, não se reflete ainda em aumento considerável das vendas de máquinas. De acordo com Afonso Mamede, isso acontece porque os investimentos em infraestrutura são de longa maturação, e dependem de políticas governamentais. “No campo econômico, o país está conseguindo arrumar a casa. No campo político, será preciso aguardar as próximas eleições”, destacou ele. O fator positivo fica por conta das concessões realizadas, que deverão trazer um novo fôlego de investimentos para o próximo ano.
E ressaltou ainda que o mercado da construção certamente será diferente, com a entrada de players internacionais no mercado brasileiro, a redução do papel dos grupos nacionais e a maior participação de empresas de médio porte. “O mercado da construção ficará mais pulverizado”, disse. O vice-presidente Mauro Humberto Marques ressaltou os efeitos dos recentes leilões na área de petróleo, considerados um sucesso, e que representarão efetivamente mais investimentos nessa área que podem ser sentidos já em 2018, além de uma recuperação forte dos investimentos em mineração.
Esse viés já mostra reflexos no Estudo de Mercado da Sobratema, com algumas famílias de máquinas que devem apresentar dados positivos ainda neste ano, como os caminhões fora de estrada (150%), motoniveladoras (56%), plataformas aéreas (38%) e gruas (25%).
O vice-presidente Eurimilson Daniel disse que as empresas estão mais conscientes e buscando nichos específicos de atuação como uma forma de sobreviver nesse momento de mercado estagnado. E que um dos grandes efeitos dessa crise ficou por conta da ociosidade das frotas, que exigiu criatividade das empresas para desenvolver novas áreas de atuação. No setor de concreto, por exemplo, a queda foi brutal: os caminhões betoneira devem ter uma baixa nas vendas de 44% em 2017 em comparação a 2016, enquanto que as centrais de concreto devem obter um aumento de 15%.
O jornalista e economista Brian Nicholson, responsável pela compilação e análise dos dados, destaca um aspecto importante da pesquisa: as construtoras de menor porte demonstraram maior capacidade de enfrentamento da crise, justamente por ter um escopo de atuação mais dinâmico, flexível e atual em um mercado mais abrangente. O evento contou com palestra do economista e jornalista, Luís Artur Nogueira abordando o tema “O Brasil voltará a crescer: Desafios e Oportunidades”, onde apontou os erros da economia e questões vinculadas a investimentos, como BNDES, Previdência Privada, e Concessões.
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