O Relatório Anual de Janeiro a Dezembro, produzido anualmente pelo ITC (International Trade Centre) aponta uma recuperação dos investimentos no setor imobiliário, na área industrial e comercial. Houve, porém, uma leve estagnação do setor residencial.
Em números reais, os investimentos no segmento Comercial chegaram na casa dos US$ 190 bilhões. E a maior parte desses recursos (US$ 69,3 bilhões) foi para as Obras Hídricas e obras para o setor de Abastecimento e Saneamento, confirmando uma tendência. A área de Justiça veio logo a seguir, com US$ 44 bilhões. Em termos de área construída, a área do Grande Comércio somou mais de 13 milhões de metros quadrados.
O Setor Agroindustrial atingiu US$ 52,44 bilhões, seguido pelo setor de Alimentos e Bebidas e Consumo, com US$ 13 bilhões, número bastante expressivo durante o período mais crítico da recessão econômica.
Segundo o estudo, o setor que mais cresceu em numero de obras foi o Setor Industrial, com 1997 obras, contra 1634 obras em 2016.
Sobe e desce
O Setor
O Relatório Anual de Janeiro a Dezembro, produzido anualmente pelo ITC (International Trade Centre) aponta uma recuperação dos investimentos no setor imobiliário, na área industrial e comercial. Houve, porém, uma leve estagnação do setor residencial.
Em números reais, os investimentos no segmento Comercial chegaram na casa dos US$ 190 bilhões. E a maior parte desses recursos (US$ 69,3 bilhões) foi para as Obras Hídricas e obras para o setor de Abastecimento e Saneamento, confirmando uma tendência. A área de Justiça veio logo a seguir, com US$ 44 bilhões. Em termos de área construída, a área do Grande Comércio somou mais de 13 milhões de metros quadrados.
O Setor Agroindustrial atingiu US$ 52,44 bilhões, seguido pelo setor de Alimentos e Bebidas e Consumo, com US$ 13 bilhões, número bastante expressivo durante o período mais crítico da recessão econômica.
Segundo o estudo, o setor que mais cresceu em numero de obras foi o Setor Industrial, com 1997 obras, contra 1634 obras em 2016.
Sobe e desce
O Setor de Energia perdeu espaço em comparação ao ano anterior. Foram 431 obras identificadas em 2017 contra as 508 obras em 2016.
Em compensação, o setor de Saneamento Básico registrou 353 obras em 2017, contra 276 no ano anterior.
A área de Consumo registrou 284 obras, bem acima das 229 obras do ano anterior.
Segundo o relatório, o setor de agro-industrial registrou em 2017 168 obras; Alimentos e Bebidas 333, Mecânica e Elétrica 153, Petroleo e Afins 114, Ferrosos e N-Ferrosos 97, Materiais de Construção 64.
Do total de Obras Comerciais acompanhadas pela equipe da Pesquisa do ITC, as Obras Viárias se destacam, com 20% do total, seguida por Turismo com 16%, e Empreendimentos Comercial e Misto com 15% do total.
O segmento Residencial teve queda em número de obras e volume de investimentos em relação a 2016. Foram 6.069 obras avaliadas, sendo os edifícios residenciais o maior destaque com 5.665 obras Os volumes de investimentos chegaram US$ 32 bilhões e em área construída foram mais de 67 milhões de metros quadrados.
Fases por segmento
O gráfico Fases por Segmento demonstra que a maior parte do Setor Industrial está na primeira fase 1 (1406), seguido pela Fase 2 (280) e Fase 3 (311).
O Setor Comercial também está com um grande número de obras na Fase 1 (1766), seguido pela Fase 3 (928) e Fase 2 (704).
O maior equilíbrio está no Setor Residencial, com a liderança dos empreendimentos na Fase 1 (2200), Fase 3 (2011) e Fase 2 (1855).
Por Regiões
Em termos de Regiões do Brasil, o Sudeste continua na liderança dos investimentos, com 5.635 obras, representando 49% do total. A seguir vem a Região Sul com 2.296 obras, representando 23% do total de obras. O Norte/Nordeste aparece com 2.296 (20%) e o Centro-Oeste com 889 obras (7,7%).
Interessante notar que os investimentos residenciais se concentram nas Regiões Sudeste e Sul (3291 e 1479 respectivamente). O Sudeste também puxa os investimentos na área comercial (1714), o dobro da região Sul (688). Enquanto o Nordeste perdeu vigor nos três setores Residencial (1026), Comercial (709) e Industrial (561), o Centro-Oeste indica um equilíbrio dos investimentos nestes três setores com leve predomínio do setor Industrial (329), seguido pelo Comercial (287) e Residencial (273).
Um fator interessante na pesquisa regional é o desempenho dos principais estados. São Paulo continua na liderança, com 319 empreendimentos industriais, 1003 comerciais e 2307 residenciais. Minas Gerais vem logo a seguir 248 empreendimentos industriais, 287 comerciais e 448 residenciais. A seguir está o Paraná com 199 empreendimentos industriais, 237 Comerciais e 437 Residenciais. A Bahia surpreendeu com 133 empreendimentos industriais, 167 comerciais e 122 residenciais. E Santa Catarina mostra-se como apelo para atrair novos moradores, com 722 empreendimentos residenciais, 219 comerciais e 88 industriais.
CENÁRIO PARA INVESTIDORES ESTRANGEIROS
O documento Perspectivas para o Mercado Imobiliário, produzido pelo Banco ItauBBA para investidores estrangeiros, confirma a desaceleração dos distratos a partir de 2017, após o pico no segundo semestre de 2016. Segundo o banco, eles atingiram R$ 3,3 bilhões no terceiro trimeste de 2017, ou 38% das vendas brutas, contra R$ 4,0 bilhões no quarto trimestre de 2016, ou 46% das vendas brutas. O documento confirma essa recuperação, e estima um VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 7,7 bilhões em 2018 (com queda de 8% em relação a 2017. O banco acredita que o Programa Minha Casa Minha Vida, e os financiamentos com base no FGTS continuarão a ser destaques neste ano, com as construtoras Tenda e MRV destacando-se neste cenário como principal opção para os investidores.
O setor de Shopping Centers se mantém resiliente, com investimentos em tendência estável de crescimento baseado numa diversificação dos mercados. O setor dos empreendimentos comerciais, no entanto, ainda deverá esperar mais pela recuperação do mercado, dos investimentos e da rentabilidade.
VISÃO DOS FORNECEDORES
Apesar dos bons números, o mercado de construção ainda aguarda consolidação da recuperação e os reflexos para seu segmento. Segundo Rodrigo Lamarca, diretor comercial da GCP Applied Technologies, apesar dos sinais claros de estabilização, existe em carteira um grande inventário de imóveis que devem ser consumidos para iniciar um novo ciclo de construção. “Dados do Secovi de algumas grandes capitais mostram uma leve recuperação com relação aos mesmos períodos do ano anterior. No entanto, para aumentar massivamente o consumo deve-se aumentar a oferta de crédito imobiliário para essa faixa de classes (C+, B e A-), para quem grande parte desse inventário é dedicado”, diz ele.
A seu ver, o foco permanece na habitação popular, já que existe uma demanda real (falta de moradia) e leve disponibilização do crédito subsidiado pelo governo através dos órgãos agenciadores (Caixa Econômica Federal). “Mas com o valor disponibilizado atualmente pelo governo permite-se somente o encerramento do ciclo de obra dos empreendimentos em andamento, sendo necessária a ampliação deste crédito para iniciar um ciclo construtivo maior”, analisa.
Já para a Saint-Gobain, um dos maiores fabricantes no Brasil de materiais de construção de diferentes aplicações e propriedades, 2017 foi um ano com desempenho positivo. O faturamento consolidado do Grupo no Brasil cresceu 6,4% em 2017, para R$ 10 bilhões, e o lucro do grupo cresceu 50% no país. Enquanto o faturamento da indústria de materiais de construção como um todo caiu 4% no ano, as vendas da Saint-Gobain para o setor de construção civil tiveram alta de 1%. A demanda por vidros planos para a construção, principalmente em interiores, tem crescido e foi um dos fatores que contribuiu para a alta. Para 2018, a Saint-Gobain projeta crescimento de 5% a 6% no faturamento das suas vendas para o setor.
Para a Mexichem Brasil, responsável pela marca Amanco, a melhora ainda é pequena e tímida, mas já houve o início das consultas e movimentações, que demonstram uma retomada futura, que deve acontecer de fato após as eleições presidenciais em 2018. “A Amanco está se preparando para atender as demandas e contribuir para acelerar o processo, com produtos e soluções inovadoras”, informa Adriano Andrade gerente de Desenvolvimento de Mercado da Mexichem Brasil.
Para outra importante fornecedora do mercado, a ABB, uma das líderes em tecnologia para os setores industriais, transporte, infraestrutura e imobiliário, entre outros, as perspectivas são positivas e já dá para sentir os primeiros sinais de retomada. De acordo com Gustavo Vazzoler, porta-voz da empresa, a tendência da venda de edifícios inteligentes ainda na planta veio para ficar e tecnologias de automação residencial são cada vez mais procuradas, tanto pelo aspecto do conforto quanto para a segurança das pessoas. “O sistema de automação residencial e predial ABB-free@home permite controlar a iluminação, abrir e fechar persianas e fazer a climatização do ambiente. O sistema propicia a integração de funcionalidades adicionais, tais como o sistema de segurança que detecta movimentos, fumaças, inundações e gases e o vídeo-porteio. “Anualmente, a ABB investe 1,5 bilhão de dólares em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação para oferecer soluções em tecnologia de alto desempenho e com valor de engenharia agregada aos clientes. Além disso, estamos apostando nas ferramentas digitais para apoiar nosso time de vendas”.
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