As obras da Arena da Amazônia, em Manaus (AM), entraram em nova fase em abril, com a construção das estruturas de concreto da arquibancada inferior do lado leste da Arena. A construtora Andrade Gutierrez, responsável pela execução da obra, já fabricou 31 peças pré-moldadas de concreto das arquibancadas. De acordo com o arquiteto e urbanista Miguel Capobiango Neto, coordenador da Unidade Gestora do Projeto da Copa (UGP Copa), organismo vinculado ao governo amazonense, cerca de 60 mil m3 de concreto serão usados na construção do estádio, escolhido para representar a região norte do Brasil na Copa do Mundo de 2014.
Boa parte deste material será utilizada na forma de pré-moldado. “Para se ter uma ideia, somente a arquibancada do estádio demandará a fabricação de 2,5 mil peças de pré-moldado, com degraus de altura variável entre 30 e 37 cm”, revela Capobiango. Atualmente, a Arena da Amazônia, com área total construída de 170 mil m2, está na etapa de terraplanagem, execução das estacas e fundações para receber as estruturas de pré-moldado. O custo estimado da obra é de R$ 499.508.704,17, c
As obras da Arena da Amazônia, em Manaus (AM), entraram em nova fase em abril, com a construção das estruturas de concreto da arquibancada inferior do lado leste da Arena. A construtora Andrade Gutierrez, responsável pela execução da obra, já fabricou 31 peças pré-moldadas de concreto das arquibancadas. De acordo com o arquiteto e urbanista Miguel Capobiango Neto, coordenador da Unidade Gestora do Projeto da Copa (UGP Copa), organismo vinculado ao governo amazonense, cerca de 60 mil m3 de concreto serão usados na construção do estádio, escolhido para representar a região norte do Brasil na Copa do Mundo de 2014.
Boa parte deste material será utilizada na forma de pré-moldado. “Para se ter uma ideia, somente a arquibancada do estádio demandará a fabricação de 2,5 mil peças de pré-moldado, com degraus de altura variável entre 30 e 37 cm”, revela Capobiango. Atualmente, a Arena da Amazônia, com área total construída de 170 mil m2, está na etapa de terraplanagem, execução das estacas e fundações para receber as estruturas de pré-moldado. O custo estimado da obra é de R$ 499.508.704,17, com recursos a serem bancados através de linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com contrapartida do governo do Amazonas.
A nova etapa de obras inclui a fabricação das vigas inclinadas que darão sustentação aos degraus da nova Arena. Será necessário fabricar até 108 vigas, cada uma composta de três peças iguais pré-moldadas de concreto.
A Arena da Amazônia está sendo construída no lugar do antigo Estádio Vivaldo Lima. As fundações, que incluem a execução das estacas tipo hélice contínua e os blocos de fundação, apresentam grande avanço no lado leste da Arena, onde 96% das estacas e 40% dos blocos previstos para essa área da obra já estão concluídos.
Para a fabricação das peças pré-moldadas de concreto das arquibancadas, são utilizadas formas de aço produzidas a partir de modelo desenhado pela equipe de engenheiros da Andrade Gutierrez especificamente para esse fim. Além de dispensar o uso de madeira nessa etapa, a forma metálica tem peças reguláveis que garantem precisão na altura dos degraus para que as recomendações da FIFA de visibilidade do campo possam ser atendidas. A Andrade Gutierrez pretende patentear a criação ainda este ano.
Projeto arquitetônico com inspiração regional
Com projeto inspirado na floresta amazônica, a nova Arena terá cobertura em estrutura metálica com design arrojado, semelhante à de um cesto de palha. O estádio teve a concepção arquitetônica feita pelo escritório alemão GMP (Von Gerkan, Marg und Partner) e sua capacidade será de 44.310 lugares. O idealizador do projeto, o engenheiro-arquiteto Ralf Amann, recomendou que, além do pré-moldado, o piso intertravado em blocos de concreto predomine no entorno e na esplanada de acesso do estádio. Por questões de sustentabilidade, parte do concreto usado na obra virá de material reciclado.
A Andrade Gutierrez, empreiteira que ganhou a licitação para erguer a Arena da Amazônia, já instalou uma usina no canteiro de obras para reaproveitar o concreto do antigo Vivaldão, que foi totalmente demolido.
A Arena da Amazônia pretende, com a reciclagem de resíduos e o reuso das águas pluviais, obter a certificação pelo LEED (selo que designa as construções sustentáveis, de acordo com os critérios de racionalização de recursos de energia e água). O estádio ainda terá luminárias de baixa tensão abastecidas por energia solar em sua área externa, o que também demonstra a preocupação do projeto em seguir diretrizes de não agressão ao meio ambiente.
Infraestrutura urbana atrasada
Além do palco para sediar os jogos da Copa, Manaus receberá, por conta do mundial, obras de infraestrutura. Estão programadas as construções de um centro de convenções, um hospital e um monotrilho de 14 quilômetros, que ligará o estádio ao centro da capital de Manaus. Essa obra também vai demandar o uso intenso de concreto pré-moldado e está incluída no PAC da Copa, com custo estimado em R$ 850 milhões.
A expectativa é de que tanto o estádio quanto o novo sistema de transporte da cidade fiquem prontos até o 2.º semestre de 2013. Ao contrário da Arena da Amazônia, que está com o cronograma em andamento adequado, segundo Miguel Capobiango Neto, o monotrilho ainda encontra-se em fase de licitação.
De acordo com a UGP Copa, o empreendimento passa por estudos de viabilidade econômico-financeira, mas é uma das prioridades de Manaus para 2014, principalmente pela transformação que irá causar na mobilidade urbana da cidade.
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