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Revista GC - Ed.73 - Setembro 2016
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Construction Summit

eStoks: solução moderna para um velho problema

Como a construção civil está se preparando para a realidade de um mundo totalmente conectado, e consequentemente, mais produtivo? O Encontro das Startups da Construção, evento que fez parte do Construction Summit 2016, realizado entre os dias 15 e 16 de junho, em São Paulo, trouxe algumas boas sinalizações do que está por vir. Sete startups apresentaram soluções criativas que iam de softwares a novos materiais e métodos construtivos.

Uma das novidades foi apresentada pela eStoks, uma startup do setor de estoques e ativos excedentes, criada por Arthur Rozenblit, Ricardo Salazar de Farias e Isabel Wanderley, antigos colegas em uma grande construtora. Eles observaram a dificuldade das construtoras e empresas do setor em monitorar, vender e dar a correta destinação aos estoques excedentes e sobras geradas durante o ciclo de construção. Sem o gerenciamento especializado, em geral, acumulam-se prejuízos financeiros e ambientais que impactam a rentabilidade das empresas. Como um médico, traçaram um diagnóstico das causas e consequências dessa falta de controle físico


Como a construção civil está se preparando para a realidade de um mundo totalmente conectado, e consequentemente, mais produtivo? O Encontro das Startups da Construção, evento que fez parte do Construction Summit 2016, realizado entre os dias 15 e 16 de junho, em São Paulo, trouxe algumas boas sinalizações do que está por vir. Sete startups apresentaram soluções criativas que iam de softwares a novos materiais e métodos construtivos.

Uma das novidades foi apresentada pela eStoks, uma startup do setor de estoques e ativos excedentes, criada por Arthur Rozenblit, Ricardo Salazar de Farias e Isabel Wanderley, antigos colegas em uma grande construtora. Eles observaram a dificuldade das construtoras e empresas do setor em monitorar, vender e dar a correta destinação aos estoques excedentes e sobras geradas durante o ciclo de construção. Sem o gerenciamento especializado, em geral, acumulam-se prejuízos financeiros e ambientais que impactam a rentabilidade das empresas. Como um médico, traçaram um diagnóstico das causas e consequências dessa falta de controle físico e financeiro de estoques. Dentre elas, o não estabelecimento de uma política de compra; o erro de produção e por consequência, invalidade do lote; fechamento ou mudança de planta; e falta de uma análise comparativa entre estoque atual versus estoque desejado.

“Em época de crise, manter o giro de mercadorias e de insumos é essencial para que as finanças de uma empresa permaneçam sobre controle. Afinal, grandes estoques são sinal de dinheiro parado. Por outro lado, estoques insuficientes são prejudiciais para o crescimento do seu negócio”, explica Rozenblit. Uma das soluções, para o gerenciamento correto dos estoques, é a separação dos itens que estão se tornando obsoletos ou que não estão com movimentação nos últimos meses, recomenda ele. “Também é importante que não se caia na tentação de fazer do estoque um acervo de produtos que nunca trarão lucro. Certamente, você vai se surpreender com o espaço liberado num saneamento de estoques e ainda poderá fazer um dinheiro extra”, adverte.

Foi dessa análise científica que surgiu a ideia do eStoks, um programa capaz de realizar o gerenciamento de sobras por obra, painel de controle e relatórios gerenciais e catalogação, Inventário e precificação. De acordo com Rozenblit, o sistema reduz em até 35% os custos na gestão e liquidação de estoques para maximizar sua recuperação de valor, resultado bastante considerável em época de crise. Isso é mesmo possível? Benvindo à era das Startups na Construção.

Alguns casos de sucesso

O programa eStoks já conta com alguns importantes casos de sucesso em que  foi empregada, como a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, e as obras de ampliação do Aeroporto do Galeão (RJ), em que  o sistema foi empregado em regime de parceria, realizando a gestão e liquidação do excedentes. Atualmente, o eStoks está sendo empregado também na hidrelétrica Santo Antônio, já permitindo ótimos resultados.

“Eu e meus sócios trabalhamos por quase sete anos numa das maiores construtoras da América Latina e verificamos que, ao longo do ciclo de uma obra, muitos ativos especialmente máquinas, equipamentos, mobílias sobram nos canteiros e pátios das grandes obras, sem que a empresa tenha tempo para comercializá-los e assim recuperar parte do investimento feito na sua compra. A comercialização, quando ocorre, se faz no fim das obras, de forma bastante precária”, avalia Arthur Rozenblit.

A startup foi criada desse vácuo, como alternativa profissional de gestão do ciclo de vida desses ativos e visa criar um link robusto e transparente, entre as construtoras e uma imensa rede de potenciais compradores, constituída de pessoas físicas, micro, pequenas e médias empresas, que cada vez se mostram interessadas em adquirir estes ativos. “Estamos construindo uma rede de compradores, hoje composta por mais de 6 mil deles cadastrados e mais de R$ 50 milhões em ativos cadastrados em nosso site”, diz o executivo.

Um dos primeiros desafios dos jovens empreendedores foi justamente definir a missão da empresa, em um universo tão cheio de possibilidades e oportunidades, mas também capaz de confundir e desviar o foco. ”A principal missão da eStoks é transformar estoques que antes estavam fadados ao prejuízo em uma forma de gerar retorno às empresas”. Segundo Rozenblit, é fundamental entender o consumidor antes de lançar um produto ou serviço ao mercado.

“Tive a percepção do problema desde 2006, quando pisei pela primeira vez em um canteiro, e me dei conta da questão da má gestão de ativos. Em 2010, porém, levamos esse projeto para a Incubadora do Porto Digital, um programa de inovação criado pela prefeitura do Recife, em Pernambuco, e a partir daí passamos a pensar numa maneira de monetizar esses ativos”, conta o executivo, com um extenso currículo voltado para o mundo das finanças:  possui graduação em administração pela Universidade Federal de Pernambuco (UPE), especialização em controladoria e finanças pela Universidade de São Paulo (USP) e em análise de investimentos e valuation pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), tendo trabalhado nas áreas financeira e de investimentos da Odebrecht.

Rozenblit destaca as possibilidades e vertentes da plataforma sTokes. “Para as empresas, ela permite melhorar a gestão dos ativos e estoques, comercializando-os no momento e preço certo, através de um ambiente profissional, reduzindo custos administrativos e logísticos de manutenção de ativos e estoques que não tem mais valor para as empresas. Para os compradores, possibilita que pessoas físicas, microempreendedores, pequenas e médias empresas tenham acesso a bens de consumo e de capital de excelente qualidade e por preços imbatíveis. Para a sociedade, contribui para o aumento e vida útil de milhares de máquinas, reduzindo o custo ambiental do descarte de equipamentos.

Além disso, os produtos oferecidos pela eStoks têm procedência garantida, oriundos das principais empresas de construção do país. “Damos a nossos compradores a oportunidade de visitar e avaliar os itens antes de comprá-los para garantir a veracidade do item divulgado e maior confiança na compra. Os itens contam com boas opções de comercialização, garante o executivo, que aposta no crescimento da plataforma baseada no conceito atual da economia compartilhada (reutilizar, reciclar, reaproveitar). A startup continua sediada no Porto Digital, mas já tem escritório no Rio de Janeiro e presta serviços em 11 estados.

 

 

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