As boas perspectivas dos empreendimentos para o Programa Minha Casa, Minha Vida têm levado empresas como a Direcional Engenharia, uma das pioneiras do mercado econômico na área imobiliária, a construir uma estratégia em que 74,2% dos terrenos hoje disponíveis em seu banco possam ser utilizados para esse programa. Em 2010, a companhia lançou 12.364 unidades e adquiriu terrenos com potencial de venda de R$ 2,3 bilhões, registrando um crescimento de 32% em unidades lançadas e aumento de 58% nas vendas contratadas em relação a 2009. Para este ano, a perspectiva é garantir resultados ainda melhores. O objetivo da empresa, para os próximos cinco anos, é ampliar sua capacidade construtiva e eficiência operacional, garantindo não só o atendimento a diversas demandas da população como o crescimento, além dos oito estados já atendidos.
Prova de que a empresa está no caminho certo são os números do início deste ano, que apontam um crescimento de 58,3% em relação ao mesmo período de 2010. “No primeiro trimestre de 2011, os lançamentos da empresa chegaram a R$ 223,3 milhões. O lucro líquido ajustado
As boas perspectivas dos empreendimentos para o Programa Minha Casa, Minha Vida têm levado empresas como a Direcional Engenharia, uma das pioneiras do mercado econômico na área imobiliária, a construir uma estratégia em que 74,2% dos terrenos hoje disponíveis em seu banco possam ser utilizados para esse programa. Em 2010, a companhia lançou 12.364 unidades e adquiriu terrenos com potencial de venda de R$ 2,3 bilhões, registrando um crescimento de 32% em unidades lançadas e aumento de 58% nas vendas contratadas em relação a 2009. Para este ano, a perspectiva é garantir resultados ainda melhores. O objetivo da empresa, para os próximos cinco anos, é ampliar sua capacidade construtiva e eficiência operacional, garantindo não só o atendimento a diversas demandas da população como o crescimento, além dos oito estados já atendidos.
Prova de que a empresa está no caminho certo são os números do início deste ano, que apontam um crescimento de 58,3% em relação ao mesmo período de 2010. “No primeiro trimestre de 2011, os lançamentos da empresa chegaram a R$ 223,3 milhões. O lucro líquido ajustado foi de R$ 50,7 milhões e as vendas contratadas somaram R$ 175,1 milhões. Estamos muito otimistas com a forte demanda nas vendas de nossos produtos, principalmente para os empreendimentos voltados para o segmento econômico, que apontam boas oportunidades de lançamentos”, afirma o diretor comercial da Direcional, Ricardo Ribeiro.
Ao final do primeiro trimestre deste ano, o banco de terrenos da companhia gerava um VGV de R$ 7 bilhões, sendo 79,3% deste total voltados para a construção de empreendimentos populares e 74,2% para o programa Minha Casa, Minha Vida. O preço médio das unidades do estoque de terrenos nesse mesmo período era de R$ 136,4 mil, com as regiões Norte e Centro-Oeste concentrando 53,4% das unidades do landbank da companhia, e os projetos de grande porte (acima de 1.000 unidades no mesmo terreno) representando 78,2% do VGV potencial.
Enquanto a média setorial de margem líquida do mercado foi de 14% neste primeiro trimestre, a da Direcional chegou a 21,7%, uma das maiores entre as construtoras com capital aberto. Para o diretor Comercial, essa boa fase é fruto de um trabalho de três décadas de atividades, iniciado pelo fundador Ricardo Valadares Gontijo e sua mulher, Ana Lúcia, em que a Direcional construiu uma área superior a 2,8 milhões m² e entregou ou incorporou mais de 40 mil unidades. “Sempre privilegiamos estratégias comerciais e tecnologias construtivas adequadas para cada tipo de empreendimento, o que nos permite agilidade de execução e sucesso de vendas”, observa.
Há três anos a empresa abriu o capital, o que significou, segundo o diretor, um marco para a sua história. “Os recursos obtidos foram investidos na reestruturação da Direcional, possibilitando sua expansão”, diz. Nos últimos anos, a Direcional recebeu injeções de capital do fundo Tarpon, além da emissão de ações no IPO, em 2009, e do follow on, em 2011. “Nosso foco é na rentabilidade, no retorno para nossos acionistas e na satisfação dos nossos clientes”, atenta o diretor.
Diversificando tecnologia
Para sua estratégia de negócios, a Direcional optou por um modelo totalmente verticalizado, com quase 11 mil colaboradores próprios, posicionamento geográfico com atuação em mercados pouco explorados e elevado potencial de crescimento e execução de projetos de larga escala com conceito diferenciado. Para isso, a empresa optou pela criação de um departamento exclusivo de inovações tecnológicas em que, de acordo com a demanda do mercado e o perfil de empreendimento, é possível escolher o processo construtivo mais adequado.
“Para a construção de unidades no segmento de 0 a 3 salários mínimos do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, utilizamos tecnologia industrializada, com processos padronizados, através do uso de formas de alumínio. Este método possibilita a redução do prazo e da necessidade de mão de obra”, explica o diretor comercial. Outro método empregado é o de alvenaria estrutural, com laje pré-moldada içada, que também reduz o prazo de construção e a necessidade de mão de obra e de escoramento.
Considerada uma das principais construtoras que atendem o Minha Casa, Minha Vida, a Direcional contratou 7.391 unidades nessa faixa de renda, com VGV de R$ 380,2 milhões. Ribeiro avalia que através do programa a capacidade de compra de um imóvel pela população do país aumentou de forma exponencial, fato que impulsionou o crescimento da empresa. “Através do programa, houve a redução da taxa de juros cobrada nos financiamentos imobiliários para famílias com renda de R$ 4.650. Além disso, proporcionou financiamento de até 100% do valor do imóvel com prazo de pagamento em até 30 anos. O resultado foi a introdução de subsídios nos quais o governo paga parte do valor financiado para famílias que ganham entre R$ 1.395 a R$ 2.790”.
Atuando em oito estados brasileiros – Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo – a empresa procura dividir sua ação entre mercados com forte demanda e outros ascendentes. Além dos Estados da região Sudeste, em que a demanda é maior, a companhia tem investido forte na presença de mercados como o Norte e o Centro-Oeste, onde tem 54% de seus terrenos e que representam mercados ascendentes e com menor competição. “No Amazonas, por exemplo, contamos com 16 empreendimentos, de um total de 38 empreendimentos nos 8 estados”, diz Ribeiro.
Além dos empreendimentos integrantes do Minha Casa, Minha Vida, a empresa conta com outros seis de grande porte voltados para o segmento popular em construção nas cidades de Porto Velho (RO), Macaé (RJ), Marabá (PA), Belém (PA), Manaus (AM) e Brasília (DF). Porém, como explica o diretor Comercial da Direcional, com um novo conceito de moradia popular em que, além de residências, os empreendimentos contam com grandes áreas comuns com itens de lazer, como academia, espaço gourmet, praça de leitura, além de campo de futebol, quadra esportiva, piscina, churrasqueira, entre outros.
“O conceito de bairro planejado empregado pela empresa torna esses empreendimentos verdadeiras minicidades, com ruas pavimentadas e infraestrutura de serviços, como escolas e postos de saúde, além de comércio local. Também temos projetos voltados para a classe média e empreendimentos comerciais”, afirma o diretor.
Novos segmentos
Em busca da evolução desse mercado, mas também voltada para o novo, a Direcional tem buscado também a diversificação em sua atuação. Em maio passado, a empresa assinou um contrato com a Brazil Hospitality GRoup (BHG) para o lançamento do primeiro hotel com a bandeira Tulip Inn em Belo Horizonte, que será construído em um dos pontos mais sofisticados da cidade, o bairro Savassi. O hotel está incluído na categoria conforto, com tarifas competitivas e altos retornos aos proprietários das unidades hoteleiras. “Acreditamos muito no potencial deste lançamento, pois o mercado brasileiro vive um momento muito oportuno para investimentos em hotéis”. Para o diretor, além da Copa do Mundo e das Olimpíadas, que alavancam e antecipam investimentos no país, três fatores devem manter a boa procura de hotéis para além do período dos eventos: a boa fase do Brasil na economia mundial, a expansão da população com acesso a turismo e a intensificação do turismo de negócios.
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