A cidade de Curitiba (PR) acaba de ganhar um moderno espaço para exposições. Trata-se do ExpoRenault Barigui, resultado da parceria de dois grandes conglomerados empresariais do Paraná, o Grupo Positivo e J. Malucelli. Assinado pelo arquiteto Manoel Coelho e pelo projetista Charles José Reis Hipólito, o projeto recebeu da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic) o prêmio de Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concreto, outorgado à Cassol Pré-Fabricado. A construtora responsável pela obra foi a Nakid Construções.
O prêmio foi criado em 2012 em comemoração aos 10 anos de atividades da Abcic como incentivo às empresas e profissionais que prestigiam o uso dos pré-fabricados no Brasil. A premiação conta com o apoio da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção), e da Revista Grandes Construções.
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A cidade de Curitiba (PR) acaba de ganhar um moderno espaço para exposições. Trata-se do ExpoRenault Barigui, resultado da parceria de dois grandes conglomerados empresariais do Paraná, o Grupo Positivo e J. Malucelli. Assinado pelo arquiteto Manoel Coelho e pelo projetista Charles José Reis Hipólito, o projeto recebeu da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic) o prêmio de Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concreto, outorgado à Cassol Pré-Fabricado. A construtora responsável pela obra foi a Nakid Construções.
O prêmio foi criado em 2012 em comemoração aos 10 anos de atividades da Abcic como incentivo às empresas e profissionais que prestigiam o uso dos pré-fabricados no Brasil. A premiação conta com o apoio da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção), e da Revista Grandes Construções.
O nome do novo espaço é fruto de uma parceria com a Renault do Brasil, por meio de contrato de naming right, modelo de concessão que começa a ganhar força no Brasil. O Grupo Positivo e
J. Malucelli ficarão responsáveis pela administração do local por 25 anos, e deverão investir R$ 28 milhões em obras e melhorias de revitalização do parque como a modificação e ampliação das pistas de caminhada, corrida, ciclismo.
Para construir o novo pavilhão de exposições, o antigo foi demolido. Todo o conjunto contempla 8 mil m2 de área total, sendo 5 mil m2 do pavilhão principal em plano aberto. O projeto traz diversas inovações, como os sistemas de tubulações enterradas para área elétrica e hidráulica, o que permite um visual limpo e organizado do piso. O acesso para carga e descarga é feita por meio de rua interna, doca e estacionamento de serviço com 120 vagas. No lado interno, o empreendimento conta com duas baterias de sanitários masculinos e femininos com louças e revestimentos de alto padrão, além de duas salas de apoio de 60m² cada.
Além das instalações, que visam obter grande flexibilidade para todo o tipo de evento, com pontos de luz, água e telefone sob o piso, há os recursos de sustentabilidade. O projeto conta com 1.500 m2 de parede verde. Um plano de ajardinamento vertical foi feito nas paredes externas, para deixá-las cobertas por folhagens, além de uma grande praça frontal para conforto dos usuários. O projeto foi concebido de modo a aproveitar a luz natural com o uso de paredes envidraçada. O projeto prevê ainda o reaproveitamento de águas pluviais.
Um dos diferenciais do projeto é que o novo pavilhão está integrado ao espaço com o Parque Barigui, o que não acontecia com a antiga área de exposições. As paredes envidraçadas dão vista para o lago do parque e para as pistas que o circundam. O espaço de eventos foi concebido pensando-se na máxima flexibilidade e facilidade de alteração dos ambientes. O uso de planta livre, com salão de 50 x 100 metros sem a interferência de pilares, maximizam suas condições de uso. O pé-direito previsto é de 10 m, com um vão de 7,5 m debaixo das estruturas de suporte e treliças metálicas da cobertura. Os outros 2,5 mil m2 estão destinados às áreas complementares, como sanitários, camarins, cozinhas, despensas.
Foi criada a possibilidade de embarque e desembarque coberto de veículos debaixo da marquise de acesso para maior conforto ou em caso de necessidade específica. Uma guarita faz o controle de pessoas e de veículos de serviço por acesso independente ao do público.
Prazo contíguo
Segundo Nelson Elias Nakid, da Nakid Construções, responsável pela construção, o principal desafio da obra foi o prazo de execução, de apenas oito meses. Por isso, foram empregados sistemas industrializados que agilizassem as obras. O tempo consumido pela obra, desde a demolição do pavilhão velho, execução das fundações, pilares, paredes, estrutura metálica, cobertura com telhas termo-acústicas zipadas, foi de aproximadamente 120 dias corridos, contando com a utilização de guindastes de lançamento, lifts e tesouras plataformas. Todos os materiais resultantes de detritos e resíduos de obra foram reciclados, parte deles foi reaproveitada no próprio canteiro e parte destinado a empresas de reciclagem.
O sistema pré-fabricado foi utilizado para a construção do pavilhão principal (100x50m) e do foyer (50x25 m) – empregando pilares em concreto e fechamento lateral em placas de concreto protendida, com fundação em estacas pré-fabricadas de concreto cravadas. A opção pelo pré-fabricado foi adotada em função do projeto arquitetônico e do prazo curto para execução.
As vantagens do uso do sistema pré-fabricado, segundo Nelson Nakid, estão no prazo de execução menor, já que parte dos trabalhos é executada fora do canteiro. Já nas construções anexas (cozinhas, banheiros, camarins, áreas técnicas, cabine de alta tensão, cabine do grupo gerador, etc) foi adotado o sistema de construção convencional, com fundações em estacas escavadas. Segundo Nakid, o sistema pré-fabricado é utilizado de acordo com as condições de obra e o projeto. “Tivemos uma empresa executando a montagem das peças pre-fabricadas de concreto, pilares e paredes do pavilhão, outra já na execução das construções anexas em trabalhos tradicional de obra e uma terceira fabricando e montando a estrutura metálica de cobertura. Os pilares pre-fabricados foram executados com 12 m de altura, o vão entre pilares foi de 10 m e as placas das paredes com 10 x 1,25 mm cada painel”. Um dos destaques da obra ficou por conta da estrutura metálica de cobertura, que venceu um vão de 50 m, pois o pavilhão não tem pilares centrais.
Para Nakid, o diferencial da obra ficou mesmo por conta dos diversos cuidados ambientais, a começar pela preservação ambiental ao seu redor e pela implantação de sistemas de reaproveitamento das águas da chuvas e reutilização das águas servidas, aproveitadas para regar as parede. “Tomou-se cuidado para que essas águas não fossem lançadas no lago. Por isso, foram executadas três caixas de contenção de cheias para que a contribuição das águas pluviais do pavilhão e dos estacionamentos tivessem um tempo de retardo antes de serem lançadas no lago. Foi adotado sistema de poços artesianos e tratamento de água para a maior parte do consumo do pavilhão, pisos externos nas calçadas e rampas antiderrapante, etc. “A grande aceitação por parte da população que utiliza o parque, seja das novas instalações seja pela qualidade do novo pavilhão para os eventos ali programados, e nossa capacidade de cumprir os prazos de obra, que a principio eram muito apertados, em função da complexidade das instalações e do seu tamanho, foi muito significativo para nós”, enfatizou Nakid.
Projeto estrutural
Segundo o projetista Charles José Reis Hipólito, os sistemas pré-fabricados foram utilizados na execução da fundação (estacas), fechamento lateral (painel alveolares PH15), vigas e calhas. A principal característica técnica do projeto foi o vão livre da cobertura, com extensão de 50 m, que foi executada em treliças metálicas. A estrutura pré-fabricada foi concebida com pilares modulados a cada 10 m para o recebimento das treliças da cobertura, que foram aproveitadas para o travamento da estrutura. Os fechamentos laterais foram em painéis alveolares PH15. Segundo ele, a arquitetura direcionou o uso da estrutura pré-fabricada, havendo a integração entre a estrutura pré-fabricada com a arquitetura e o projeto da cobertura metálica. As peças foram produzidas na Cassol em Araucária, no Paraná, no volume de 837 m3, sendo fornecidas na sequência de montagem.
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