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Revista GC - Ed.8 - Setembro 2010
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Copa 2014

Cronogramas de obras começam a ser cumpridos

Atrasos nos editais, questionamentos judiciais, indefinição de projetos e dificuldades financeiras ainda emperram o andamento das obras nos estádios de futebol que irão abrigar a Copa do Mundo em 2014. Apesar de grandes atrasos e incertezas, as obras para a construção e reforma de alguns estádios começam a cumprir o cronograma.

Em Manaus, por exemplo, o antigo estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, projetado pelo arquiteto Severiano Porto e inaugurado na década de 1970, não teria condições de atender a todos os requisitos da FIFA para a Copa do Mundo de 2014. Por isso, está sendo demolido para dar lugar à Arena Amazônia. O novo estádio terá capacidade para 43,6 mil pessoas e área construída de 170 mil metros quadrados. O projeto arquitetônico foi feito em parceria pelo escritório GMP, da Alemanha, e o Grupo Stadia, do Brasil. A Andrade Gutierrez será a responsável pela construção.

O projeto procura integrar-se à paisagem amazônica, com clara inspiração na flora da região. Desde o início dos estudos, o projeto incorporou conceitos de sustentabilidade, permitindo que o est


Atrasos nos editais, questionamentos judiciais, indefinição de projetos e dificuldades financeiras ainda emperram o andamento das obras nos estádios de futebol que irão abrigar a Copa do Mundo em 2014. Apesar de grandes atrasos e incertezas, as obras para a construção e reforma de alguns estádios começam a cumprir o cronograma.

Em Manaus, por exemplo, o antigo estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, projetado pelo arquiteto Severiano Porto e inaugurado na década de 1970, não teria condições de atender a todos os requisitos da FIFA para a Copa do Mundo de 2014. Por isso, está sendo demolido para dar lugar à Arena Amazônia. O novo estádio terá capacidade para 43,6 mil pessoas e área construída de 170 mil metros quadrados. O projeto arquitetônico foi feito em parceria pelo escritório GMP, da Alemanha, e o Grupo Stadia, do Brasil. A Andrade Gutierrez será a responsável pela construção.

O projeto procura integrar-se à paisagem amazônica, com clara inspiração na flora da região. Desde o início dos estudos, o projeto incorporou conceitos de sustentabilidade, permitindo que o estádio apresente maior eficiência energética e reuso de água, entre outros quesitos, que poderão garantir a certificação LEED para o equipamento esportivo.

Para ser aprovado, o projeto precisou seguir todas as exigências da FIFA e da CBF em termos de sustentabilidade econômica, social e ambiental. Também está de acordo com normas brasileiras de segurança e de acessibilidade.

A demolição do Vivaldão deve terminar até outubro e cerca de 95% do concreto removido será reutilizado na construção da nova arena. Ela será implantada no mesmo lugar do antigo estádio, em área privilegiada, de fácil acesso pelas avenidas principais, com distância de 5,7 km do centro da cidade.

A nova arena custará R$ 32 milhões e ficará pronta em 2013. Segundo dados do Ministério do Turismo, a região também receberá investimentos de até R$ 5,4 bilhões, incluindo a construção do estádio e melhorias na infraestrutura urbana.

Beira-Rio
O estádio Beira-Rio e todo o seu entorno, em Porto Alegre, passarão por uma revitalização para receber os jogos da Copa. O projeto arquitetônico do escritório Hype Studio prevê a construção de uma cobertura em estrutura metálica e lona tensionada, com inspiração nos estádios da Copa da Alemanha, realizada em 2006. Também estão sendo feitas reformas internas para atender aos requisitos da FIFA e a construção da arquibancada inferior, para aproximar o público do campo e aumentar a capacidade de 56 para 62 mil pessoas. A cobertura será suportada por 65 módulos de 23 metros, em forma de asa. As obras estão dentro do prazo e as 130 estacas de sustentação dos pilares desta cobertura começaram a ser instaladas em agosto.

O escritório Santini e Rocha Arquitetos é responsável pelo gerenciamento técnico e detalhamento do projeto, e a Simom Engenharia pelo cálculo estrutural de fundações e estruturas. A construtora ainda não está definida. O Hype Studio também fez o projeto de revitalização urbana para a área externa ao estádio, às margens do Rio Guaíba. A sugestão é de que sejam construídos hotéis, edifícios comerciais e até uma marina, mas ainda não existem financiadores para essa parte do projeto. No entorno também será construído um estacionamento com capacidade para 2.560 veículos.

As obras do estádio terão custo aproximado de R$ 130 milhões e o clube Internacional, de Porto Alegre, espera que o valor seja reduzido com isenções fiscais. O clube fará as obras com o dinheiro adquirido com a venda do Estádio dos Eucaliptos, realizada em agosto, e com a venda antecipada de camarotes do Beira-Rio.

Fonte Nova
Sobre os entulhos da implosão do antigo estádio, as obras para a construção da arena Fonte Nova seguem dentro do prazo. A demolição do anel inferior da arquibancada e de estruturas internas começou a ser feita de forma mecânica em junho e o anel superior foi implodido no dia 29 de agosto. Quase 30 mil m3 de concreto proveniente da demolição será reutilizado na construção da nova arena e em outras edificações públicas. As obras para as fundações estão prestes a serem iniciadas.

O projeto arquitetônico foi feito pela Setepla Tecnometal Engenharia, com autoria do arquiteto Marc Duwe, em parceria com a empresa alemã Schulitz+Partner. O desenho manteve a forma oval e abertura para o Dique do Tororó, importante área de lazer em Salvador. O estádio terá capacidade para 50 mil assentos, com possibilidade de ampliação para 65 mil, caso seja escolhido para a abertura da Copa.

Toda a operação custará R$ 591 milhões e o responsável pelas obras é o consórcio Arena Fonte Nova, formado pelas construtoras OAS e Odebrecht. Existe a previsão de que o estádio seja entregue até dezembro de 2012, em tempo de receber a Copa das Confederações, que acontecerá em 2013.

Cuiabá
O projeto da GCP Arquitetos e do Grupo Stadia para a Arena Pantanal, de requalificação do estádio Verdão, tem grande preocupação com o sombreamento e a circulação de ar, elementos fundamentais em Cuiabá, onde as temperaturas podem ultrapassar os 40oC. Para que o estádio não fique vazio depois da Copa, existe a previsão de que 30% dos 43.600 assentos sejam removidos e reutilizados em outras obras estaduais. A arena não sofre atrasos e as fundações já começaram a ser feitas logo após a demolição.

Para atingir o Green Goal da FIFA, a arena terá diversos recursos que atendem aos requisitos internacionais de sustentabilidade, como a captação de água da chuva do gramado e da cobertura para reuso. O projeto já ganhou a certificação do US Green Building e há possibilidade de certificação do estádio quando pronto.

Também há previsão de requalificação do bairro Verdão, onde o estádio está implantado, na região central de Cuiabá. O custo estimado para as obras é de R$ 342 milhões e a construção é de responsabilidade das construtoras Santa Bárbara e Mendes Júnior. A conclusão da arena está prevista para 2012.

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