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Revista GC - Ed.13 - Março 2011
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Especial Nordeste / Petróleo e Gás

Construção de plataformas de petróleo revitaliza indústria naval na Bahia

O Consórcio Rio Paraguaçú, composto pela Construtora Norberto Odebrecht,  Queiroz  Galvão e UTC Engenharia, com participações iguais, está executando os  serviços de engenharia, suprimento, construção, comissionamento, start-up e testes de duas plataformas de petróleo, do tipo auto-elevatórias (Jack-Up) para a Petrobras – a P59 e a P60. O contrato, em regime de EPC, foi inciado em setembro de 2008, com prazo para conclusão em dezembro de 2011. As montagens das duas unidades estão sendo realizadas simultaneamente, no estaleiro da Petrobras em São Roque do Paraguaçu, no município de Maragojipe (BA). Cada uma das plataformas está orçada em R$ 579.102,95. O contrato prevê a opção da montagem de uma terceira plataforma, o que será decidido pela Petrobras futuramente, em função do comportamento do mercado.

Para a execução do contrato, o consórcio contratou, por US$ 185 milhões, a empresa americana Letourneau Offshore Products, uma das maiores do mundo no segmento de construção de plataformas, com experiência de mais de 50 anos. Ela ficou responsável pelo fornecimento do projeto d


O Consórcio Rio Paraguaçú, composto pela Construtora Norberto Odebrecht,  Queiroz  Galvão e UTC Engenharia, com participações iguais, está executando os  serviços de engenharia, suprimento, construção, comissionamento, start-up e testes de duas plataformas de petróleo, do tipo auto-elevatórias (Jack-Up) para a Petrobras – a P59 e a P60. O contrato, em regime de EPC, foi inciado em setembro de 2008, com prazo para conclusão em dezembro de 2011. As montagens das duas unidades estão sendo realizadas simultaneamente, no estaleiro da Petrobras em São Roque do Paraguaçu, no município de Maragojipe (BA). Cada uma das plataformas está orçada em R$ 579.102,95. O contrato prevê a opção da montagem de uma terceira plataforma, o que será decidido pela Petrobras futuramente, em função do comportamento do mercado.

Para a execução do contrato, o consórcio contratou, por US$ 185 milhões, a empresa americana Letourneau Offshore Products, uma das maiores do mundo no segmento de construção de plataformas, com experiência de mais de 50 anos. Ela ficou responsável pelo fornecimento do projeto de engenharia da tecnologia, a partir dos parâmetros fornecidos pela Petrobras. Assumiu ainda a responsabilidade de fornecer os equipamentos de perfuração para as duas Unidades. Para o detalhamento do projeto de engenharia básica, foi subcontratada a brasileira Projemar.

A Letourneau fornecerá 80% dos equipamentos necessários, incluindo o kit básico - engenharia básica, sistema de elevação das plataformas, as pernas, guindastes, o cant lever e o drillfor. Fornecerá ainda geradores e compressores.

Com cascos flutuantes, as plataformas modelo Super 116-E serão usadas para perfuração offshore, em águas rasas, com lâmina d’água de até 110 m.

Pesando 11 mil t, elas são munidas de pernas retráteis, que podem ser abaixadas ao leito do mar para elevar a estrutura do casco acima do nível da água. Segundo a Petrobras, esse modelo de plataforma, capaz de perfurar em condições de alta pressão e alta temperatura, não era construído no Brasil há aproximadamente 30 anos.

Revitalizando a indústria local 
Construir as plataformas em São Roque do Paraguaçu não foi exatamente uma escolha do consórcio. Foi uma exigência do contratante, com o objetivo de reativar um antigo estaleiro desativado na região, estimulando, desta forma, o renascimento deste esquecido polo da indústria naval no País. Esse foi, aliás, um grande desafio na execução do projeto, já que o estaleiro, desativado, não dispunha da infraestrutura necessária. No local já existia calado de cerca de 10 m, possibilitando o atracamento de navios e balsas de grande porte. Mas as instalações eram precárias. Foram aproveitados os galpões existentes, entretanto também foram instaladas linhas de painéis para fabricação de blocos, equipamentos como pórticos e pontes rolantes, um guindaste de 700 toneladas e feitas adaptações na carreira de embarque.

O consórcio adquiriu, ainda, máquinas de corte a plasma e desenvolveu um drive de comunicação que possibilita a transmissão de dados diretamente do programa de modelagem 3D para as máquinas de corte. A alta tecnologia deu eficácia e agilidade aos processos. As adaptações levaram oito meses.

Os investimentos no estaleiro serão ressarcidos, ao final do contrato, pela Petrobras, dona do canteiro São Roque, que soma 400 mil m2 de área. Base de apoio à frota de balsas da Petrobras, São Roque é usado ainda como área de transbordo de cargas e equipamentos. Há no local um heliporto, armazéns, almoxarifados, espaço a céu aberto, estação de armazenamento de óleo, estações de energia e vias de acesso para grandes veículos, entre outros itens.

Além de tudo isso, São Roque está localizado nas proximidades da Baía de Todos os Santos. O litoral da Bahia concentra as estratégias da Petrobras no Nordeste. Na Bahia, a companhia pretende aplicar recursos em perfuração de poços, desenvolvimento da produção e implantação de instalações de produção nas Bacias Recôncavo, Tucano e Bahia Sul.

Pode sair mais um estaleiro
Por todas essas vantagens, Odebrecht, OAS e UTC já pensam em instalar no local uma unidade própria, para continuar atuando no setor da construção naval. O Estaleiro Enseada do Paraguaçu deverá ser instalado com o principal objetivo de permitir às parceiras participar do processo de licitações bilionárias, a serem lançadas pela Petrobras, para a construção de um conjunto de sondas de perfuração de poços de petróleo.

No final de outubro de 2010, o Ibama liberou a Licença de Implantação para o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, que custará R$ 2 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão serão financiados pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM). A estimativa é de que com a implantação do estaleiro sejam gerados mais de 7 mil empregos diretos na região. A Odebrecht tem 50% do projeto e os outros dois acionistas 25% cada um. Os acionistas do estaleiro compraram 160 hectares, às margens do rio Paraguaçu, perto do canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu, para a instalação da nova unidade, que terá capacidade de processar 60 mil t de aço por ano. A previsão é de que as obras sejam executadas em 24 meses. Seis meses antes do término do empreendimento, porém, o estaleiro começaria a processar aço. A exemplo do que ocorreu no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Suape, o desafio desta unidade será erguer suas instalações e, simultaneamente, construir as embarcações.

 

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