A arquitetura e a engenharia brasileira perderam, no dia 26 de janeiro, o jornalista Nildo Carlos Oliveira aos 77 anos que, ao longo de quase 60 anos de profissão, acompanhou de perto as grandes obras do país e testemunhou a evolução da infraestrutura brasileira, do Milagre Econômico ao ciclo dos Jogos Olímpicos.
“Nildo dedicou sua vida ao jornalismo sério, analítico e propositivo. Além disso, colocou todo o seu talento e sua energia na promoção e na defesa da engenharia brasileira. Ele merece, ainda que postumamente, o título de engenheiro honoris causa. Perdemos todos um excepcional companheiro de luta em favor do desenvolvimento do Brasil”, lamentou o presidente do Sinaenco, José Roberto Bernasconi.
Alagoano, passou a adolescência em Marília, no interior paulista, onde iniciou sua vida de escritor e jornalista. Veio para São Paulo em 1964, iniciando trajetória no grupo Folha da Manhã. Posteriormente, trabalhou em praticamente todas as publicações técnicas nacionais da área de engenharia, arquitetura e urbanismo, como editor da Revista Construção, da Editora Pini, em pleno p
A arquitetura e a engenharia brasileira perderam, no dia 26 de janeiro, o jornalista Nildo Carlos Oliveira aos 77 anos que, ao longo de quase 60 anos de profissão, acompanhou de perto as grandes obras do país e testemunhou a evolução da infraestrutura brasileira, do Milagre Econômico ao ciclo dos Jogos Olímpicos.
“Nildo dedicou sua vida ao jornalismo sério, analítico e propositivo. Além disso, colocou todo o seu talento e sua energia na promoção e na defesa da engenharia brasileira. Ele merece, ainda que postumamente, o título de engenheiro honoris causa. Perdemos todos um excepcional companheiro de luta em favor do desenvolvimento do Brasil”, lamentou o presidente do Sinaenco, José Roberto Bernasconi.
Alagoano, passou a adolescência em Marília, no interior paulista, onde iniciou sua vida de escritor e jornalista. Veio para São Paulo em 1964, iniciando trajetória no grupo Folha da Manhã. Posteriormente, trabalhou em praticamente todas as publicações técnicas nacionais da área de engenharia, arquitetura e urbanismo, como editor da Revista Construção, da Editora Pini, em pleno período de censura do regime militar; da Revista Projeto; da Revista Obra, Construção e Planejamento; e finalmente da revista O Empreiteiro, onde atuou como editor e consultor. Em todas essas empresas foi sempre lembrado como um grande jornalista e um companheiro de trabalho fiel.
O editor Joseph Young, da revista O Empreiteiro, fez um relato do período em que trabalharam juntos: “Testemunhamos o auge das obras de infraestrutura na época do Milagre Econômico”, lembra citando a visita recente de Nildo a usina hidrelétrica de Belo Monte.
Eu, que trabalhei com ele por duas ocasiões, lembro-me do seu carinho e atenção com os jovens projetistas, arquitetos e a Arquitetura, a quem fazia sempre questão de valorizar e enaltecer em suas reportagens. Tinha orgulho de manter-se repórter, fazendo questão de ir até as fontes e acompanhar os fatos de perto, dar ouvidos e voz às personagens de suas matérias e também de seus livros, sua segunda paixão, aos quais se dedicava com afinco.
Pois a primeira paixão, fazia questão de dizer, era sua esposa, dona Rubina, companheira e eterna namorada que o acompanhava em todas as suas lutas e batalhas pela vida. Nildo escreveu e publicou alguns de seus livros A Construção no Espelho, Olho por Olho, e a biografia do projetista Bruno Contarini, O Mestre da Arte de Resolver Estruturas.
Por fim, dedicava-se ao Blog do Nildo, publicando crônicas sob o ponto de vista da engenharia, e atuando como colaborador do portal Engenharia Compartilhada. Deixa esposa, dois filhos e cinco netos, além de uma legião de admiradores.
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