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Revista GC - Ed.30 - Setembro 2012
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Matéria de Capa - Especial BNDES

Brasil será um dos líderes mundiais em energia eólica

O Brasil está para se tornar um dos líderes mundiais na produção de aerogeradores, equipamentos destinados a produzir energia elétrica a partir dos ventos.

Nos próximos cinco anos, estima-se um mercado de R$ 25 bilhões para esses produtos, de forma a atender a expectativa do setor de contratar, pelo menos, 2,5 gigawatts (GW) por ano até 2020, acrescentando, a partir de 2012, mais 20 GW de energia eólica ao sistema.

Os dados são da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Estudos recentes da entidade dão conta de que o potencial onshore do Brasil em energia a partir dos ventos é da ordem de 300 GW.

O maior estímulo à criação de uma cadeia industrial do setor de energia eólica no Brasil vem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  O banco liberou R$ 1,1 bilhão em financiamentos para projetos de energia eólica neste ano, até o mês de julho, e prevê, até o final do ano, crescimento de 30% frente aos R$ 2,2 bilhões do ano passado.

A instituição vincula seus financiamentos a um índice de nacionalização mínimo dos equipamentos em torno de 60%. “Há 10 anos, tínhamos apenas um fabricante local, hoje os principais agentes já instalaram fábricas no Brasil”, explica Élbia Melo, presidente-executiva


Nos próximos cinco anos, estima-se um mercado de R$ 25 bilhões para esses produtos, de forma a atender a expectativa do setor de contratar, pelo menos, 2,5 gigawatts (GW) por ano até 2020, acrescentando, a partir de 2012, mais 20 GW de energia eólica ao sistema.

Os dados são da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Estudos recentes da entidade dão conta de que o potencial onshore do Brasil em energia a partir dos ventos é da ordem de 300 GW.

O maior estímulo à criação de uma cadeia industrial do setor de energia eólica no Brasil vem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  O banco liberou R$ 1,1 bilhão em financiamentos para projetos de energia eólica neste ano, até o mês de julho, e prevê, até o final do ano, crescimento de 30% frente aos R$ 2,2 bilhões do ano passado.

A instituição vincula seus financiamentos a um índice de nacionalização mínimo dos equipamentos em torno de 60%. “Há 10 anos, tínhamos apenas um fabricante local, hoje os principais agentes já instalaram fábricas no Brasil”, explica Élbia Melo, presidente-executiva da Abeeólica. O País tem, atualmente, oito empresas com plantas de aerogeradores e componentes, em diferentes estágios, com capacidade de produzir equipamentos para instalar capacidade de 4.100 MW ao ano.

Até 2009, o parque eólico brasileiro desenvolveu-se com subsídios do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Naquele ano,  o BNDES liberou apenas  R$ 230 milhões em financiamentos. Desde então, a energia eólica tornou-se competitiva, com leilões regulares, atraindo uma cadeia de fornecedores. A capacidade instalada saltou de cerca de 500 megawatts (MW), em 2009, para em torno de 1.600 MW hoje. Se a previsão se concretizar, o BNDES liberará R$ 2,86 para o setor.

O BNDES apoia a instalação de fábricas de equipamentos para o setor, mas a maior parte dos financiamentos vai para os geradores. O banco também investe via BNDESPar, tanto diretamente quanto por meio de fundos de investimentos. Atualmente, a BNDESPar detém fatias da Renova Energia e da Tecsis, fabricante de pás.

Para atender ao ritmo de crescimento do setor, será necessário instalar, pelo menos, mil aerogeradores em média por ano no Brasil. Hoje, para se ter uma ideia, existem 1.342 equipamentos funcionando em 71 parques eólicos. Na esteira dessas turbinas, toda uma sorte de equipamentos acessórios também serão demandados.

A vez da energia solar

Na esteira do sucesso da energia eólica, cuja capacidade instalada saltou três vezes de 2009 até agora, o chefe do Departamento de Fontes Alternativas de Energia do BNDES, Antonio Tovar, espera analisar ainda este ano o primeiro projeto de energia solar no banco de fomento. Segundo o executivo, o mais provável é que o projeto seja de uma fábrica de placas solares, com a demanda impulsionada pelo modelo de geração distribuída. O grupo Tecnometal, que também atua em eólica e tem uma fábrica de painéis em Campinas, foi credenciado na Finame, para linha de crédito automática do BNDES, voltada para máquinas e equipamentos.

Em abril deste ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o Sistema de Compensação de Energia, com regras para a geração distribuída. Com isso, o desenvolvimento da energia solar torna-se viável. A tendência é de que algumas empresas (inclusive distribuidoras) se especializem na instalação de unidades geradoras para consumidores interessados. “A solar, hoje, é a eólica há cinco anos”, disse Tovar.

 

 

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