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VIII Brasil nos Trilhos reúne setor metroferroviário em Brasília

Encontro debateu desafios da ferrovia para aumentar participação na matriz de transporte de cargas

Assessoria de Imprensa

05/09/2024 13h41 | Atualizada em 05/09/2024 13h47


A ferrovia como modal de transporte de carga menos poluente e mais eficiente em termos energéticos, a necessidade de sua maior participação na matriz de transporte e a urgência do setor por um ambiente de negócios mais previsível, com modelagens de contratos, linhas de financiamento e incentivos mais atraentes para investidores, foram as principais temáticas do VIII Brasil nos Trilhos, realizado na terça-feira (27) em Brasília (DF).

O evento coincidiu com a comemoração dos 170 anos do sistema ferroviário brasileiro e contou com a presença de representantes do governo federal, Poder Legislativo, TCU e entidades do setor, além de espe

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A ferrovia como modal de transporte de carga menos poluente e mais eficiente em termos energéticos, a necessidade de sua maior participação na matriz de transporte e a urgência do setor por um ambiente de negócios mais previsível, com modelagens de contratos, linhas de financiamento e incentivos mais atraentes para investidores, foram as principais temáticas do VIII Brasil nos Trilhos, realizado na terça-feira (27) em Brasília (DF).

O evento coincidiu com a comemoração dos 170 anos do sistema ferroviário brasileiro e contou com a presença de representantes do governo federal, Poder Legislativo, TCU e entidades do setor, além de especialistas das concessionárias.

"O Brasil nos Trilhos é um evento muito tradicional para o ecossistema metroferroviário e é um termômetro das grandes questões debatidas pelas empresas do setor", avaliou Hermano Pinto Jr., diretor do portfólio de Infraestrutura da Informa Markets Brasil, realizadora do evento.

Com o tema "Sustentabilidade em Movimento", o encontro abordou estratégias para inserir a ferrovia na agenda de sustentabilidade brasileira e global.

Na abertura, o secretário executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, destacou que o momento é propício devido ao destaque atual do modal no governo federal.

“Criamos paradigmas que possibilitam o avanço no desenvolvimento da ferrovia”, disse. “O que falta é governança colaborativa entre todos os agentes, pois o setor precisa pensar de forma coletiva”, acrescentou.

A secretária executiva adjunta do Ministério dos Portos e Aeroportos, Gabriela Rosa, concordou com Santoro e destacou a importância da integração entre infraestruturas portuárias e ferroviárias.

“Mais de 90% dos minérios que chegam aos portos vêm por ferrovia. É necessário diversificar o tipo de carga”, observou.

“O crescimento do transporte de granéis vegetais deve ser exponencial, passando dos atuais 40%, de modo que a eficiência energética é crucial para o ecossistema. E esse processo pode ocorrer por meio da complementaridade, e não necessariamente da concorrência”, afirmou a secretária executiva.

Ainda na abertura, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, acentuou que o diálogo sobre a ferrovia está sendo resgatado pela ANTT e pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF).

“Não há dúvida sobre a sustentabilidade da ferrovia, assim como a necessidade de uma regulação mais eficaz para viabilizar o crescimento de novos fluxos”, destacou.

“Esse arcabouço legal existe, mas precisa ser testado e aperfeiçoado com a colaboração de todos”, disse Vitale.

O diretor-presidente da ANTF, Davi Barreto, afirmou que as mudanças climáticas exigem alterações estruturais e o modal ferroviário é uma das soluções.

“Um aumento de apenas 1% na participação da ferrovia na matriz de transporte pode reduzir em 2 milhões de toneladas as emissões de CO2”, explicou.

“Além disso, o setor promove investimentos significativos. De 2024 a 2026, estão previstos investimentos de R$ 45 bilhões entre as associadas da ANTF, o maior ciclo de investimentos de todos os tempos”, contou o diretor, acentuando a necessidade de ajustar a regulação para garantir eficiência ao setor.

O evento também contou com painéis sobre o transporte ferroviário como solução climática para o Brasil e o mundo, financiamentos verdes para ferrovias, novas tecnologias voltadas à sustentabilidade e o papel da regulação nos incentivos à sustentabilidade do transporte.

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