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Vendas de cimento iniciam o ano com queda

Vendas do insumo totalizaram 4,8 milhões de toneladas em janeiro, uma queda de 2,4% em relação ao mesmo mês de 2023 e uma alta de 5,9% frente a dezembro 

Assessoria de Imprensa

08/02/2024 17h50 | Atualizada em 14/02/2024 12h38


De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas de cimento totalizaram 4,8 milhões de toneladas em janeiro, o que representa queda de 2,4% em relação ao mesmo mês de 2023 e alta de 5,9% frente a dezembro.

Por dia útil, que considera o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo, a comercialização de cimento foi de 198,6 mil toneladas no mês de janeiro, representando uma retração de 2,1% comparado ao mesmo mês do ano anterior, e de 0,6% em relação a dezembro de 2023.

“Ainda que as vendas de janeiro do ano passado registrassem uma base forte, o resultado de agora

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De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas de cimento totalizaram 4,8 milhões de toneladas em janeiro, o que representa queda de 2,4% em relação ao mesmo mês de 2023 e alta de 5,9% frente a dezembro.

Por dia útil, que considera o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo, a comercialização de cimento foi de 198,6 mil toneladas no mês de janeiro, representando uma retração de 2,1% comparado ao mesmo mês do ano anterior, e de 0,6% em relação a dezembro de 2023.

“Ainda que as vendas de janeiro do ano passado registrassem uma base forte, o resultado de agora sinaliza que o fraco desempenho em 2023 persiste no início de 2024”, destaca o SNIC.

Segundo o sindicato, o setor segue impactado pelos juros e o endividamento elevado, fatores que exercem pressão na situação financeira e no consumo das famílias, contribuindo inclusive para a queda na confiança do consumidor em janeiro.

Na sondagem atual, o índice registrou o menor nível desde maio de 2023, dando continuidade à tendência de desaceleração iniciada em setembro.

O resultado é motivado pela piora da situação atual do consumidor, com queda na renda e poder de compra, assim como das expectativas negativas para os próximos meses disseminada em todas as faixas, com exceção da mais alta.

"Apesar do controle da inflação e da resiliência do mercado de trabalho, houve um aumento da informalidade e o salário dos trabalhadores permanece em lenta recuperação, com valores reais estagnados há quatro anos", avalia o SNIC.

"O mercado da construção continua em queda, tanto na venda de materiais, quanto no número de lançamentos imobiliários", completa.

No entanto, o índice de confiança do setor manteve-se relativamente estável nas sondagens.

O segmento de infraestrutura ficou menos otimista, enquanto o de edificação residencial mostrou maior confiança, impulsionado principalmente pelas boas perspectivas com o programa Minha Casa, Minha Vida.

De qualquer forma, o reflexo dessas mudanças deve ser sentido na demanda de cimento e de materiais de construção apenas no 2o semestre, avalia a entidade.

Ainda que o cenário do ano seja incerto, a indústria de cimento projeta crescimento de 2% no consumo do produto neste ano, com acréscimo aproximado de 1,2 milhão de toneladas.

“A expectativa para 2024 é positiva, mas ainda longe de recuperarmos as perdas acumuladas de 4,3% em 2022 e 2023”, observa Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.

“O aumento da massa salarial e do crédito, em razão da continuidade da redução dos juros, junto aos programas ‘Desenrola’ e MCMV, além do Marco Legal das Garantias de Empréstimos, devem impulsionar a atividade da construção e, consequentemente, a performance da indústria do cimento”, aponta o dirigente.

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