Assessoria de Imprensa
10/07/2024 10h04 | Atualizada em 10/07/2024 14h51
Após um primeiro semestre marcado por um cenário de juros e endividamento das famílias elevados e eventos climáticos extremos, com chuvas intensas no Sul e seca no Centro-Oeste e Norte, as vendas de cimento acumularam alta de 1,2% em relação ao mesmo período de 2023, com a comercialização de 30,6 milhões de toneladas nos seis primeiros meses do ano.
O mês de junho atingiu 5,4 milhões de toneladas de vendas, registrando um aumento de 2,1% se comparado ao mesmo mês do ano anterior, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Ao se analisar o despacho de cimento por dia útil de 238,8 mil toneladas, observa-se um
...Após um primeiro semestre marcado por um cenário de juros e endividamento das famílias elevados e eventos climáticos extremos, com chuvas intensas no Sul e seca no Centro-Oeste e Norte, as vendas de cimento acumularam alta de 1,2% em relação ao mesmo período de 2023, com a comercialização de 30,6 milhões de toneladas nos seis primeiros meses do ano.
O mês de junho atingiu 5,4 milhões de toneladas de vendas, registrando um aumento de 2,1% se comparado ao mesmo mês do ano anterior, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Ao se analisar o despacho de cimento por dia útil de 238,8 mil toneladas, observa-se um aumento de 4,6% sobre junho do ano passado e de 1,1% em relação ao primeiro semestre de 2023.
Fonte: SNIC
Os principais indutores do consumo de cimento desaceleraram no período em virtude da dificuldade no acesso ao crédito, em meio a taxa de juros ainda elevada, redução de lançamentos e operações de financiamento imobiliário.
A confiança da construção apresentou estabilidade em junho, registrando maior otimismo que em dezembro de 2023. No entanto, essa melhora na atividade expôs a dificuldade com a mão de obra, o que já está impactando os custos de obras. A expectativa do mercado pelo fim do ciclo de queda da Selic em 2024 deve arrefecer o ânimo dos negócios nos próximos meses.
Houve, também, um maior otimismo na confiança da indústria e do consumidor, que avançou em junho. Os resultados foram influenciados tanto pela melhora da percepção sobre a situação atual quanto pelas expectativas para os próximos meses.
Mesmo após o primeiro semestre do ano surpreender positivamente o mercado com a queda do desemprego e aumento no rendimento da população, a interrupção do clico de queda da Selic, a piora nas expectativas inflacionárias e na situação fiscal do governo, somada ao ambiente externo mais adverso, principalmente no que tange à queda de juros nos Estados Unidos, geram incertezas para o restante do ano.
O câmbio elevado traz uma preocupação com relação ao aumento de custos de produção do cimento, principalmente do coque de petróleo, matéria-prima essencial na geração de energia no processo produtivo.
“Os eventos climáticos extremos no Sul e a turbulência no cenário macroeconômico levaram a indústria brasileira do cimento a rever suas projeções de crescimento de 2,4% para 1,4% no consumo em 2024, o que representa 900 mil toneladas acima de 2023”, afirma Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
"Este volume recupera apenas um terço das perdas acumuladas entre 2022 e 2023, de 2,8 milhões de toneladas”, completa.
Fonte: SNIC
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