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Venda de cimento mantém cenário de retração em outubro

No acumulado de janeiro a outubro foram vendidas 53 milhões de toneladas, uma desaceleração de 2,7% frente ao mesmo período do ano passado

Assessoria de Imprensa

09/11/2022 15h02


As incertezas dos rumos da economia brasileira com a taxa Selic em patamar elevado (13,75%) e uma população altamente endividada, são fatores determinantes para que o desempenho de vendas da indústria do cimento mantivesse em outubro continuada retração.

A comercialização do produto registrou queda de 1% em relação ao mesmo período de 2021, atingindo 5,4 milhões de toneladas, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

No acumulado de janeiro a outubro foram vendidas 53 milhões de toneladas, uma desaceleração de 2,7% frente ao mesmo período do ano passado.

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As incertezas dos rumos da economia brasileira com a taxa Selic em patamar elevado (13,75%) e uma população altamente endividada, são fatores determinantes para que o desempenho de vendas da indústria do cimento mantivesse em outubro continuada retração.

A comercialização do produto registrou queda de 1% em relação ao mesmo período de 2021, atingindo 5,4 milhões de toneladas, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

No acumulado de janeiro a outubro foram vendidas 53 milhões de toneladas, uma desaceleração de 2,7% frente ao mesmo período do ano passado.

Em relação ao despacho de cimento por dia útil em outubro verificou-se um recuo de 0,1% comparado a setembro e de 0,6% sobre o mesmo mês de 2021, com 238 mil toneladas comercializadas.

A combinação de taxa de juros elevada e inflação alta durante boa parte do ano, muito embora tenha registrado o terceiro recuo consecutivo do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), impactaram negativamente o consumo das famílias.

As vendas de materiais de construção no varejo vêm apresentando retração desde meados de 2021 e já acumulam perdas de 7,6% de janeiro a setembro de 2022.

Os lançamentos imobiliários vêm acompanhando essa tendência, com queda de 6% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2021. Já as vendas imobiliárias tiveram alta de 1,4% na mesma base de dados. Esse movimento faz o estoque de obras diminuir e consequentemente piora a perspectiva de vendas de cimento.

O mercado imobiliário corporativo apresenta o mesmo cenário. A vacância de escritórios vem caindo lentamente inibindo novos empreendimentos de prédios comerciais.

A confiança do consumidor teve leve recuo e se acomodou em patamar próximo ao período pré-pandemia, assim como o índice da construção, que também apresentou ligeira queda em outubro.

No entanto, a recuperação de empregos e do Produto Interno Bruto sinalizam certo otimismo, fazendo com que a indústria do cimento atenue a previsão de queda nas vendas do cimento.

Descarbonização – O destaque positivo é que o setor segue avançando como referência mundial na redução de sua pegada de carbono, o chamado “cimento verde”. A indústria global da atividade se antecipou ao lançar, em 2021, e sob a coordenação da Global Cement and Concrete Association (GCCA), o Roadmap Net Zero para acelerar a transição rumo a uma economia neutra em carbono. Foi o primeiro setor a firmar um compromisso de neutralidade climática, em escala mundial, dentro do programa Race to Zero da ONU.

Como desdobramento desse programa, o Brasil foi escolhido pela GCCA, junto a outros quatro países, para avançar na elaboração de um Roadmap Net Zero nacional. O projeto foi iniciado pela indústria do cimento brasileira no segundo semestre de 2022, com conclusão prevista para o final de 2023.

“Teremos um final de ano difícil em função das condições econômicas locais e externas. O calendário da Copa do Mundo efetivamente irá comprometer a performance de vendas do cimento e, além disso, a previsão climática aponta para chuvas acima da média. Enquanto isso, olhos e ouvidos do mundo voltados para a COP27 na busca da superação da emergência climática em curso”, finaliza Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.

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