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Venda de cimento apresenta leve recuperação

Segundo o SNIC, cenário econômico instável, marcado por juros altos, endividamento e renda baixa, segue travando o crescimento do setor

Assessoria de Imprensa

08/09/2022 15h10 | Atualizada em 14/09/2022 15h01


Em agosto, as vendas do produto registraram números próximos ao mesmo mês de 2021, com leve aumento de 0,1% – atingindo 5,9 milhões de toneladas comercializadas –, enquanto no acumulado do ano o recuo foi de 2,9%, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

Ao se analisar o despacho do insumo por dia útil, nota-se uma queda de -3,9 % sobre o mesmo mês do ano passado, ou seja, comercialização de 234,6 mil toneladas por dia em agosto de 2022.

O setor continua sendo afetado por fatores domésticos relevantes que impactam sua recupera&c

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Em agosto, as vendas do produto registraram números próximos ao mesmo mês de 2021, com leve aumento de 0,1% – atingindo 5,9 milhões de toneladas comercializadas –, enquanto no acumulado do ano o recuo foi de 2,9%, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

Ao se analisar o despacho do insumo por dia útil, nota-se uma queda de -3,9 % sobre o mesmo mês do ano passado, ou seja, comercialização de 234,6 mil toneladas por dia em agosto de 2022.

O setor continua sendo afetado por fatores domésticos relevantes que impactam sua recuperação. A Selic ainda em patamares elevados de 13,75%, aumentando os custos de crédito, e a renda disponível por parte das famílias segue amplamente comprometida.

Apesar disso, o setor da construção civil teve seu PIB aumentado em 9,5% no 1° semestre em relação a igual período do ano passado, contribuindo para o crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro e geração de emprego e renda.

Ainda que o mercado de trabalho esteja se recuperando com a menor taxa de desemprego desde setembro de 2015, os salários não estão no mesmo ritmo, com valores inferiores aos registrados antes da pandemia. Nesse sentido, a liberação do saque do FGTS e o novo Auxílio Brasil injetaram novo ânimo no setor.

Os indicadores de confiança acompanharam esse otimismo. O índice do consumidor voltou a subir impulsionado pela melhora do mercado de trabalho e desaceleração da inflação. Na construção, o impulso se deu em função das últimas medidas de apoio voltadas para o segmento de habitação social. Já a confiança da indústria está mais positiva com a queda de preços de combustíveis e energia.

Mesmo sem as restrições impostas pela pandemia, o mercado imobiliário sinaliza queda no número de lançamentos de 6% no primeiro semestre de 2022, em comparação ao mesmo período do ano passado.

As vendas imobiliárias tiveram alta de 1,4% na mesma base comparativa. Esse movimento faz com que o estoque de obras diminua e, consequentemente, piora a perspectiva das vendas de cimento.

O desempenho do programa Casa Verde Amarela também apresentou retração. Os lançamentos caíram 28,1% e as vendas 5,6% nos seis primeiros meses do ano em comparação com o 1° semestre de 2021.

O programa participa hoje com 36% dos lançamentos, quando antes chegava a 60%. Ainda não foi sentido os efeitos das últimas medidas tomadas para impulsionar o programa.

“A sazonalidade nas vendas da indústria do cimento que tem, historicamente, um melhor desempenho no segundo semestre, o que poderá nos levar a uma parcial recuperação nas perdas registradas na primeira metade do ano”, diz Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.

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