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Vale tenta driblar dificuldades dos supernavios na China

A Vale está buscando alternativas para conseguir chegar à China, seu maior mercado, com seus supernavios, que chegam a carregar até 400 mil toneladas de minério.

DCI

13/11/2012 09h04


Apesar da resistência dos armadores chineses, que têm receio de perder o seu poder de barganha e estariam pressionando as autoridades locais para impedir a chegada dos Valemax, a mineradora brasileira tenta driblar a dificuldade instalando na Malásia um centro de distribuição (CD) que deverá ficar pronto em meados de 2014.

O projeto prevê a construção de um terminal marítimo com profundidade suficiente para receber navios e um pátio de estocagem com capacidade de giro de até 30 milhões de toneladas anuais de produtos.

"Além da Malásia, já temos o CD em Omã, no Oriente Médio", destaca o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, em entrevista ao DCI. O executivo diz, no entanto, que a empresa continua negociando com autori

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Apesar da resistência dos armadores chineses, que têm receio de perder o seu poder de barganha e estariam pressionando as autoridades locais para impedir a chegada dos Valemax, a mineradora brasileira tenta driblar a dificuldade instalando na Malásia um centro de distribuição (CD) que deverá ficar pronto em meados de 2014.

O projeto prevê a construção de um terminal marítimo com profundidade suficiente para receber navios e um pátio de estocagem com capacidade de giro de até 30 milhões de toneladas anuais de produtos.

"Além da Malásia, já temos o CD em Omã, no Oriente Médio", destaca o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, em entrevista ao DCI. O executivo diz, no entanto, que a empresa continua negociando com autoridades da China para que seus navios possam atracar nos portos chineses.

O presidente da mineradora explica que os Valemax serão utilizados em toda a região. "Com as medidas que estamos adotando, a nossa expectativa é de que teremos alternativas de colocação para os 35 navios que estão sendo construídos, independentemente de atracarem na China", assegurou o executivo.

A China é hoje responsável pela compra de praticamente metade de toda a produção de minério de ferro da Vale. No entanto, embarcações com destino para o país asiático levam em média 45 dias para aportar na Ásia, e os Valemax são a solução para otimizar os custos da mineradora e ampliar a competitividade da empresa frente a fortes concorrentes, como Rio Tinto e BHP Billiton, que possuem operações na Austrália e levam vantagem na questão logística.

Ferreira afirma ainda que até o momento os Valemax estão atracando em grandes portos, como o de Taranto (Itália) e o de Roterdã (Holanda). "Outra estação flutuante de transferência está prevista para entrar em operação na Ásia, no primeiro trimestre de 2013", diz o executivo.

Perspectivas

De acordo com o presidente da mineradora, a Vale deve fechar o ano com uma produção de 300 milhões de toneladas de minério de ferro, em linha com o resultado registrado em 2011.

Conforme reportado pela empresa há algumas semanas, as margens atualmente estão bem menores, apesar da manutenção da demanda, o que tem derrubado os lucros.

Por esse motivo, Ferreira explica que os investimentos em ativos de classe mundial - de longa vida, baixos custos, produção de alta qualidade e capacidade de expansão - são prioridade para a Vale. "Estamos focados na disciplina de alocação de capital, com o objetivo de garantir o maior retorno para os nossos acionistas", diz.

Mesmo com a desaceleração do crescimento da China em 2012, o que se refletiu na queda da demanda prevista de minério por parte da Vale, as expectativas ainda são positivas. "Esperamos que o principal negócio da empresa, que é o minério de ferro, dê boas notícias nos próximos anos", diz Ferreira.

Ele ressalta que a Vale deve buscar parceiros para desenvolver muitos de seus projetos, para reduzir a saída de capital do caixa da empresa sem, no entanto, investir menos.

Essa é a justificativa, inclusive, da Vale para a projeção de redução dos aportes para 2013 em relação a este ano. "É bastante provável que 2012 represente o pico do nosso capex investimento ao longo dos próximos anos. Nós estamos adequando nossos investimentos ao fluxo de caixa", diz Ferreira.

Segundo o executivo, a Vale dará continuidade à venda de ativos que não acrescentam valor. "Esse plano irá melhorar a alocação de capital e liberar fundos para ajudar no financiamento de investimentos em ativos de classe mundial", diz o executivo.

No Brasil, a mineradora afirma que suas principais operações e projetos de minério de ferro estão localizados no norte e no sudeste do País. O chamado S11D, no Pará, representa o maior investimento da história da empresa, de cerca de R$ 40 bilhões, e é tido como "absoluta prioridade" da empresa.

Já o projeto Salobo, na região de Marabá (PA), que teve início neste ano, terá aporte total de US$ 2,5 bilhões para desenvolver mina, usina e infraestrutura relacionada para produzir 100 mil toneladas por ano de cobre.

A maior mineradora do mundo também iniciou recentemente a produção de cobre na Zâmbia, com o projeto Konkola North, que compreende uma mina subterrânea, usina e infraestrutura relacionada, localizado no cinturão de cobre daquele país, com uma capacidade nominal estimada de 45 mil toneladas por ano do metal concentrado.

Energia

A diminuição das tarifas de energia elétrica pode significar um certo alívio nos custos operacionais da mineradora, que vêm aumentando ao longo dos anos, segundo especialistas. "Para a Vale, como grande consumidora de energia, as medidas foram positivas, mas ainda estamos estudando os verdadeiros impactos dessa redução", diz Ferreira.

 

 

 

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