Assessoria de Imprensa
19/07/2023 09h23 | Atualizada em 19/07/2023 15h38
A Vale e a Wabtec Corporation anunciaram, a primeira parceria para avançar na descarbonização das operações ferroviárias da empresa.
O acordo inclui um pedido de três locomotivas a bateria FLXdrive e o desenvolvimento de estudos de um motor a amônia como combustível alternativo ao diesel.
As três locomotivas serão usadas na Estrada de Ferro Carajás (EFC), onde circula o maior trem de transporte de minério de ferro do mundo, com 330 vagões que transportam 45 mil toneladas de minério de ferro. A composição é puxada por três ou quatro locomotivas movidas a diesel.
A ideia é aco
...A Vale e a Wabtec Corporation anunciaram, a primeira parceria para avançar na descarbonização das operações ferroviárias da empresa.
O acordo inclui um pedido de três locomotivas a bateria FLXdrive e o desenvolvimento de estudos de um motor a amônia como combustível alternativo ao diesel.
As três locomotivas serão usadas na Estrada de Ferro Carajás (EFC), onde circula o maior trem de transporte de minério de ferro do mundo, com 330 vagões que transportam 45 mil toneladas de minério de ferro. A composição é puxada por três ou quatro locomotivas movidas a diesel.
A ideia é acoplar as três locomotivas elétricas ao atual trem para puxar a composição ao longo da EFC e, principalmente em um trecho de aclive de cerca de 140 quilômetros, em Açailândia (MA), onde o consumo de combustível é mais elevado, formando a primeira composição ferroviária híbrida do país.
Hoje, dois equipamentos a diesel, conhecidos como “helper dinâmicos”, são anexadas ao trem para ajudar a vencer a longa rampa da estrada de ferro. A Wabtec fabricará as locomotivas em sua unidade em Contagem (MG) e a previsão de entrega é 2026.
“Inicialmente, estamos maximizando a eficiência energética, substituindo as locomotivas a diesel do helper dinâmico por elétricas, mas a ideia é que, no futuro, as outras locomotivas do trem possam ser abastecidas por amônia. Assim, teríamos uma operação limpa na EFC”, explica a diretora de Energia da Vale, Ludmila Nascimento.
“Esse acordo é o primeiro de outros que estamos buscando para acelerar a descarbonização da nossa operação ferroviária”, acrescenta. Hoje, a malha ferroviária da Vale representa 10% das emissões de carbono da empresa, que já anunciou meta de ser tornar carbono zero em 2050.
A Vale e a Wabtec estão avaliando o desenvolvimento de um motor a amônia, que não emite CO2. Os estudos serão realizados, inicialmente, em laboratório para validar o desempenho, a redução de emissões e a viabilidade.
Entre as vantagens da amônia está o fato de que ela permite uma autonomia superior à locomotiva em relação a outros combustíveis que também não emitem carbono.
Além disso, a amônia apresenta uma classificação de alta octanagem e uma infraestrutura de distribuição em larga escala já estabelecida. As duas empresas realizarão o estudo em um laboratório nos próximos dois anos.
Energia Regenerativa – As baterias das locomotivas utilizarão tecnologia e um sistema de Energy Management que permitirão recarregá-las a partir da frenagem do trem.
“É o que chamamos de energia regenerativa produzida por frenagem dinâmica. Hoje, essa energia se perde no processo. Nos trechos de descida, em especial, vamos poder recarregar as baterias, sem precisar parar a operação do trem”, explica Alexandre Silva, gerente do Programa Powershift, criado pela Vale para estudar tecnologias alternativas para substituir combustíveis fósseis por fontes limpas nas operações da empresa.
Com a nova tecnologia, a estimativa é de uma economia de 25 milhões de litros de diesel por ano, considerando o consumo de todas as composições da ferrovia que utilizam o helper dinâmico. Cerca de 63 mil toneladas de carbono deixariam de ser emitidas, o equivalente ao consumo de aproximadamente 14 mil carros de passeio de mil cilindradas por ano.
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