Equipamentos
Valor Econômico
20/07/2012 10h41
As transportadoras começam a receber os primeiros veículos com o novo padrão e estão readaptando sua estrutura operacional às novas normas.
Grandes empresas consultadas pelo Valor relataram que estão aos poucos promovendo as mudanças e, por enquanto, não sentiram grandes dificuldades de abastecimento, já que seus caminhões são abastecidos dentro de suas próprias unidades.
É o caso da JSL, que conta com uma frota de 4,9 mil caminhões e cavalos mecânicos e 1,1 mil ônibus. A empresa já investiu R$ 190 milhões para adquirir 930 equipamentos (ônibus e caminhões) com a tecnologia Euro 5, dos quais cerca de 80% devem rodar na região Sudeste. Desse volume, 490 estão em operação e o restante chegará ao longo do ano.
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...As transportadoras começam a receber os primeiros veículos com o novo padrão e estão readaptando sua estrutura operacional às novas normas.
Grandes empresas consultadas pelo Valor relataram que estão aos poucos promovendo as mudanças e, por enquanto, não sentiram grandes dificuldades de abastecimento, já que seus caminhões são abastecidos dentro de suas próprias unidades.
É o caso da JSL, que conta com uma frota de 4,9 mil caminhões e cavalos mecânicos e 1,1 mil ônibus. A empresa já investiu R$ 190 milhões para adquirir 930 equipamentos (ônibus e caminhões) com a tecnologia Euro 5, dos quais cerca de 80% devem rodar na região Sudeste. Desse volume, 490 estão em operação e o restante chegará ao longo do ano.
“Sempre que muda a tecnologia há um receio inicial, mas o Euro 5 não é novo em outros lugares do mundo e entendemos que não seria um problema”, diz o diretor de operações e serviços da JSL e líder do comitê de sustentabilidade da companhia, Adriano Thiele.
O abastecimento da frota, contudo, segue feito nas próprias unidades da JSL. Já o custo subiu em relação ao Euro 3.
O novo padrão exige um combustível totalmente novo com baixo teor de enxofre, vendido pela Petrobras com o nome de S50.
Os veículos ainda precisam do agente redutor Arla 32, uma solução de uréia usada no sistema de escape para diminuir em 60% as emissões de óxidos de nitrogênio.
Por exigir tantas mudanças, as transportadoras atrasaram a troca da frota este ano e o mercado de caminhões caiu 16% no primeiro semestre sobre o mesmo período de 2011.
“O custo do Arla hoje é ainda um pouco mais caro, mas a expectativa é que ele seja o mesmo do diesel. O Euro 5 ainda é mais econômico, então o gasto vai acabar sendo compensado”, avalia Thiele, ressaltando que o impacto da readequação da frota tem sido pequeno para a JSL.
Como a renovação da empresa é feita a cada dois anos, a ideia é que, até 2014, a frota esteja toda com Euro 5.
O grupo Sada, com uma frota em torno de mil caminhões, também assinou ordem de compra de 55 veículos para o próximo trimestre.
A empresa mineira costuma renovar a frota a cada oito anos. Segundo o presidente da companhia, Vittorio Medioli, até o momento a introdução da tecnologia Euro 5 não trouxe dificuldades operacionais, mas a empresa também abastece os veículos em postos internos.
“Só temos dificuldade na Argentina, tanto que os caminhões que fazem a viagem ao país têm tanques maiores”, assinala.
A paranaense Cargolift está investindo R$ 18 milhões na chamada frota “ecológica”, que será composta por caminhões Euro 5.
A empresa recebeu em junho o primeiro lote de 13 veículos e fez um planejamento para transformar seu posto de diesel interno em híbrido, mas as obras tiveram atrasos por conta de questões ambientais.
“Com isso, estamos tendo custos mais elevados para abastecer estas unidades em postos externos”, aponta o diretor-presidente, Markenson Marques.
A companhia pretende ter 100% da frota com Euro 5 em cinco anos e não demonstra preocupação com a adaptação. “A qualidade do diesel é melhor e com isso eliminamos riscos de desgaste prematuro de peças. Ainda que tenhamos manutenções corretivas, não há preocupação de desabastecimento de peças ou falta de capacidade técnica de mão de obra especializada de mecatrônicos”, destaca.
Já os gastos são considerados um problema. “Infelizmente, o custo do diesel é mais elevado em 6% e a economia de consumo parece ser menor, de apenas 3%”, comenta o executivo, apontando a probabilidade de repasse ao custo dos fretes no Brasil.
Mais cautelosa, a Braspress, especializada na entrega de encomendas, teve uma estratégia diferente das concorrentes. Em meio às preocupações com relação ao risco de desabastecimento e o preço mais elevado dos caminhões, a companhia antecipou os investimentos e adquiriu 300 veículos em 2011, o dobro da média anual.
“Foi uma decisão acertada, porque vários Estados não dispõem do Arla 32 e os caminhões tiveram reajuste de preço. Neste ano, não precisamos fazer nova compra, até porque a economia deu uma parada”, diz o diretor-presidente da Braspress, Urubatan Helou.
Com uma frota de 1,3 mil caminhões próprios, a empresa vai avaliar a situação de mercado em 2013 para saber se, a partir de então, retomar a compra de veículos.
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