Logística
23/02/2010 15h57
A expansão dos grandes centros assim como o crescente adensamento urbano são desafios para a implantação e ampliação das redes de serviços de infraestrutura das regiões metropolitanas.
Mas, ao contrário do que a maioria imagina, é possível executar uma obra de reparação no subsolo das grandes cidades sem transformar as vias num "queijo suíço".
Métodos e equipamentos de tecnologia não destrutiva minimizam e até eliminam a necessidade de escavações. É possível instalar cabos sob a terra com apenas duas aberturas: uma no início e a outra no destino da área, evitando a destruição de ruas e calçadas.
Segundo o presidente da ABRATT (Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva), Paulo Dequech, abrir valas p
...A expansão dos grandes centros assim como o crescente adensamento urbano são desafios para a implantação e ampliação das redes de serviços de infraestrutura das regiões metropolitanas.
Mas, ao contrário do que a maioria imagina, é possível executar uma obra de reparação no subsolo das grandes cidades sem transformar as vias num "queijo suíço".
Métodos e equipamentos de tecnologia não destrutiva minimizam e até eliminam a necessidade de escavações. É possível instalar cabos sob a terra com apenas duas aberturas: uma no início e a outra no destino da área, evitando a destruição de ruas e calçadas.
Segundo o presidente da ABRATT (Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva), Paulo Dequech, abrir valas para reabilitar ou instalar infraestrutura subterrânea era o único caminho, mas o Método Não Destrutivo (MND) já ganha espaço nas grandes cidades. "Essa tecnologia se dá através do emprego de máquinas e equipamentos que fazem todos os trabalhos sem intervir no sistema viário nem danificar o ambiente urbano, possibilitando a introdução de redes sob o solo para a transmissão de energia, água, esgoto, gás, comunicação de dados, voz e imagem, com vantagens técnicas e operacionais", explica Dequech.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já figura entre os contratantes que se convenceram da melhor relação custo/benefício na instalação de redes por MND. Um dos exemplos dessa escolha é o Projeto Tietê, um dos maiores programas de saneamento ambiental do país, no qual a Sabesp é a responsável. O objetivo dessa ação é coletar e tratar os esgotos de cerca de 18 milhões de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo.
Para o coordenador de empreendimentos de esgotos Sul da Sabesp, Flávio Durazzo, há muitos benefícios significantes destas técnicas. “A habilidade para minimizar os impactos ambientais e sociais das construções em condições geológicas difíceis e sem recalques significantes de superfície são os mais importantes”, explica.
Atualmente já estão em andamento obras da terceira fase do projeto, todas em Método Não Destrutivo: coletor tronco de esgotos Ipiranga, Zoológico, 3 Pontes, Tipóia, São João Baruer, Interceptor de esgotos ITI 12 e ITI 15.
Durazzo aponta os benefícios que as obras em MND trouxeram para as regiões trabalhadas, como alta produtividade, redução de prazos para conclusão, habilidade de escavação em condições críticas de geologia, alto grau de precisão, mínimos recalques superficiais, redução do movimento de terra, proteção ao meio ambiente, operários e população, bem como eliminação do rebaixamento de lençol freático e diminuição de custos.
São Paulo
A cidade de São Paulo possui uma legislação específica que apóia o uso de novas tecnologias. A publicação do Decreto-Lei 46.921, sancionado em 2006 pelo então prefeito da capital, José Serra, estabeleceu critérios para a execução de obras de infra-estrutura em vias publicas da cidade, dentre eles ‘as obras que cruzam vias abrangidas pelos Programas de Pavimentação e Recapeamento deverão ter o cruzamento executado por método não destrutivo’ (Art 3º /Parágrafo III) .
A ABRATT
A Associação Brasileira de Tecnologia Não-Destrutiva é formada por empresas fabricantes, fornecedoras de equipamentos e materiais, prestadoras de serviço, concessionárias, profissionais liberais e outras ligadas à área de perfuração não-destrutiva. Um dos principais objetivos é promover e divulgar pesquisas e estudos técnicos sobre as atividades não-destrutivas em obras de infra-estrutura, promovendo, sempre que necessário, debates sobre as questões técnicas e sociais que envolvem o assunto, interferindo diretamente nas mesmas. Fundada em 1999, a ABRATT é filiada à ISTT – International Society for Trenchless Technology, sociedade inglesa que congrega associações similares em todo o mundo com o objetivo de promover a ciência e a prática desta tecnologia em benefício público e ambiental.
www.abratt.org.br
Mais informações da Abratt na Timepress:
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E-mail: cristina@timepress.com.br
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09 de janeiro 2020
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