Assessoria de Imprensa
29/04/2025 09h21
A decisão do governo norte-americano sobre a retomada de tarifas de 25% para o aço e de 10% para o alumínio importados de países como o Brasil reacendeu alertas em setores estratégicos da economia nacional.
Um dos setores mais afetados é o da construção civil, que já enfrenta oscilação no preço dos insumos e teme novos aumentos — especialmente em obras que utilizam estruturas metálicas e acabamentos com alumínio, como é o caso dos empreendimentos de alto padrão.
Embora o foco inicial da medida seja o comércio entre EUA e Brasil, os reflexos internos já começam a ser sentidos.
...A decisão do governo norte-americano sobre a retomada de tarifas de 25% para o aço e de 10% para o alumínio importados de países como o Brasil reacendeu alertas em setores estratégicos da economia nacional.
Um dos setores mais afetados é o da construção civil, que já enfrenta oscilação no preço dos insumos e teme novos aumentos — especialmente em obras que utilizam estruturas metálicas e acabamentos com alumínio, como é o caso dos empreendimentos de alto padrão.
Embora o foco inicial da medida seja o comércio entre EUA e Brasil, os reflexos internos já começam a ser sentidos.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o preço médio da tonelada de aço teve aumento de 6,3% no 1º trimestre de 2025.
As projeções indicam novas altas até o fim do semestre, especialmente se a demanda internacional se reorganizar.
“Boa parte do aço que usamos aqui é nacional, mas o mercado é interligado. Se os EUA restringem compras, o excedente busca outros mercados, pressionando nossa cadeia de abastecimento”, explica Celso Zaffarani, CEO da Zaffarani Design Building.
“Além disso, muitos acabamentos metálicos de alto padrão são importados ou dependem de ligas específicas que também sofrem com esse tipo de tarifa”, acrescenta.
Segundo ele, obras residenciais e comerciais de alto padrão utilizam amplamente materiais metálicos, desde estruturas em steel frame, esquadrias de alumínio e revestimentos, até elementos decorativos.
Além do custo, o prazo e a qualidade são fatores inegociáveis para esse público — e a volatilidade do mercado de metais pode impactar diretamente nesses pilares.
Além da alta nos preços, o setor também observa uma preocupação crescente com a queda na qualidade de alguns materiais metálicos disponíveis no mercado.
Com a corrida por alternativas mais baratas ou de fornecimento emergencial, as construtoras relatam que ligas e componentes que antes atendiam a padrões elevados agora apresentam variações que comprometem desempenho e durabilidade — o que exige ainda mais rigor na seleção de fornecedores e inspeção dos insumos recebidos.
“Projetos com padrão de excelência exigem precisão. Um atraso no fornecimento ou uma variação brusca de preço pode desorganizar toda a obra”, pontua Zaffarani.
Diante do cenário, as construtoras estão reforçando os planejamentos de suprimentos, contratando com maior antecedência e buscando alternativas para manter a previsibilidade dos orçamentos.
“Antecipamos compras estratégicas e mantemos parcerias consolidadas com fornecedores, inclusive internacionais”, assegura.
Monitoramento — Segundo o Instituto Aço Brasil, o consumo aparente de aço no país deve atingir 25,1 milhões de toneladas este ano, com crescimento de apenas 1% frente a 2024 — um índice abaixo da média esperada, freado pelas incertezas internacionais.
O aumento da tarifa pode ainda redirecionar fluxos globais de comércio, o que exigirá monitoramento constante por parte do setor.
“O setor da construção não pode ser pego de surpresa, é preciso ter uma visão macroeconômica e estratégica”, observa o CEO.
“Mesmo que a tarifa seja aplicada por outro país, o reflexo pode estar aqui no nosso canteiro. E, para quem constrói com excelência, cada detalhe importa”, finaliza Zaffarani.
25 de abril 2025
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