Depois de muitas idas e vindas à sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, o governador Eduardo Campos conseguiu a assinatura do conterrâneo e presidente da instituição, Luciano Coutinho, no contrato que libera R$ 920,3 milhões para Pernambuco. Os recursos serão utilizados na implantação do Programa de Desenvolvimento da Infraestrutura de Áreas Portuárias. O projeto contempla intervenções portuárias, rodoviárias, ferroviárias, retroportuárias e ambientais no Complexo de Suape.

O secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico e presidente do Complexo de Suape, Frederico Amâncio, acredita que num prazo de até 20 dias deverá ocorrer o primeiro desembolso. “Nossa meta é receber R$ 350 milhões até o final deste ano. Mas a maior parte dos recursos deverá ser liberada em 2013, em função do maior volume de obras. Para 2014 ficará apenas um volume residual”, aposta.

Os re cursos vão servir para reembolsar investimentos já realizados pelo Estado e para dar início a novas obras de infraestrutura. Na lista dos grandes investimentos estão dragagens para atender ao polo naval e aos novos cais (6, 7, 8 e 9). O financiamento prevê, ainda, a implantação de veículo leve sobre trilhos (VLT) para transporte público de passageiros entre os terminais do Cajueiro Seco e do Cabo de Santo Agostinho (já existentes) até a Estação Rodoferroviária de Massangana (a ser recuperada) em Suape. Para tanto será recuperada a linha férrea, além de construídas estações, implantados viadutos (um ferroviário e um rodoviário) e uma ponte será restaurada.

O presidente do BNDES destacou a importância da assinatura do contrato de financiamento. “Suape é estratégico para o Brasil e, consequentemente, é estratégico para o BNDES. Queremos agora focar todas as nossas energias para dar velocidade na liberação dos recursos. o financiamento a Suape concretiza uma política de desenvolvimento de um polo essencial para o futuro industrial do Estado de Pernambuco”, destacou Coutinho.

O financiamento também vai viabilizar um projeto que se arrasta há anos, o Centro de Tecnologia Ambiental (CTA), com investimento estimado em R$ 17 milhões. O espaço estará voltado ao estudo, a pesquisa e cuidado de áreas degradadas, formação de agentes ambientais e centro de produção de mudas em laboratório.

O governador comemorou a assinatura do contrato. “Este financiamento vai permitir que mantenhamos o ritmo dos investimentos, gerando empregos e dinamismo na economia, ao mesmo tempo em que criamos condições para viabilizar a operação da refinaria e dos estaleiros, e para consolidar os novos cais e outros empreendimentos, disse.