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Startups de construção ganham escala e sonham com o status de 'unicórnio'

Setor se destacou na pandemia, mas pode enfrentar maus momentos com alta dos juros, inflação e desabastecimento de materiais

O Estado de S.Paulo

03/03/2022 11h00 | Atualizada em 03/03/2022 11h05


Ao contrário dos setores financeiro, educacional ou de saúde, a construção civil ocupa pouco espaço no rol das startups brasileiras, representando 3% do total, segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups).

Além disso, não há nenhum unicórnio (companhia avaliada em mais de US$ 1 bilhão) desse segmento entre os 23 nomes que ocupam esse seleto clube. Mas a oportunidade no ramo é grande, já que o canteiro de obras é um dos setores menos digitalizados, mas mais importantes da economia nacional.

Tijolo por tijolo, as startups da construção civil ou construtechs vêm construindo o seu lugar

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Ao contrário dos setores financeiro, educacional ou de saúde, a construção civil ocupa pouco espaço no rol das startups brasileiras, representando 3% do total, segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups).

Além disso, não há nenhum unicórnio (companhia avaliada em mais de US$ 1 bilhão) desse segmento entre os 23 nomes que ocupam esse seleto clube. Mas a oportunidade no ramo é grande, já que o canteiro de obras é um dos setores menos digitalizados, mas mais importantes da economia nacional.

Tijolo por tijolo, as startups da construção civil ou construtechs vêm construindo o seu lugar no ecossistema de inovação brasileiro, focando em tarefas específicas para reduzir custos e agilizar processos, como mostra reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

É o caso da Ambar, que levantou US$ 36 milhões em dezembro de 2021. A empresa trabalha em duas frentes: em uma, produz peças modulares (como se fossem peças de Lego) para compor sistemas hidráulicos e elétricos. Em outra, desenvolve um software para gerenciamento de funcionários e documentação de uma obra.

"Nós queremos ser o Google Drive'da construção civil", explica o presidente executivo da Ambar, Bruno Balbinot – ele se refere à ferramenta da gigante da tecnologia americana, que oferece uma gama de serviços em nuvem para o mundo corporativo.
Fundada em 2013, a startup planeja operar no azul em 2022, quando espera somar 13 mil clientes – hoje, são 2 mil. "Estamos construindo um ecossistema de soluções para simplificar obras, ajudando construtoras e incorporadoras."

Como ocorreu em outros segmentos, Ambar e construtechs sofreram com o início da pandemia de Covid, que assustou investidores. Porém, a digitalização que veio na sequência também beneficiou a construção civil, que foi considerada serviço essencial no Brasil e continuou em obras. Isso, somados aos juros básicos em patamar mais baixo da história do país (a Selic chegou a 2% ao ano), tornou o cenário perfeito para que essas startups se catapultassem.

"Nesse período, muita gente precisou rever seus lares, o que aumentou a demanda por novas obras e empreendimentos. E também usamos o contexto de digitalização e de eliminação do contato físico para incentivar a não utilização do papel nos canteiros", conta Diego Mendes, fundador e presidente executivo da Construcode, de assinatura e revisão de documentos por meio de códigos QR. A plataforma também utiliza inteligência artificial (IA) para recomendações preditivas nas obras, evitando erros.

A startup, cujo serviço é atualmente utilizado em 1,4 mil obras pelo país, é controlada pela Trutec, ecossistema da gigante Vedacit que reúne outras 12 companhias de tecnologia especializadas em construção.

Futuro – Apesar do impulso, algumas dificuldades esperam as construtechs em 2022. Este ano traz um novo ciclo de alta dos juros básicos em todo o mundo, incluindo o Brasil, onde a taxa da Selic ultrapassa os 10% e pode ter pico de 12,5%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central. Intensiva no uso de crédito, a construção civil é seriamente afetada por um cenário de empréstimos mais caros.

Além disso, a inflação é especialmente cruel com esse segmento, em que a alta dos preços dos materiais atinge negativamente as obras – o que exige novos cálculos e novos orçamentos, atrasando entregas. As startups, porém, são otimistas e reafirmam o lema do ecossistema de inovação: a crise é uma oportunidade de crescimento.

Alexandre Quinze, presidente executivo da Trutec, reconhece que o prolongamento da crise econômica pode afetar o bom momento das construtechs. Além disso, uma eventual acentuação do desabastecimento mundial de materiais (que afeta a categoria) também pode ser prejudicial nos próximos anos. "O ano de 2022 é bem desafiador, mas temos a chance de ajudar as construtoras a rever eficiência e produtividade", diz ele.

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