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Reciclagem é a estratégia futura da Novelis

Valor

09/06/2011 13h57 | Atualizada em 09/06/2011 17h18


Almeida, presidente da Novelis América do Sul: "Nos próximos seis a sete anos, a indústria de transformados no país requer uma solução competitiva de suprimento, pois não se prevê nova oferta"

A Novelis, maior fabricante mundial de produtos laminados de alumínio, como chapas para fabricação de latas de bebidas, tem um desafio à frente, em especial no Brasil. Com um projeto de expansão da capacidade em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, a empresa está preocupada com o suprimento futuro de matéria-prima. Um caminho, traçado globalmente, é ampliar o uso de material reciclado. Até 2020, a meta definida é atingir 80%.

No Brasil, a Novelis já conta com 200 mil tone

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Almeida, presidente da Novelis América do Sul: "Nos próximos seis a sete anos, a indústria de transformados no país requer uma solução competitiva de suprimento, pois não se prevê nova oferta"

A Novelis, maior fabricante mundial de produtos laminados de alumínio, como chapas para fabricação de latas de bebidas, tem um desafio à frente, em especial no Brasil. Com um projeto de expansão da capacidade em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, a empresa está preocupada com o suprimento futuro de matéria-prima. Um caminho, traçado globalmente, é ampliar o uso de material reciclado. Até 2020, a meta definida é atingir 80%.

No Brasil, a Novelis já conta com 200 mil toneladas de alumínio reciclado por ano, o correspondente a metade dos laminados que produz. A maior parte desse material é proveniente da coleta de latinhas de cerveja e refrigerantes, que são refundidas e transformadas em lingotes. O Brasil é líder mundial na reciclagem desse produto, com mais de 90%, que retorna ao mercado na forma de novas latas.

Mundialmente, a companhia, antiga divisão de laminados da Alcan que foi separada e vendida em 2005, tem 34% da produção feita com matéria-prima reciclada. Esse percentual equivaleu a 1 milhão de toneladas no último ano fiscal da empresa, encerrado no fim de março. Com a corrida e o boom das commodities, a empresa vê como estratégico para o negócio o aumento da matéria-prima fonte de metal reciclado.

"A partir de 2013 teremos de buscar novas fontes de suprimento no Brasil e a expansão da reciclagem é a principal delas", afirma Alexandre Almeida, presidente da Novelis na América do Sul. A situação da empresa se agrava porque, além da expansão em curso, no ano passado teve de fechar a fundição de Aratu (BA), que fornecia mais de 50 mil toneladas de metal por ano. "O custo da energia da Chesf, acima de US$ 60 o MWhora, tornou a produção da nossa fábrica não competitiva".

A Novelis não foi a única a fechar as portas de uma fundição. No início de 2009, a Vale também encerrou as atividades da Valesul, em Santa Cruz (RJ). Com isso, a oferta de metal para transformadores de alumínio no país recuou em 150 mil toneladas - 10% do total que era produzido por ano. A expectativa do setor é que o país se torne já no próximo ano um importador líquido de alumínio. "Em Outro Preto, outra fundição que temos, a produção só é viável porque geramos 60% da energia consumida", informa Almeida.

Por conta disso, neste ano a Novelis prevê importar 40 mil toneladas de metal - da Argentina e Venezuela - para complementar o suprimento interno. Da reciclagem própria e de Ouro Preto sairão 250 mil. A diferença será adquirida de produtores internos de alumínio, como Alcoa e BHP Billiton. Mas com a expansão da empresas, que crescerá 50%, para 600 mil toneladas, terá de buscar mais material no exterior.

Uma alternativa, mas de longo prazo, é uma nova fundição prevista para o Paraguai que o grupo Rio Tinto Alcan está estudando. Lá, a energia - certamente da parte paraguaia de Itaipu - terá um custo bem mais competitivo do que o que a tarifa cobrada no Brasil, afirmam executivos das do setor. "Nos próximos seis a sete anos, a indústria de transformados de alumínio no país requer uma solução competitiva de suprimento, pois, nas condições atuais, não teremos nova oferta".

A Votorantim Metais, dona da CBA e que tem 70% de energia própria, também está investindo na reciclagem para completar suas necessidades e já importa.

A expansão da laminadora da Novelis, conhecida como Pinda, terá investimento de US$ 300 milhões. A obra será concluída até setembro de 2012 e entram em fase comercial em janeiro de 2013. Almeida diz que o Brasil deixou de ser competitivo no custo de energia para a indústria comparado a outros países. "Em Pinda, pagamos US$ 130 o MW hora (na fábrica, com todos os custos e encargos), enquanto na Alemanha é US$ 70, na Coreia do Sul, US$ 65, e nos Estados Unidos varia de US$ 32 a US$ 50".

O investimento, diz ele, se justifica porque a laminadora terá ganho de escala. O alvo é o mercado de embalagens para bebidas, que cresce a dois dígitos por ano e deve atingir 25 bilhões de latinhas antes de 2015. A empresa tem 75% das vendas nesse mercado.

No Brasil, a Novelis vendeu 419 mil toneladas de produtos no ano fiscal encerrado em março, com receita de US$ 1,21 bilhão. Em volume, cresceu 12%, enquanto a receita subiu 28%. Diz que crescer a participação de produtos com maior valor agregado. De janeiro a março, as vendas no país subiram 14%.

A Novelis pertence à indiana Hindalco, companhia que faz parte do conglomerado Aditya Birla. Sua receita alcançou US$ 10,6 bilhões, com vendas de 2,97 milhões de toneladas. Os investimentos, principalmente no Brasil e Ásia (US$ 1,5 bilhão em três anos), visam alcançar capacidade de 4 milhões de toneladas até 2016.

 

 

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