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R$ 105 bi para universalizar saneamento

Anúncio foi feito no primeiro dia da Conferência Latino-americana de Saneamento.

Assessoria

16/03/2010 14h08 | Atualizada em 16/03/2010 17h13


Durante o primeiro dia da Conferência Latino-americana de Saneamento, Latinosan, o Secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski, informou que para atingir a meta de universalização do saneamento no Brasil, serão necessários investimentos de R$ 105 bilhões entre 2010 e 2020. Este valor corresponde à segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a partir de 2010. Tiscoski participou do primeiro painel Universalização do Saneamento: Avanços e Desafios em Foz do Iguaçu, Paraná. O evento reúne autoridades e representantes de 17 países para discutir o saneamento na América Latina.

O principal objetivo da Latinosan é verificar se as metas propostas na primeira edição, realizada em Cali, Colôm

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Durante o primeiro dia da Conferência Latino-americana de Saneamento, Latinosan, o Secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski, informou que para atingir a meta de universalização do saneamento no Brasil, serão necessários investimentos de R$ 105 bilhões entre 2010 e 2020. Este valor corresponde à segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a partir de 2010. Tiscoski participou do primeiro painel Universalização do Saneamento: Avanços e Desafios em Foz do Iguaçu, Paraná. O evento reúne autoridades e representantes de 17 países para discutir o saneamento na América Latina.

O principal objetivo da Latinosan é verificar se as metas propostas na primeira edição, realizada em Cali, Colômbia, em 2007 foram atingidas em cumprimento às metas do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Segundo Tiscoski o Brasil avançou muito desde a Conferência de Cali, mas o desafio continua. “Um número curioso divulgado pelo IBGE indica que o crescimento populacional subiu 1,44% e o domiciliar foi de 2,72%”, declarou. Isto significa que os brasileiros estão conseguindo resolver parte do déficit habitacional, mas para o setor do saneamento os números são um alerta. “Vamos ter que ampliar o atendimento, pois cada nova casa vai exigir mais serviços de água e esgoto”, destacou.

Tiscoski lembrou que com o PAC a coleta de esgotos no Brasil aumentou de 50% para 60% e o tratamento de águas residuais cresceu de 30% para 50%. “Duas áreas inspiram cuidado no país: o tratamento dos resíduos sólidos e drenagem principalmente em áreas de risco. Também participaram do primeiro painel, Federico Basañes, chefe da Divisão de Água e Saneamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Pamela Cox, vice-presidente para a América Latina do Banco Mundial, Natalia Gullón do Fundo de Cooperação para a Água e Saneamento da Agência de Cooperação Espanhola e Antônio da Costa Miranda do Comitê Assessor de Água e Saneamento do Secretário Geral da ONU.

Água tratada – Federico Basañes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lembrou que a situação do saneamento na América Latina melhorou muito desde a primeira conferência em Cali, mas mesmo assim o problema continua. “Ainda temos 117 milhões de pessoas sem acesso ao saneamento na América Latina e pelo menos 45 milhões carecem de coleta de esgoto e 80% das águas residuais não têm tratamento”. Este quadro é agravado principalmente porque 100 crianças abaixo de cinco anos morrem diariamente na América Latina, devido aos problemas de saneamento, ou seja, 38 mil mortes por ano. Desde 2007, o BID traçou metas para atender 100 cidades, 3 mil comunidades rurais, 25 bacias hidrográficas e trabalhar para recuperar 15 áreas apontadas como “zonas mortas” próximas às desembocaduras de grandes rios onde os níveis de oxigênio são muito baixos na América Latina e Caribe.

A vice-presidente do Banco Mundial, Pamela Cox, destacou que desde 2007, 20 milhões de novos usuários tiveram acesso ao saneamento e países como Uruguai, Costa Rica e Argentina atingiram os objetivos do milênio. Ela destacou a necessidade de cooperação entre empresas de saneamento, conscientização e mudanças de comportamento da população em relação à higiene.

Já Natalia Gullón, falou sobre o fundo de 1,5 bilhão que a Espanha destinou para projetos de saneamento na América Latina e que em 2009 já havia desembolsado US$ 900 milhões em 46 programas e projetos de gestão de recursos hídricos. Gullón lembrou que o fundo espanhol aceita participação de outros organismos e países e lembrou que o esforço da Espanha se baseia na diminuição da pobreza, no direito humano a água, nas diferenças de gênero, na gestão integrada,nas comunidades e na capacitação.



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