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Preocupação com a economia afeta confiança do setor da construção

A avaliação negativa das condições atuais da atividade econômica tem sido mais intensa e disseminada. Um dos principais motivos é a elevada taxa de juros

Assessoria de Imprensa

25/04/2023 11h18 | Atualizada em 26/04/2023 13h49


Os empresários da indústria da construção estão preocupados com as condições atuais da economia brasileira e da empresa nos primeiros quatro meses de 2023.

De acordo com a Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a avaliação negativa está mais intensa e disseminada este ano, principalmente pelo impacto da elevada taxa de juros. Foram ouvidos 356 empresários, sendo 136 pequenos, 141 médios e 79 grandes empresas, entre 3 e 13 de abril.

A pesquisa mostra que praticamente 4 em cada 10 empresários da construção veem impacto da alta da Selic

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Os empresários da indústria da construção estão preocupados com as condições atuais da economia brasileira e da empresa nos primeiros quatro meses de 2023.

De acordo com a Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a avaliação negativa está mais intensa e disseminada este ano, principalmente pelo impacto da elevada taxa de juros. Foram ouvidos 356 empresários, sendo 136 pequenos, 141 médios e 79 grandes empresas, entre 3 e 13 de abril.

A pesquisa mostra que praticamente 4 em cada 10 empresários da construção veem impacto da alta da Selic na desaceleração da atividade econômica.

No primeiro trimestre de 2023, 37,4% das empresas assinalaram a taxa de juros como um dos três principais problemas enfrentados no período, um crescimento de 6,8 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2022.

O segundo problema mais citado foi a elevada carga tributária, seguido pela falta ou alto custo da matéria-prima. O acesso ao insumo deixou de ser o principal problema no terceiro trimestre de 2022, quando caiu 20,6 pontos percentuais ante o segundo trimestre de 2022.

No entanto, na avaliação do gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a aquisição da matéria-prima é ainda uma questão relevante.

No momento, 21,3% dos industriais consideram a falta ou o alto custo da matéria-prima um problema. Antes da pandemia e da desorganização das cadeias produtivas, a média das respostas era de 8,2%.

Em relação a empresa, a insatisfação com o lucro operacional e com a situação financeira cresceu no primeiro trimestre de 2023, com recuo da atividade e do emprego em março.

O índice de intenção de investimento da indústria da construção recuou 5,5 pontos em abril, para 39,8 pontos, após dois meses consecutivos de alta. Esse valor é 4,6 pontos inferior à média de 2022.

Confiança – O Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da indústria de construção caiu 1,1 ponto, para 50 pontos.

Por estar sobre da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. O resultado do ICEI indica que os empresários estão observando a economia em compasso de espera, com o setor da construção sem mostrar confiança, tampouco desconfiança. A piora da avaliação sobre as condições atuais explica o resultado.

A percepção dos empresários da indústria da construção em relação às condições atuais é negativa desde janeiro de 2023. Em abril, o Índice de Condições Atuais ficou em 43,7 pontos, menor valor desde abril de 2021, após queda de 2,1 pontos na comparação com março.

O Índice de Expectativa caiu 0,7 ponto, para 53,1 pontos, permanecendo acima da linha de 50 pontos. O otimismo é sustentado por perspectivas positivas para os próximos meses sobre a empresa.

Já as expectativas para a economia brasileira seguem no campo negativo desde novembro de 2022 e tornaram-se mais negativas na passagem de março para abril.

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