A adoção de práticas sustentáveis está em alta na construção civil. Hoje, existem produtos no mercado que reduzem o impacto deste setor sobre o meio ambiente.

Estas tecnologias estão em alta e têm ganhado cada vez mais espaço nos canteiros de obras.

“Ações sustentáveis são um caminho inevitável para o mundo dos negócios”, afirma Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia.

“Quanto maior a consciência da mudança, melhor será a imagem da empresa entre seus clientes e a sociedade”, comenta.

Entre as inovações sustentáveis em evidência, ela cita o bioconcreto, produzido a partir de bactérias que se desenvolvem em cápsulas biodegradáveis e que representa uma evolução nas construções.

Entre outras vantagens, a tecnologia promete a autorreparar fissuras a partir do calcário produzido no processo de digestão de oxigênio, assim como do lactato de cálcio por parte das bactérias presentes nas estruturas de bioconcreto.

No Instituto Senai de Tecnologia em Construção Civil são desenvolvidas outras soluções para a implementação da biotecnologia nos canteiros de obra, como o uso de Mush em substituição aos tradicionais isolamentos termoacústicos, que utilizam lã de vidro, lã de rocha e isopor como matéria-prima.

As placas de mush são produzidas a partir de materiais descartados pela agroindústria, como serragem e bagaço de cana. Esses resíduos se fundem pelo desenvolvimento de fungos, que atuam como uma espécie de cola, dando formato às peças.

Outra prática que vem ganhando destaque é a construção de overlay, que utiliza estruturas modulares. A técnica garante a reutilização do material, sem a produção de resíduos e com redução significativa de custos.

Segundo Fasolari, infraestruturas temporárias são uma tendência em grandes eventos e permitem uma solução ecológica.

“O desafio deste modelo de negócio é executar projetos dentro dos prazos estipulados pelos comitês locais, que normalmente são extremamente curtos”, diz.

“A gestão e experiência da equipe é fundamental, afinal, não podemos atrasar nem um segundo sequer”, complementa.