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Porto fluvial de Rondônia busca verbas do PAC para expansão

10/11/2009 17h13 | Atualizada em 10/11/2009 22h31


O Porto Fluvial de Porto Velho está sob nova administração. Ex-vice-presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), José Marcondes Cerrutti assumiu o comando em 30 de setembro. Nos primeiros 40 dias de jornada, ele já esteve em Brasília atrás de recursos que possibilitem a expansão do porto. Uma das propostas está no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e no Ministério dos Transportes. Cerrutti tenta inserir o porto na lista de projetos agraciados com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em entrevista exclusiva, o diretor-presidente do Porto de Porto Velho explicou que há dema

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O Porto Fluvial de Porto Velho está sob nova administração. Ex-vice-presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), José Marcondes Cerrutti assumiu o comando em 30 de setembro. Nos primeiros 40 dias de jornada, ele já esteve em Brasília atrás de recursos que possibilitem a expansão do porto. Uma das propostas está no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e no Ministério dos Transportes. Cerrutti tenta inserir o porto na lista de projetos agraciados com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em entrevista exclusiva, o diretor-presidente do Porto de Porto Velho explicou que há demanda para estes projetos. Hoje, o porto movimenta soja, milho, madeira, açúcar e carnes. Importa também bastante adubo para agricultura. E ainda se apresenta como alternativa de escoamento de veículos para Manaus e Belém, via Rio Madeira. “Porto Velho movimentou 2,6 milhões de toneladas no ano passado e a expectativa é de que o crescimento seja de 17% em 2009, com o volume de cargas chegando a 3 milhões de toneladas. Precisamos crescer”.

O senhor assumiu recentemente o comando do porto. Já deu para perceber quais serão as suas prioridades?

Com certeza. Trabalharei para aumentar o quanto antes o faturamento do porto e também lutarei pela realização de investimentos no nosso complexo logístico. Há potencial para isso, pois o Porto de Porto Velho movimentou 2,6 milhões de toneladas no ano passado e a expectativa é de que o crescimento seja de 17% em 2009, com o volume de cargas chegando a 3 milhões de toneladas entre janeiro e dezembro.

Quantos berços de atracação o porto possui, quais tipos de mercadorias ele movimenta e qual sua profundidade?

O Porto de Porto Velho possui 11 berços de atracação e as mercadorias mais movimentadas são a soja, o açúcar, a carne e outros tipos. Sua profundidade varia de três metros no período da seca, onde ocorre o verão amazônico, e de 17 metros no período das chuvas, quando entramos no inverno na região do Amazonas.

Quais os principais destinos das embarcações que saem de Porto Velho? É para cabotagem ou viagens de longo curso?

Bem, de Porto Velho não saem navios, mas somente balsas ou barcaças com destinos variados no Norte brasileiro, sendo os principais as cidades de Manaus e Itacoatiara, ambas no Amazonas; Cruzeiro do Sul, no Acre; e Belém, no Pará. Viagens de longo curso não são realizadas neste porto. É claro que há uma desvantagem grande pelo fato de estarmos distantes dos centros econômico e político do Brasil, mas vamos trabalhando dia a dia.

Há projetos de expansão para o porto? Se sim, quais são e quanto custariam?

Sim, há dois projetos em desenvolvimento por nós. Um visa a melhoria e investimento em novos equipamentos e o outro na criação de uma extensão do porto atual em outro local, proposta esta que está sob análise do Dnit e Ministério dos Transportes. Eu ainda não conversei com o ministro dos Portos Pedro Brito sobre os planos de expansão, mas pretendo fazer isso em breve. Estes dois projetos existentes seriam viabilizados com recursos do PAC.

Quais as vantagens e desvantagens de administrar um porto estadualizado?

A vantagem é que somos o único porto alfandegado em Rondônia. Já a desvantagem é a concorrência desleal que temos com os terminais que não operam em nosso porto. Esses terminais não utilizam mão de obra do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) e não cumprem todas as obrigações que um porto organizado tem que cumprir. E ainda temos outra situação para administrar: os acessos rodoviários são apenas razoáveis e as rodovias poderiam e deveriam estar em melhores condições. Sem dúvida, uma ferrovia faz muita falta.

Como ex-vice-presidente da Fiero, como o senhor avalia o desempenho do setor industrial em Rondônia? Há como crescer?

O desempenho de Rondônia é o melhor do País e está em uma crescente muito positiva com o crescimento de suas indústrias e também graças aos investimentos para construção das usinas do Rio Madeira, sendo este o maior investimento do Governo Lula. A crise mundial não afetou Rondônia e os números comprovam que temos o melhor crescimento entre todos os estados da federação.

Qual a mensagem que o senhor deixa aos empresários que cogitam investir no Norte? Por que procurar Rondônia e o Porto de Porto Velho?

O Norte do Brasil é a ultima fronteira agrícola deste país. Consequentemente inicia-se agora a fase da agroindústria. Além disso, Rondônia tem uma localização privilegiada na questão modal, pois a saída para o Oceano Pacífico passa em nossa capital, assim como a saída para o Caribe. Estamos de frente para o Oceano Pacifico e com o término da rodovia transoceânica via Peru, nós estaremos mais próximos de um porto do Pacífico do que do Porto de Santos. Teremos uma distância 35% menor para nossos produtos chegarem à Ásia.

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