Logística
A Tribuna
19/10/2012 08h06
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) pretende iniciar, no próximo mês, a dragagem de aprofundamento dos berços de atracação e de seus acessos no Trecho 2 do Porto de Santos, que fica entre o entreposto de pesca e a Torre Grande (ao lado do Terminal de Passageiros Giusfredo Santini). A previsão é de que os trabalhos nos acessos sejam concluídos em pouco mais de dois meses, até 20 de dezembro, após a retirada de 700 mil metros cúbicos. Nos berços, a expectativa é de que o serviço leve quatro meses, indo até fevereiro, período necessário para a remoção de 450 mil metros cúbicos.
O cronograma dos trabalhos foi apresentado pelo diretor de Infraestrutura e Execução de Obras da Docas, Paulino Moreira Vicente, na manhã de on
...A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) pretende iniciar, no próximo mês, a dragagem de aprofundamento dos berços de atracação e de seus acessos no Trecho 2 do Porto de Santos, que fica entre o entreposto de pesca e a Torre Grande (ao lado do Terminal de Passageiros Giusfredo Santini). A previsão é de que os trabalhos nos acessos sejam concluídos em pouco mais de dois meses, até 20 de dezembro, após a retirada de 700 mil metros cúbicos. Nos berços, a expectativa é de que o serviço leve quatro meses, indo até fevereiro, período necessário para a remoção de 450 mil metros cúbicos.
O cronograma dos trabalhos foi apresentado pelo diretor de Infraestrutura e Execução de Obras da Docas, Paulino Moreira Vicente, na manhã de ontem, durante a reunião ordinária do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos. A dragagem é tema permanente dos encontros do colegiado.
Na reunião anterior, promovida no mês passado, o presidente do CAP, Bechara Abdala Pestana Neves, destacou a importância de se integrar os trabalhos de dragagem em todas as áreas do canal do Porto, para que todo o estuário possa atingir os 15 metros de profundidade de forma coordenada – a ideia era evitar que o serviço fosse feito na calha central (parte central do canal) e demorasse nas demais regiões. Na ocasião, ele chegou a mencionar que a Codesp divulgaria um cronograma com essas obras, o que ocorreu ontem.
“Os berços terão (inicialmente) entre 13,5 e 15 metros, conforme a estrutura de cada um. Será feita a dragagem compatível com o que há instalado, em função da estrutura que o cais tem”, explicou Pestana Neves, referindo-se à necessidade de obras de reforço em alguns trechos do costado, para que a retirada de sedimentos seja suportada e a estrutura não acabe ruindo. Esse serviço será feito posteriormente.
“Há determinados trechos de cais que já têm a estrutura dele preparada para o aprofundamento. Em outros, precisam ser feitas obras para que possa suportar”, disse.
O Trecho 2 é um dos que já teve a batimetria (exame que atesta a profundidade) da faixa central do canal encaminhada para a Marinha, para homologação da nova fundura. No entanto, a identificação de pontos com profundidade inferior aos 15 metros nessa área impediu que a Autoridade Marítima oficializasse esses dados.
Consequentemente, foi preciso realizar uma nova dragagem nesses pontos irregulares. A estimativa da Codesp é de que uma segunda batimetria seja entregue para a Marinha no dia 15 de novembro. Na mesma data, deverão ser apresentados os resultados da batimetria do Trecho 1, que vai da entrada do Porto até o entreposto de pesca. A área também teve o mesmo problema e está passando por mais uma fase de dragagem.
“No trecho 2, foram encontrados três pontos com 14,5 metros. O (trecho) 1 está 95% com 15 metros, mas há pontos com 14,6 metros. No Trecho 2, vai entrar em operação um equipamento nivelador,semelhante a um rodo, para ajustar esses três pontos”, mencionou o presidente do CAP.
Pedras
Durante a reunião de ontem, a Codesp também anunciou as datas previstas para a conclusão dos serviços complementares à dragagem de aprofundamento a extração do topo das rochas de Teffé e Itapema e a retirada dos restos do navio Ais Giorgis, que naufragou no canal há 40 anos. Tanto as pedras como as ruínas da embarcação impedem que o canal fique com 15 metros de profundidade e 220 metros de largura.
Até o fim do ano, está prevista a conclusão do serviço nas pedras de Teffé e Itapema. O recolhimento dos pedregulhos de Teffé deverá ser finalizado nas próximas três semanas, no início de novembro. Os restos da rocha estão entre o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, no Armazém 25, e os silos do Armazém 26,na Margem Direita do Porto. Os resíduos de Itapema, submersos em frente ao Forte de Itapema, na Margem Esquerda (Guarujá), na direção do Armazém 12, serão extraídos até 28 de novembro.
“A retirada da pedra de Teffé é estratégica, pois os trechos 3 e 4 dependem disso, já que ela está bem ao centro, no canal de navegação”, observou Neves. Ele acredita que apenas após a remoção das rochas, será possível o envio da batimetria desses dois últimos trechos para a Marinha.
As partes das duas rochas que atrapalhavam a navegação no estuário já foram implodidas. Falta apenas a extração dos pedaços que restaram no leito do canal após a explosão.
O fim dos trabalhos de retirada dos restos do navio Ais Giorgis está programado para 15 de dezembro.
09 de janeiro 2020
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