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DCI
12/04/2017 10h57
São Paulo - Com um futuro ainda incerto nas relações comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), as empresas que dependem do comércio exterior buscam alternativas para os efeitos nocivos do Brexit. Um exemplo é a operadora portuária Peel Ports, uma das maiores do Reino Unido, que vê na América Latina uma rota alternativa para expansão.
"Com Brexit, a Peel Ports vê enorme potencial para o aumento de comércio entre Reino Unido e América Latina", afirmou ao DCI o diretor de vendas da Peel Ports, Roger Megann. De acordo com o executivo, o movimento de buscar novas parceiras comerciais deve seguir acentuado nos próximos meses.
A companhia inaugurou no final de 2016 o terminal de contêineres, Liverpool2, com o intui
...São Paulo - Com um futuro ainda incerto nas relações comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), as empresas que dependem do comércio exterior buscam alternativas para os efeitos nocivos do Brexit. Um exemplo é a operadora portuária Peel Ports, uma das maiores do Reino Unido, que vê na América Latina uma rota alternativa para expansão.
"Com Brexit, a Peel Ports vê enorme potencial para o aumento de comércio entre Reino Unido e América Latina", afirmou ao DCI o diretor de vendas da Peel Ports, Roger Megann. De acordo com o executivo, o movimento de buscar novas parceiras comerciais deve seguir acentuado nos próximos meses.
A companhia inaugurou no final de 2016 o terminal de contêineres, Liverpool2, com o intuito de se tornar a grande porta de entrada para a União Europeia, no entanto, com a saída da Grã Bretanha da UE, as perspectivas mudaram e, agora, a grande estratégia da empresa será focar em mercados latino-americanos. Segundo Megann, mesmo que ainda seja cedo para medir as consequências do Brexit no transporte de carga, a perspectiva é que os esforços da companhia na região aumentem consideravelmente. "Não podemos ficar esperando dois anos para ver o que ocorrerá, já vamos construir novos mercados", comenta.
Para conseguir isso, a companhia deve redirecionar investimentos em mão de obra e relações públicas da Europa para a América Latina. "Independente do acordo, vamos colocar esforços para abrir rotas junto às transportadoras que incluam a América Latina e cheguem ou saiam de Liverpool", ressaltou ao DCI o diretor regional da Peel Ports para a América do Sul e Central, Andreas Meyer.
Relevância
"O Brasil é o número 1 em tamanho de mercado na América do Sul. O País é, de longe, no ranking da América do Sul, o que mais realiza intercâmbios (de mercadorias) com a Grã Bretanha", disse Meyer.
"Com o Brexit ou não ainda podemos ser porta de entrada para a Europa. Sempre é possível gerar mais carga de outros locais", coloca o executivo.
Metas
De acordo com Meyer, uma tendência que deve beneficiar a movimentação portuária da companhia é a da busca por rotas que representem menor emissão de dióxido de carbono (CO2). "Ainda é pouco praticada no Brasil, mas a perspectiva é que aumente", comenta.
Segundo Meyer, os carregadores latino-americanos poderiam economizar dinheiro e reduzir a emissão de gás carbônico enviando mais para o norte da Inglaterra, onde os bens são consumidos. "Temos 37 milhões de pessoas na região (incluindo a Escócia) vivendo mais próximas a Liverpool do que das cidades portuárias do sul da Inglaterra", comenta o diretor regional da Peel Ports. A estimativa é que as empresas economizem de 350 milhões de libras a 400 milhões de libras com a iniciativa Cargo 200.
Para conseguir atingir o esperado movimento do porto, a companhia idealizou a iniciativa Cargo 200 em que a empresa firmará parceria com 200 exportadores e importadores ingleses que possam ajudar a implementar rotas de longo curso. "Estamos bem adiantados. Na penúltima sexta-feira (31 de março) já estávamos com 150 empresas", disse o diretor regional, Meyer . Mesmo sem poder afirmar ainda, o executivo da Peel Ports aponta que o número de empresas com parcerias com o Brasil podem ser relevantes. Atualmente a maior parte das rotas que vão ao terminal são de cabotagem. O terminal hoje já recebe rotas de empresas como MSC, Maersk e Hapag Lloyd.
09 de janeiro 2020
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