A lei que determina as regras e os incentivos de desenvolvimento urbano passará por revisão ao longo deste ano, devendo ser enviada pela prefeitura à Câmara de Vereadores até dezembro.

Desde 2014, 741 empreendimentos foram lançados em áreas que permitem prédios até quatro vezes mais altos. Criados pelo Plano Diretor daquele ano, que agora será revisado, os chamados Eixos de Estruturação da Transformação Urbana incluem locais com grande oferta de transporte no entorno.

A ideia do instrumento urbanístico, disposto em 6% do território da capital, é preservar o miolo dos bairros e incentivar a ocupação imobiliária nas áreas mais movimentadas.

Para Guilherme Freitas, especialista em investimentos imobiliários e diretor da BR Work Construtora, a revisão do Plano Diretor traz às incorporadoras um novo cenário na competição pela urbanização na cidade de São Paulo.

De acordo com o engenheiro, mudar os estudos de viabilidade dos grandes edifícios para os miolos dos bairros pode ser benéfico à cidade, tendo em vista que o avanço da iniciativa se acelera com o desenvolvimento da infraestrutura nas grandes vias.

“Para atender ao forte avanço do número de metros quadrados a serem entregues nos miolos, a mudança também incorre na atratividade comercial dos bairros, gerando mais empregos e uma melhor qualidade de vida”, afirma.

“As leis moldam os espaços urbanos, e interpretá-las ao favor do benefício da população é fundamental para o sucesso dos empreendimentos”, completa Freitas.