Frota&Cia
07/05/2025 11h18
A tecnologia elimina filas, reduz custos operacionais e torna a cobrança mais precisa, mas esbarra em um problema real, que é a resistência de caminhoneiros autônomos e alguns frotistas em vincular suas contas bancárias ou cartões de crédito a dispositivos como TAGs.
“O caminhoneiro tem direito, desde 2001, ao vale-pedágio obrigatório (valor pago antecipadamente pelo contratante do frete). Desde janeiro, ele não pode mais usar cartões para passar em pedágios. O pagamento pode ser feito por TAGs, mas muitos motoristas não querem vincular seus cartões ou suas contas bancárias para a aquisição destas. É
...A tecnologia elimina filas, reduz custos operacionais e torna a cobrança mais precisa, mas esbarra em um problema real, que é a resistência de caminhoneiros autônomos e alguns frotistas em vincular suas contas bancárias ou cartões de crédito a dispositivos como TAGs.
“O caminhoneiro tem direito, desde 2001, ao vale-pedágio obrigatório (valor pago antecipadamente pelo contratante do frete). Desde janeiro, ele não pode mais usar cartões para passar em pedágios. O pagamento pode ser feito por TAGs, mas muitos motoristas não querem vincular seus cartões ou suas contas bancárias para a aquisição destas. É por isso que o Free Flow se mostra uma opção mais aberta”, explica Felipe Dick, CEO da Roadcard.
A Roadcard, em parceria com a Meu Pedágio, está em processo de homologação na ANTT para validar a placa do veículo como identificador do vale-pedágio.
A proposta é simples: em vez de depender de uma TAG, o sistema lê a placa e verifica, em tempo real, se a rota foi pré-paga pela transportadora ou embarcador.
“Assim como hoje reportamos o número da TAG à ANTT antes da viagem, faremos o mesmo com a placa. As praças de pedágio e o Free Flow já estão preparados para essa leitura, e o caminhoneiro não precisará se preocupar com débitos em sua conta pessoal.
Hoje, se o motorista passar pelo Free Flow e não tiver o pagamento antecipado, vai ter que arcar com isso na sua conta pessoal”, afirma Dick.
Vantagens e desafios – O Free Flow é visto como o futuro da cobrança de pedágios, mas sua implementação ainda enfrenta resistências.
“O caminhoneiro não é contra a tecnologia, mas ele não pode ser penalizado por algo que não é sua responsabilidade direta“, reforça o executivo.
A expectativa é que, até agosto de 2025, a tecnologia esteja disponível, beneficiando especialmente motoristas autônomos e pequenas frotas que hoje enfrentam burocracias para acessar o vale-pedágio.
“Queremos que o mercado abrace essa inovação. Não se trata de substituir as TAGs, mas de dar mais uma opção a quem precisa “, conclui Dick.
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