O PIB (Produto Interno Bruto) da construção se elevou em 1,5% no 4º trimestre de 2021, na comparação com o semestre anterior.

Com isso, o PIB do setor cresceu 9,7% no ano passado, recuperando-se da queda de 6,3% registrada em 2020, conforme divulgado na semana passada, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelando ainda que a construção obteve crescimento bem acima do PIB do país, que – após desabar em 2020 – fechou 2021 com alta de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões.

“O resultado mostrou que a construção respondeu positivamente às dificuldades enfrentadas, como a alta dos preços dos materiais do setor”, comenta Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP.

“Já em 2022 ainda deveremos registrar crescimento, embora não tão robusto como o do ano passado, em função das dificuldades estruturais da economia que levaram à elevação dos juros e à maior cautela por parte dos investidores”, ele projeta.

Na comparação com o 4º trimestre de 2020, o PIB da construção cresceu 12,2%. A alta no 3º e no 2º trimestres havia sido de 10,9% e 13,5%, respectivamente.

Segundo o SindusCon-SP, as atividades imobiliárias registraram queda de 0,4% no 4º trimestre, na comparação com o 3º trimestre. Mesmo assim, as atividades tiveram crescimento de 2,2% em 2021, na comparação com 2020.

Na comparação do 4º trimestre do ano passado com o mesmo período do ano anterior, houve leve crescimento de 0,2%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) se elevou em 17,2% em 2021, na comparação com 2020, quando declinou 0,5%. Na comparação do 4º com o 3º trimestre, a FBCF registrou ligeira elevação, de 0,4%.

“Já a taxa de investimento ficou em 19,2% do PIB em 2021 – alta expressiva, em relação aos 16,6% registrados em 2020”, avalia o sindicato.