Assessoria de imprensa
21/08/2025 08h42
Por Daniela Lopes*
Apesar de representar cerca de 6% do PIB brasileiro e empregar mais de 7 milhões de pessoas, a construção civil ainda opera, em muitos aspectos, como no século passado.
Obras geridas em planilhas, atrasos recorrentes, desperdícios de materiais e a ausência de dados confiáveis seguem como marcas registradas de um setor que resiste à transformação digital – e cultural.
Mas para que a construção civil finalmente entre no século XXI, não basta digitalizar processos: é preciso mudar a forma como o setor enxerga eficiência, inovação e diversida
...Por Daniela Lopes*
Apesar de representar cerca de 6% do PIB brasileiro e empregar mais de 7 milhões de pessoas, a construção civil ainda opera, em muitos aspectos, como no século passado.
Obras geridas em planilhas, atrasos recorrentes, desperdícios de materiais e a ausência de dados confiáveis seguem como marcas registradas de um setor que resiste à transformação digital – e cultural.
Mas para que a construção civil finalmente entre no século XXI, não basta digitalizar processos: é preciso mudar a forma como o setor enxerga eficiência, inovação e diversidade.
Um dos primeiros passos é abandonar a ideia de que tecnologia é custo. Quando bem aplicada, a inovação é o principal caminho para aumentar a produtividade e garantir mais previsibilidade nas entregas – algo crítico para investidores, incorporadoras e clientes finais.
Modelos BIM, sensores conectados por IoT, plataformas de gestão de obra e dados integrados permitem prever atrasos, controlar orçamentos com mais rigor e até antecipar riscos estruturais.
Outro ponto essencial é a inclusão de novos perfis de liderança, especialmente das mulheres.
A construção civil ainda é marcada por uma cultura masculina e hierárquica, mas a presença feminina vem crescendo e mostrando que diversidade não é só uma questão de justiça social – é também um diferencial competitivo.
Lideranças femininas tendem a trazer olhares mais colaborativos, foco em processos e uma escuta ativa que impulsiona a inovação.
É nesse contexto que surge uma nova geração de empresas lideradas por mulheres que não apenas constroem obras, mas também reconstroem modelos de negócio, relações de trabalho e propósito.
Também é preciso enfrentar a fragmentação da cadeia. A construção civil envolve uma enorme rede de fornecedores, prestadores e subempreiteiros, o que dificulta a padronização de processos e a adoção de tecnologias em escala.
Mas o que hoje é visto como obstáculo pode ser a chave para criar ecossistemas mais ágeis, colaborativos e inteligentes, com apoio de construtechs e proptechs que atuam em nichos específicos para resolver problemas reais.
O futuro do setor não será definido por quem constrói mais rápido ou mais barato, mas por quem entrega com mais inteligência, sustentabilidade e previsibilidade. E isso só será possível com dados no centro da operação, equipes diversas liderando projetos e tecnologia conectando os elos de uma cadeia ainda analógica.
Entrar no século XXI não é uma questão de tempo, é uma questão de decisão. E quem decidir agora, sairá na frente.
*Daniela Lopes, Chief Sales Officer da We Are Group, empresa especializada na execução de ambientes corporativos e comerciais de alto padrão
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