Assessoria de Imprensa
11/08/2023 13h18 | Atualizada em 16/08/2023 13h55
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado nesta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, um passo importante na direção do avanço da infraestrutura brasileira.
A iniciativa tem como objetivo principal expandir os investimentos no setor, priorizando parcerias com o setor privado e a conclusão de obras pelo país.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que os investimentos e parcerias com o setor privado previstos no novo PAC são imprescindíveis para a reversão do déficit de infraestrutura no Brasil.
O Brasil inv
...A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado nesta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, um passo importante na direção do avanço da infraestrutura brasileira.
A iniciativa tem como objetivo principal expandir os investimentos no setor, priorizando parcerias com o setor privado e a conclusão de obras pelo país.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que os investimentos e parcerias com o setor privado previstos no novo PAC são imprescindíveis para a reversão do déficit de infraestrutura no Brasil.
O Brasil investiu em média menos de 2% do PIB ao ano na última década – isto é, menos de R$ 200 bilhões anuais.
A CNI projeta que seria preciso pelo menos dobrar esse montante de investimento no setor, por um período de duas décadas, para que o país consiga manter sua atual infraestrutura e superar os gargalos.
“O desenvolvimento do país exige que o setor produtivo conte com infraestrutura moderna e eficiente para que o Brasil possa competir no mercado global”, destaca Andrade.
Combate às obras paradas
Na avaliação da CNI, o governo acerta ao priorizar no novo PAC a retomada das obras de infraestrutura interrompidas.
A CNI fez um diagnóstico, publicado no documento 'Propostas da Indústria para as Eleições 2022', segundo o qual cerca de quatro em cada dez obras públicas federais se encontravam paralisadas no país.
Andrade alerta que as paralisações ocorrem de modo geral por problemas de gestão e governança.
“O Brasil investe pouco em infraestrutura e parte do que investe acaba preso em obras paralisadas, que consomem recursos e não trazem benefícios para a economia ou para a população”, comenta.
“As paralisações não são necessariamente consequência da complexidade dos empreendimentos, mas de falhas básicas na forma como o setor público executa seus projetos de infraestrutura”, pontua o presidente da CNI.
Investimentos em infraestrutura no Brasil por setor em % do PIB, média de períodos decenais
Fonte: CNI (2022)
Estímulo às concessões e Parcerias Público-Privadas
Conforme anunciado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste (BNB) devem reforçar o papel de bancos de investimento no país.
O novo PAC segue voltado majoritariamente para projetos de infraestrutura social, como escolas e hospitais, e deve priorizar concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs).
O programa segue estruturado em nove áreas principais: transporte eficiente e sustentável; cidades sustentáveis e resilientes; água para todos; educação, ciência e tecnologia; saúde; inclusão digital e conectividade; transição e segurança energética; infraestrutura social inclusiva; e inovação para a indústria da defesa.
Para a entidade, o estímulo para a realização de obras por meio de concessões e PPPs permitirá a ampliação da interlocução do governo com o setor privado e deve servir como propulsor para superação do déficit de infraestrutura no país.
“O setor público vem enfrentando nos últimos anos um quadro de deterioração da capacidade de investimento. Parcerias público-privadas e novos modelos de concessão de ativos de infraestrutura contribuem para superação do problema”, acentua Andrade.
O investimento privado já corresponde a dois terços do montante investido em infraestrutura no país, mas ainda existe espaço para ampliação.
A CNI defende novos desenhos licitatórios, como no caso das rodovias, com modelos de concessões federais simplificados, voltados para a manutenção de trechos, com menos exigências de investimentos e redução de barreiras à entrada de novos operadores.
Investimentos em infraestrutura por instância pública e privada, 2010-2022 (em % do PIB)
Fonte: CNI (2023)
Otimização dos investimentos
A CNI entende ser relevante que algumas estratégias de análise sejam adotadas para contribuir na eficiência logística e na otimização dos investimentos no PAC, incluindo:
18 de dezembro 2024
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