Logística
A Gazeta
10/11/2009 17h23 | Atualizada em 10/11/2009 22h45
A navegabilidade na hidrovia Teles Pires-Tapajós será tema de fórum realizado pelo Movimento Pró-Logística, nesta quinta-feira (12) em Brasília. O evento ocorrerá durante todo o dia e contará com a presença de técnicos deste modal de transporte, como representantes da Confederação Nacional dos Transportes, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e da Agência Nacional de Águas (ANA). As hidrovias, quando implementadas em Mato Grosso, trarão benefícios ao escoamento da produção de grãos, que é feita quase que exclusivamente pelas rodovias.
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A navegabilidade na hidrovia Teles Pires-Tapajós será tema de fórum realizado pelo Movimento Pró-Logística, nesta quinta-feira (12) em Brasília. O evento ocorrerá durante todo o dia e contará com a presença de técnicos deste modal de transporte, como representantes da Confederação Nacional dos Transportes, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e da Agência Nacional de Águas (ANA). As hidrovias, quando implementadas em Mato Grosso, trarão benefícios ao escoamento da produção de grãos, que é feita quase que exclusivamente pelas rodovias.
O gerente da Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Edeon Vaz Ferreira, afirma que o Estado pouco escoa a produção por meio das hidrovias, o que chega a ser incoerente, diante do potencial dos rios do Estado. Para ser ter uma ideia, a hidrovia Teles Pires-Tapajós, que será tema do fórum, quando implementada, terá a capacidade de escoar entre 10 milhões de 15 milhões de toneladas de grãos, até o Pará. Deste Estado segue para os países importadores.
Tal capacidade desafogaria as rodovias estaduais, que não foram construídas para suportar o fluxo de caminhões que trafegam atualmente. Para a safra 2009/2010, segundo estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, a produção de grãos mato-grossense deve totalizar 17,846 milhões de toneladas. “A hidrovia Teles Pires-Tapajós já foi discutida em vários momentos e se sabe o potencial deste trecho, que será muito importante para o transporte da produção de Mato Grosso e do Pará”, diz Ferreira ao informar que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já deu início a um levantamento de dados sobre todo o percurso.
Outra hidrovia que vai beneficiar Mato Grosso é a Paraná-Paraguai. Para esta será necessário ativar portos. Um deles é o Porto Santo Antônio das Lendas, a 180 km (pelo rio) de Cáceres. De acordo com o gerente da Comissão de Logística da Aprosoja, o Dnit já está em processo de federalização do Porto de Cáceres, e a expectativa é que até o fim de 2011 a ele esteja em funcionamento. A capacidade de escoamento nessa hidrovia é de 2 milhões de toneladas por ano. A estimativa é que os investimentos somem R$ 10 milhões.
Discussão - A agilidade no funcionamento das hidrovias no país foi cobrada durante o 1º Fórum sobre Hidrovia, realizada na última quarta-feira (4) na Câmara dos Deputados, em Brasília. O presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), deputado federal Homero Pereira (PR-MT), pediu sensibilidade aos deputados e senadores no sentido de priorizar recursos das emendas para a modernização, melhoria e ampliação da malha hidroviária.
Na avaliação do deputado, investir neste modal de transporte representa ganho ambiental e de competitividade da produção brasileira. “Está passando da hora de superarmos as questões ambientais. Navegar nossos rios é aumentar a competitividade dos produtos brasileiros, porém, sobretudo, é cuidado com o meio ambiente”, destacou o presidente da Frenlog durante o evento. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, complementou dizendo que o Brasil não pode esperar mais e precisa de soluções rápidas para tornar viável esse tipo transporte.
09 de janeiro 2020
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