Saneamento
Assessoria de Imprensa
05/05/2016 00h01
Em debate, durante a Pollutec Brasil, feira internacional de tecnologias ambientais que acontece no Anhembi, em São Paulo, o chefe do Departamento de Saneamento Ambiental do BNDES, Arian Bechara, abordou a criação de um fundo garantidor para o financiamento de parcerias público-privadas em água e esgoto. “Fizemos diversas apresentações no Ministério da Fazenda e esperamos colocar isso em prática ainda nesse governo”, disse Bechara, para quem a importância da participação da iniciativa privada para viabilizar projetos no setor cresce com o momento econômico atravessado pelo país. “Muitos estados estão em situação fiscal deplorável e precisam de parcerias para aumentar sua capacidade de investimento.”
Na ocasião, foi assinada com a
...Em debate, durante a Pollutec Brasil, feira internacional de tecnologias ambientais que acontece no Anhembi, em São Paulo, o chefe do Departamento de Saneamento Ambiental do BNDES, Arian Bechara, abordou a criação de um fundo garantidor para o financiamento de parcerias público-privadas em água e esgoto. “Fizemos diversas apresentações no Ministério da Fazenda e esperamos colocar isso em prática ainda nesse governo”, disse Bechara, para quem a importância da participação da iniciativa privada para viabilizar projetos no setor cresce com o momento econômico atravessado pelo país. “Muitos estados estão em situação fiscal deplorável e precisam de parcerias para aumentar sua capacidade de investimento.”
Na ocasião, foi assinada com a presença de Alexandre Lopes, presidente do Sindcon (Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto), e a gerente da Pollutec Brasil, Cristiana Rabusin, a Carta das Águas. O documento, que inclui propostas concretas para a melhoria da gestão da água e sua garantia às gerações futuras, contou com as ideias e sugestões sobre água e outros temas transversais discutidas em eventos paralelos à Pollutec, como o fórum Cuidando do Futuro e o Encontro Nacional das Águas. A Carta das Águas será anexado à pauta do Fórum Mundial da Água, evento do Conselho Mundial da Água que reunirá autoridades, profissionais e organismos de todo mundo em março de 2018 em Brasília.
Outro integrante do debate, Carlos Alberto Rosito, consultor sênior da GO Associados, citou que o atual ritmo de investimentos no setor é insuficiente para o alcance das metas do Plano Nacional de Saneamento Básico, que estabelece prazos para a universalização dos serviços de água e esgoto. “No quinquênio de 2014 a 2018 seriam necessários 26 bilhões de reais ao ano de investimentos para universalizar os serviços até 2030. Porém, o que vimos entre 2008 e 2014 foi uma queda que aponta para um ritmo de 8 bilhões de reais anuais”, afirmou Rosito, que não vê saídas para o setor no curto prazo. “Vamos voltar a ter pelo menos dez anos de crise no setor, como na época em que o BNH [Banco Nacional da Habitação] foi extinto sem maiores explicações em 1986.”
A falta de avanços expressivos em tratamento de resíduos sólidos e erradicação de lixões também afeta a segurança hídrica do país, opina James Miralves, consultor sênior em gestão de resíduos da PHEBEE Consulting. “Em 2014, 42% dos resíduos sólidos urbanos não foram destinados adequadamente. Isso significa que muito provavelmente esse volume de lixo irá afetar a qualidade dos mananciais, corpos hídricos e rios.” Mediador do debate, o governador brasileiro do Conselho Mundial da Água, Newton de Lima Azevedo, lembrou que o abastecimento compete com outros fins pelos recursos hídricos. “Do total disponível, 70% é empregado pelo agronegócio e 20% pelas indústrias. Não conseguiremos fazer uma política pública da água se não tivermos uma visão integrada do processo.”
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